Traições

Capítulo 3

Queria agradecer a minha amiga Dayse que teve a paciência de ler e revisar todo o capítulo.

A Daya e a Bruna que leram o ínício e deram suas opiniões.

Beijo para cada uma!

E a você leitor, obrigada por estar lendo esse capítulo! Tudo foi escrito com muito amor e carinho.

- Alô! Tem alguém aí? – Isabelle estava do lado de Matheus rindo e estalando os dedos para chamar a minha atenção. 

- Desculpa... – Dei um passo à frente, com a cabeça baixa, alisando minha blusa e a saia. Queria ter me vestido melhor. Mas, que diferença iria fazer mesmo? – Matheus, está é a Ludimilla, ela vai trabalhar aqui na casa também. Foi sobre ela que o seu Walter comentou. – Ele estendeu a mão, me aproximei devagar e apertei a mão dele. Era meio áspera, em contraste com a minha. – Prazer e obrigada pela oportunidade. 

- Por nada. Espero que saiba que sua ajuda é muito bem vinda. Luciene não pode estar fazendo tantos esforços. Por isso, é importante que cumpra as suas obrigações. Posso não estar vendo, – ele falou a última frase com um meio sorriso – mas Isabelle vai verificar tudo por mim. 

- Vamos, menino, a mesa já está posta. – Luciene olhou para mim e piscou o olho. Sorri em agradecimento. Alguma coisa me cheirava mal. Ele que não venha para o meu lado. Posso ser a sua empregada, mas isso não significa que eu vá deixar ser maltratada. 

Depois que Luciene levou Isa e Dr. Matheus para a sala de jantar eu tratei de lavar as panelas que estavam na pia. Depois de meia hora estava tudo limpinho. E eu? Morta de cansada. 

- Milla, minha menina, pode ir se deitar. Você já me ajudou demais por hoje. Aproveita e leva uns sanduíches, que estão no microondas, para jantar. 

- Sim senhora, pode deixar. – Peguei os sanduíches e fui saindo da cozinha. – Obrigada Dona Lu. – Sorri, peguei minhas sapatilhas que estavam na porta e fui em direção ao meu quarto. Abri a porta, sentei na cama e comecei a comer. Hmm...Misto quente. O que me fez lembrar a minha antiga casa, pequena, simples e do meu amado vovô... Respirei fundo. Isso seria só por um tempo e iria valeria pena. 

Terminei de comer, me ajeitei para dormir e tratei de cair na cama pois amanhã seria um longo dia. 

- Camilla! Pare! Eu já disse que não quero ir a essa festa. Como vou a uma boate com você do jeito que eu estou, sem ver nada? – Era a voz do Dr. Matheus, alterada e bem alta pelo visto. Tinha terminado minhas atividades na cozinha e estava indo em direção aos quartos para a limpeza diária. Quando vi a porta do final do corredor aberta. 

- Mas Matheus, isso estava marcado há meses. Todo o pessoal do tribunal vai estar lá; por favor. – Curiosidade é um bicho difícil de morrer, né? Fui me aproximando devagar da porta, querendo saber quem estava por trás dela. Principalmente com Dr. Matheus. Por um momento, um silêncio. Quando finalmente cheguei a porta e vi um espelho enorme em uma das paredes. Uma loira. Que diabos? Só existia loira na vida desse homem? Estava com os braços em volta do pescoço dele, distribuindo beijos pelo seu pescoço. Ele jogava a cabeça para trás, com os olhos fechados, respirando fundo; eu podia ver os seus músculos flexionando debaixo da camisa a força que ele fazia para se controlar. E ela colava o corpo cada vez mais no dele. Quando menos esperei, ele foi conduzindo a tal da Camilla para cama. Era como se ele conhecesse o seu território. De repente, Camilla trocou de posição com ele, e o fez se sentar na cama, colocando suas pernas ao lado do seu corpo, rebolando devagar no seu colo. E, por um instante, eu fiquei a imaginar como seria se fosse eu ali – suspirei perdida em meio ao pensamento. Com uma rapidez impressionante, ele tirou a camisa dela. E eu... Eu? Eu estava sem reação. Como pode? Claro que uma pessoa por ser cega ela não ia perder...