Milla: Socorro! Ele está aqui! S.O.S
Sue: Bitch, o que está acontecendo?
Daya: MATHEUS SUE! Meu Deus, tira foto anda!
Cláudia: Guapo está aí? Como?
- Amor, larga o celular! Vamos, temos que correr para chegarmos a tempo a festa e você tem que se arrumar ainda não é minha linda? - Daniel ajeitava meus cabelos, colocando atrás da orelha e depositando um beijo molhado em meus pescoço. Ri, me encolhendo em seus braços, senti a barriga um frio de leve. E olhei pela porta que Matheus havia entrado, sim fazia oito anos que eu não o via.
Mas as coisas tinham mudado bastante desde que ele havia escolhido Camilla naquela noite. Foi a noite que eu decidi que não haveria mais arrependimentos, não haveria mais uma história para lamentar. Na vida, todos temos escolhas e a partir daquela noite eu estava decidida que eu iria me guiar pelo bom senso. Não me orgulho de ter caído de quatro por um homem comprometido. E a humilhação que passei, os chutes. E as marcas que ficaram por alguns dias me alertaram com quem eu não deveria mexer.
Após aquela noite, tratei de arrumar as minhas coisas. E por um tempo fiquei morando nos apartamentos que eram cedidos na universidade para quem sua família morasse longe, ou precisasse de apoio. Foi no período seguinte que me inscrevi para o processo de seleção para intercâmbio, apoiada pela professora Iara. Uma excelente pessoa, com inteligência íncrivel, acima de tudo um bom coração, ela e o seu marido me ajudaram no que puderam, até com as roupas que eram necessárias para a época do frio, eles me ajudaram com uma quantia para comprar quando chegasse lá. Era lindo o amor, a fidelidade, a cumplicidade que o casal tinha, eles eram tudo um para o outro. E era esse tipo de amor que eu um dia esperava ter.
Com muita ansiedade e aflição, claro! Esperei pelo dia do resultado das entrevistas para o intercâmbio e fui aprovada. Lembro como se fosse hoje as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, a ligação que eu havia feito para o vôzinho compartilhando a notícia que em menos de um mês estaria embarcando para o EUA.
- Parabéns minha filha, você foi feita para ser grande. Grande minha Milla!
Olhei para o grande espelho que estava a minha frente, passei as mãos pelo vestido justo preto, meu cabelo estava devidamente amarrado em um rabo de cavalo baixo, os lábios em um tom de vermelho fechado, as camadas de rímel ajudavam a destacar os meus olhos. Quando vi Daniel, sentado na poltrona bem atrás de mim.
- Você o viu não foi?
- Quem? - Ele, mesmo sério conseguia ser lindo. Daniel sabia de tudo que tinha acontecido na minha vida, desde quando fui traída na minha cidade natal, quando apanhei, quando tive que morar em pensão universitária. Tudo, jamais escondi nada dele, pois a nossa relação era a base da transparência.
- Você sabe de quem eu estou falando. - Ele se levantou, ajeitando a gola do seu smoking. Sério, eu não conseguia tirar os olhos dos seus. Era como se fóssemos dois ímãs e quando nos juntavamos... Ah! O resultado, era fogo babe! - Só tenho uma coisa a lhe dizer Ludimilla. O único a quem você pertence é a mim. Você sabe bem disso não é? - Ele passou a mão pelo rabo de cavalo, e puxou levemente para trás. Forçando a minha cabeça ficar um pouco inclinada. - Não me faça te ensinar uma boa lição...
- Guapo... - Ele sempre caía na risada quando eu o chamava assim. Sorri junto com ele, segurando seus rosto com as duas mãos, rocei de leve meu nariz com o seu. - Sabes que só a ti pertenço, é ao seu lado que quero dormir todas as noites. É você me tem rendida aos seus pés. O meu porto seguro. - Falava baixinho, só para ele ouvir como se ele não soubesse. Era díficil termos esses momentos de declarações, o modo que eu achava de expressar todo meu amor por Daniel era através de ações, fazia questão de saber tudo de sua vida, até dos seus negócios que muitas vezes não entendia nada, o escutava atentamente. E cuidava do nosso filho Arthurzinho. Era uma parte de mim que tinha ficado lá em outro país, de maneira nenhuma gostava que ele perdesse suas aulas, dessa vez ele tinha ficado com a avó do Daniel, Dona Andreza. Uma mulher com coração excelente, onde sabia que poderia confiar de olhos fechados.

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Traições
RomanceTraição. É tudo que está história está baseada. Eu estava fugindo de tudo que me levava ao fundo do poço. Se eu não fizesse isso por mim quem poderia fazer? Meu nome é Ludimilla, tenho 20 anos. E estou largando essa cidade. Meu namorado me traiu que...