Escutei um barulho irritante bem de longe, algo que não parava e me fazia desejar morrer. Tossi algumas vezes, sentindo algo quente em minha mão direita. Um toque. Um toque bem conhecido.
Respirei fundo algumas vezes antes de abrir os olhos devagar, fechando-os novamente por causa da enorme claridade no quarto, o que também me irritou, junto ao barulho ridículo que algo fazia. Logo me senti acostumada com toda aquela luz, o que me fez conseguir abrir os olhos por completo. Olhei para o lado de onde vinha o toque e vi os cabelos ondulados dela cobrirem todo meu braço enquanto a mesma descansava a cabeça, escondendo-a na cama. Mexi minha mão sem muita força, fazendo com que ela levantasse a cabeça rapidamente e me olhasse com os olhos castanhos escuros que eu tanto tentava não me sentir atraída.
- Carol... – ela sorriu, abrindo a boca algumas vezes, provavelmente sem saber o que falar – Meu Deus...
- Oi Day. – falei e me surpreendi com o tom da minha voz, na verdade a falta dela.
- Você está bem... – ela levou a mão ao cabelo colocando-o para o lado, aquele movimento que ela nem percebia e que acabava com qualquer tipo de dúvidas que eu realmente me sentia muito atraída por aquela mulher – Achei que não ia te ver acordada por um bom tempo. – sorriu novamente, parecendo não se conter em si de felicidade e transbordando isso em um enorme sorriso.
Fiquei observando-a por alguns segundos antes de sorrir abertamente, assentindo.
- Onde estamos? – perguntei, olhando para os lados e vendo uma sala completamente branca e franzindo o cenho.
Não havíamos conseguido sair de lá.
Olhei para ela e Day tinha um sorriso acolhedor nos lábios, praticamente me dizia silenciosamente para não me preocupar com nada. Trinquei o maxilar e mordi o lábio, me preparando para a resposta.
- No hospital. – falou, acariciando minha mão – Não se preocupe, eu falei que ia te tirar de lá. – suspirei aliviada – Você está bem agora. – assenti, entrelaçando nossos dedos.
- Rose? – perguntei, lembrando da mulher. Day franziu os lábios e olhou para nossas mãos rapidamente, respirando vagarosamente, como sempre.
- Ela está morta. – falou e eu concordei.
- Está onde eu queria que estivesse desde o inicio. – eu falei baixo, com ódio em minhas palavras. Se ela não estivesse morta, eu mesma iria fazer questão de matá-la – E os outros? Seus amigos... – ela olhou para a porta.
- Estão lá fora. – deu de ombros – Alguns se recuperando de ferimentos.
Quando Day falou de ferimento lembrei o porquê de estar naquela cama. Eu havia levado um tiro. Sentei-me na cama e olhei para meu abdômen coberto pela blusa do hospital. Mordi o lábio involuntaria-
mente. Com a mão que eu não estava segurando a de Day, levantei a blusa, não vendo nada por causa das gazes.- Você perdeu muito sangue. – Day falou baixo e voltei a olhar para ela – Os médicos disseram que é praticamente um milagre você estar viva. – eu não soube o que dizer. Apenas assenti.
Day parecia triste ao falar aquilo. Talvez ela achasse que eu fosse morrer depois daquilo.
- Vaso ruim não quebra fácil. – falei a frase que vi em uma revista ou quadrinho quando era menor, o que fez Day sorrir, negando com a cabeça.
- Agora é minha vez de te chamar de idiota. – levou a outra mão até meu rosto – Eu achei que ia te perder, Carol. – calei todos os meus pensamentos naquele momento. Tudo que eu tinha em mente desapareceu ao ver Day naquele estado.
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Monster//Dayrol
FanfictionDayane Lima,uma agente de missões especiais,foi escolhida para ser enviada a um lugar completamente diferente de qualquer realidade para cuidar de pacientes que foram classificados como especiais para o resto do mundo.Na verdade,ela tem que cuidar d...