4.

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- O que? – escutei Carol falar – Por que você tá me olhando com essa cara? – ela perguntou, sorrindo de canto.

-Não sei. – falei – Não posso olhar? – ela franziu o cenho, chegando mais perto.

- Não. – empurrou meu ombro, fazendo-me deitar no chão.Olhei para a sala toda e
não consegui ver nada, não havia nada.Apenas eu e Carol ali.

-O que você tá fazendo? – perguntei

Ela estava em cima de mim, segurando meus braços. Ela chegou mais perto, encostando sua boca na minha mandíbula e mordendo ali bem devagar. Puta que pariu. Eu soltei um gemido baixo e a vi morder o lábio, o que me deixou em uma situação ainda pior.

-Nada. – falou perto da minha orelha – Não estou fazendo nada. – mordeu meu lóbulo e eu fechei os olhos com força – Está gostando? – perguntou e eu assenti.
Eu estava ficando louca.

Escutei alguém chamar meu nome e abri meus olhos novamente. Carol já não estava lá e eu olhei para os lados. A sala, que estava completamente branca, começou a escurecer. Continuei deitada e fechei os olhos, escutando meu nome novamente, e de novo, e de novo.

Abri os olhos novamente e vi Thaylise. Eu respirava pesadamente e percebi estar suada.

-Opa querida,bom dia. – falou – Não escutou a sirene tocar não? – respirei fundo algumas vezes antes de balançar a cabeça negativamente – Tava tendo um pesadelo? – perguntou.

-Não sei como posso classificar isso. – falei, levando a mão até minha testa – Que horas são? – perguntei.

-Nove. Achei que você iria acordar sozinha e fui tomar café. – falou e eu levantei.

-Misericórdia. Vou arranjar alguma coisa e tomar um banho rápido. – falei – Depois... – parei um pouco para pensar.

-Depois você vai trabalhar,não é, querida? Esqueceu foi? – neguei.

-Não...Não. – acenei para Thaylise, saindo do quarto.

Peguei duas torradas no refeitório, vendo que só tinham duas garotas terminando de tomar café. Peguei um copo de leite e bebi rápido, comendo uma das torradas em três mordidas. Aproveitei e peguei o café da manhã de Carol, indo até o quarto e deixando lá, enquanto eu iria tomar um banho rápido.

Vi todos já se arrumando para ir para a cela de seus respectivos pacientes enquanto eu corria para o banheiro. Tomei um banho rápido e vi minha pulseira tocar enquanto eu me trocava. Coloquei minhas roupas em dois minutos e sai correndo para o quarto, esbarrando em alguém no corredor, olhando para quem eu havia esbarrado, engolido seco.

-Bom dia,senhorita Lima. – ela falou e eu assenti.

Era aquela mulher - que eu não sabia o nome – que nos recepcionou no primeiro dia. Hoje ela usava um blazer vermelho e uma blusa salmão, com um rabo de cavalo.

-Bom dia. – respondi com um sorriso amarelo.

-O que você está fazendo aqui fora? Achei que o sinal já havia tocado. – assenti.

-Sim, desculpe-me. Houve um imprevisto e acabei me atrasando. Mas estou indo para a sala agora. – ela sorriu

-Ah, certo.Tudo bem. – falou tocando em meu ombro – Espero que isso não se repita.

Assenti, vendo-a sair dali e sai correndo até o quarto, deixando minhas coisas lá em cima da cama mesmo e pegando o café da manha de Carol. Peguei meu celular e corri até o corredor, cheguei ao mesmo chamando atenção dos guardas, que ficaram me encarando até eu entrar na cela, entrei rapidamente e fechei a porta. Quando olhei para o chão, Carol estava lá deitada, com as pernas na parede.

Monster//DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora