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   Entre os montes da Romênia, havia uma enorme torre escondida, feita de pedras escuras e cercada por uma névoa densa.

   Os três agentes da morte, a primeira estava lá desde que o mundo foi criado, os outros dois surgiram na primeira e na segunda guerra mundial, eram tantas mortes que ela recebeu uma espécie de ajuda, mas ela gostava daqueles dois. A questão era que ela queria mais, ela gostava de controle, e para ela, todas as pessoas do mundo que já haviam morrido não era o suficiente.

   — Allen!
  
   Ela chamou, olhando pela janela, para a floresta escura que os cercava, rapidamente, o homem apareceu, usando o uniforme militar que era usado durante a segunda guerra, só que preto e sem nenhuma condecoração. O homem dos olhos azuis e do cabelo castanho claro apareceu, ele tinha um sorriso gentil nos lábios, até parecia uma boa pessoa.

   Mas com certeza não era.

   — Sim senhora?

   Ao contrário das serpentes, os corvos não tinham uma relação familiar, estava mais para patroa e empregados.

   — Está tudo pronto? Eu não vejo aquela cobra sorrateira já fazem milênios...

   Diferente da mulher que se cobria com as asas que tinha aparecido no Éden, Lucy agora tinha os cabelos curtos, usava um vestido negro longo e maquiagem forte, era bela, mas raramente saía da mansão, as únicas pessoas que ela conhecia eram os dois homens que viviam com ela.

   — Sim senhora. — Ele suspirou, olhando mais atentamente para aquela mulher. — Precisa de mais alguma coisa?

   — Vinho. — Respondeu friamente, ainda olhando para janela. — Vamos logo, eu não tenho o dia todo.

   — Como quiser. — Ele se retirou do quarto dela, deixando Thanan entretida com seus pensamentos, pensava nas coisas que poderia fazer se seu plano funcionasse, estava um tanto ansiosa para finalmente ter poder sobre os vivos.

   Até que alguém bateu na porta, ela esperava que fosse Allen com seu vinho.

   — Entre. — Mas não era, era Rami, o corvo da morte que foi gerado durante a primeira guerra mundial, um rapaz baixinho, com grande olhos azuis e pele  bronzeada, por alguma razão que ela não sabia responder, ela o encontrou no Egito, sendo que o país não teve um papel lá muito importante na guerra. — O que faz aqui?

   — Vim ver a senhora. — Ele disse com um sorrisinho no rosto, ficando ao lado dela. — Assim que o sol se pôr, iremos atrás das serpentes, a senhora não saiu do quarto o dia todo...

   — Não tenho porque sair daqui até o por do sol. — Disse ela, olhando para ele. — E você não precisa vir sem que eu te chame.

   — Eu sei, mas eu me preocupo com você.

   — Não preciso de sua preocupação, agora se me der licença, eu quero continuar sozinha.

   Rami não poderia contestar, ele simplesmente saiu do quarto, teria ficado chateado, se não estivesse acostumado com aquelas respostas vindas da mulher.

   Mas ele não conseguia ficar longe dela.

≈‡≈

   No final do almoço de boas vindas aos "pombinhos recém-casados", haviam pratos vazios em cima da mesa e pessoas rindo e conversando, contando sobre as coisas que os dois tinham perdido enquanto estavam viajando.

   — Então o Roger fez o copo desaparecer e o humano desmaiou! — Jim ria enquanto contava sobre uma vez em que os dois saíram da mansão para passear por Luxemburgo. — A melhor parte foi ele fingindo que não tinha feito nada.

The Deal • The Final ChapterOnde histórias criam vida. Descubra agora