A chuva tropical caía abundantemente sobre a ilha naquela manhã cinzenta e inesperadamente fria. Ema abriu as pálpebras lentamente apesar da penumbra do quarto. Ao seu lado, adormecido, estava Ernesto Pricelli: o italiano mais abusado, mais suculento, mais incrível do Vale do Café e, possivelmente, do mundo.
Do mundo dela.
Admirou a vista, ficando tentada a acariciá-lo. Não sabia o protocolo dos amantes no dia seguinte, e temia cometer uma gafe. O resquício suave da paixão que ambos compartilhavam ainda ardia pelo corpo dela, deixando-a ansiosa por mais.
Nunca imaginou que o sexo fosse daquela maneira. Certamente não era assim como todo mundo, pois se cansara de ouvir relatos de conhecidas sobre como os homens eram egoístas no ato sexual. Mas não Ernesto Pricelli. Aquele homem deitado ao seu lado com os lençóis emaranhados cobrindo parte do corpo feito para o pecado, bom, aquele homem não poderia ser considerado egoísta naquele assunto em particular. Ema recordou de todas as coisas devassas que ele fez com ela que jamais, durante a vida pudica que levara, poderia pensar que desfrutaria. E as desfrutou com toda a entrega que pode oferecer.
- Baronesinha, baronesinha - disse ele com voz rouca pelas poucas horas de sono - Adora me admirar dormindo, não é?
- Ah! - reagiu Ema atirando o travesseiro nele, simulando indignação - Fingido!
Ernesto sorriu maliciosamente. Aparentemente a gatinha manhosa que ronronou para ele a noite toda havia desaparecido e ele precisava resgatá-la. Assim, esticou uma das mãos para acariciar os seios desnudos e convidativos. Virou-se de lado para ela, a trouxe para si, agarrando-a pela cintura fina. Beijou-a ternamente nos lábios para depois passear a boca pela curvatura sedutora do pescoço até encontrar os seios e ter caminho livre para sugar os mamilos já duros de excitação. Retirou a mão da cintura de Ema para tocá-la mais embaixo. Tinha prazer em dar prazer a ela. Encontrou-a molhada novamente e, sem perder tempo, rolou para ficar por cima. Não precisou abrir-lhe as pernas, estas que o cingiram perfeitamente, e com uma estocada só, penetrou-a de maneira suculenta.
Se do lado de fora havia som de chuva e do vento, dentro do quarto deles, os gemidos de prazer dos dois inundava-lhes os sentidos. Após o clímax, Ernesto voltou a se deitar e a puxou para junto de si.
- Meu melhor cobertor. - brincou sorrateiramente fazendo movimentos circulares nas costas dela antes de voltar a adormecer.
Ema, por sua vez, não dormiu. Permitiu-se acariciar o peito dele, depois os lábios e cílios. Desenroscou-se minutos depois para puxar a coberta sobre o corpo sedutor de Ernesto. De pé, foi até o banheiro e olhou-se no espelho. Os lábios volumosos estavam mais inchados e vermelhos. Resquícios deliciosos da paixão a pouco compartilhada que também se via pelos seios. O pescoço era um caso a parte, pois além das características marcas, ainda havia os arranhões causados pela barba de Ernesto. O restante do corpo estava ótimo, exceto pela incômoda ardência na intimidade.
Ema continuou a avaliar-se quando sentiu os braços de Ernesto rodearem-na pela cintura. Um pequeno susto a tirou do prumo por alguns segundos até sentir o hálito quente no ouvido.
- Buongiorno, minha baronesinha.
- Ernesto, você imagina que fim seria se você tivesse me matado de susto no primeiro dia após nos tornarmos um? - zombou Ema ainda olhando para o reflexo dos dois no espelho.
- Se não acordamos mortos de tanto amor, não morreremos nunca mais - sentenciou ele virando-a para si e tascando-lhe um beijo ardente. Ema enlaçou os braços pelo pescoço dele permitindo que o beijo se prolongasse o máximo possível. Quando foi preciso respirar, Ernesto iniciou movimentos circulares pelo bumbum arrebitado da amada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amoris et Fidei
FanfictionJá imaginaram como seria a história do casal Ema e Ernesto nos dias atuais? Então venham imaginar comigo. Contém conteúdo adulto. Os personagens pertencem à Rede Globo de Televisão e ao autor Marcos Beirnstein.