7

140 15 110
                                    

   — Oh meu amor...

   Os corvos não podiam programar as ilusões, se eles pudessem, Jim não estaria morrendo da mesma doença terminal de sua mãe que fez ele vender as almas para as serpentes para que ela fosse curada.

   Ele estava deitado naquele colchão de palha, olhando para sua mãe enquanto a senhora chorava, Jim não se importava em morrer, a vida como um camponês mercador era difícil, mas a mãe dele estava bem, para ele, aquilo era o mais importante, seu pai ainda estava vivo, ele poderia cuidar dela...

   — Está tudo bem mamãe... — Ele tossiu. — Tudo bem...

   — Meu menino! — Ela o abraçou enquanto chorava. — Por favor Deus! Não tira ele de mim!

   E ele acordou, na mesma casa de palha em que passou sua vida, só estranhou não estar no campo em que estava acostumado, tudo o que ele via eram apartamentos e carros. Acordou abalado com a imagem de sua mãe viva novamente, ele muito a falta dela, mas ao mesmo tempo que derramava lágrimas de tristeza pela ilusão, estava feliz por ter conseguido ver sua mãe de novo.

   Depois que a sensação de falsa melhora percorreu seu corpo, Jim percebeu que algumas serpentes não estavam tão Londres, a região que ele habitou quando era vivo fazia parte de Soho, então não demorou muito para que ele encontrasse as outras serpentes, em uma casa antiga da era vitoriana.

    — Como diabos você veio parar aqui?! — Joseph questionou, com as mãos na cintura.

   — Fiquei doente, morri, e acordei, facinho. — Ele suspirou. — Agora, por que exatamente estamos aqui?

   — Pra ser sincero, eu não sei direito, temos que achar todo mundo, aí nós vamos conseguir nos organizar e saber o que aconteceu. — Benjamin suspirou. — E agora que estamos em seis, acho que podemos nos separar... Freddie, Jim e John, vocês três vão para a Grécia atrás do Brian, eu, o Joe e o Lawrence vamos para Belfast, quando acharem o Brian, enviem um sinal pra gente, vamos nos juntar e vamos todos tentar achar o jardim do Éden e o Roger.

   — Por mim tudo ótimo, somos todos novatos mesmo. — John coçou a nuca, sorrindo fraco. — Realmente precisamos daqueles três...

   — Mas admito que você está sendo um ótimo estrategista cher. — Lawrence elogiou Benjamin, fazendo o loiro rir um pouco.

   — Certo, vamos atrás daqueles três dinossauros antes que algo aconteça com eles. — Benjamin segurou a mão de Lawrence e de Joseph, piscando uma última vez para os outros três.

•••

    — Mamãe! Mamãe!

   Ela se moveu na cama, acordando por causa da voz aguda que lhe chamava.

   — O que foi? — Alanis sentou na cama, olhando para a garotinha ruiva de olhos verdes que estava ao seu lado.

   — É que você dormiu muito, aí eu fiquei preocupada... — A menininha sorriu, colocando as mãos atrás da cintura. — Então eu entrei no seu quarto...

   — Majestade! — Um homem ruivo de olhos mel entrou no quarto correndo, ele era magro e esguio, seus cabelos ruivos chegavam até os ombros e ele tinha algumas tranças entre as mexas, era Angus, o braço direito da rainha. — Eu sei que a senhora odeia ser perturbada mas ela passou por mim e...

   — Calado Angus, minha bebê pode entrar quando ela quiser. — A rainha saiu da cama, segurando a menina nos braços. — Não é Gwendolyn?

The Deal • The Final ChapterOnde histórias criam vida. Descubra agora