-Vamos! – escutei uma voz masculina conhecida em meio ao tiroteio.
Abri os olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade novamente, vendo um verdadeiro caos acontecendo. Guardas atirando uns nos outros, homens caídos no chão sangrando. Levantei lentamente, procurando Carol pelo lugar.
- Merda... – resmunguei, cerrando os olhos para tentar enxergar melhor.
Consegui ver meus amigos ainda presos nas cadeiras em meio aquela confusão toda. Sai correndo com o revolver em mãos, parando na frente deles respirando pesadamente. Logo vi alguém parar do meu lado e apontei a arma para ele rapidamente.
- Ei, calma! – era Dreicon – Vamos, temos que ir rápido. – ele pegou uma faca do bolso e começou a tirá-los da cadeira. Agachei-me atrás de Dani, desamarrando o nó forte em seus pulsos – Onde está Carol? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça, sem saber.
Dreicon virou-se, protegendo-nos enquanto eu terminava de desamarrar Dani.
- Você está bem? – perguntei para ela, que assentiu.
- Sim... Obrigada. –falou levantando-se da cadeira. Pude ver seu rosto de perto e ela parecia muito cansada e acabada – Isso não é importante agora. Vá atrás de Carol. – falou seriamente e eu assenti, entregando a faca para ela e dando mais uma boa procurada pelo local.
Em meio ao caos, consegui ver a garota sendo levada pela mulher que dizia ser sua mãe para fora do salão, para a área externa. Carol parecia estar desacordada.
- Merda. – resmunguei.
- O que? – Dreicon perguntou sem virar-se para trás, mirando com a submetralhadora e atirando rapidamente.
- Tenho que ir. – falei tocando em seu ombro e ele assentiu.
Corri em meio aos homens, atirando em alguns no meio do caminho. Acabei sentindo uma dor e percebi que tinha levado um tiro de raspão no braço. Mas, naquela hora, a adrenalina era tanta que eu nem havia me importado. Eu só queria encontrar Carol. Chegando à porta, dei um chute forte na mesma, respirando com toda força o ar do lado de fora e sentindo meu abdômen doer.
Consegui ver a mulher com a garota nas costas parada, provavelmente descansando. Apontei a arma para ela, que parecia não ter notado minha presença ali ainda.
- Acabou. – falei alto, fazendo com que ela virasse para mim, mostrando que eu estava errada: ela tinha notado minha presença. A mulher virou Carol e segurou-a pelo pescoço, colocando uma arma em sua cabeça. Engoli seco e arregalei os olhos.
- Acho que não. – falou sorrindo – Deixe Caroline comigo. – Vi a garota que estava realmente desacordada e cerrei os punhos. Carol já havia perdido muito sangue e estava bem pálida por causa disso. Se não fosse atendida rapidamente...
- Ela vai morrer! – falei praticamente rosnando para a mulher, que levantou as sobrancelhas e sorriu, o que fez meu corpo ferver de raiva.
- Não se você nos deixar em paz. – falou – Dará tudo certo com ela, pode acreditar em mim.
- Cale a boca! Você é maluca! – dei um passo para frente, fazendo com que ela se afastasse alguns passos, mexendo a arma na cabeça da garota.
- Mais um passo e nenhuma de nós a terá. – engoli seco – Largue a arma, Dayane. Ninguém sairá machucada se você não quiser.
Vi Carol tossir um pouco e senti meu queixo tremer de um sentimento que parecia ser medo. Medo de perdê-la.
Levantei as mãos e a arma. Eu iria me render. Eu não poderia perder aquela garota daquele jeito. Eu tinha que arranjar uma maneira de salvá-la.
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Monster//Dayrol
FanfictionDayane Lima,uma agente de missões especiais,foi escolhida para ser enviada a um lugar completamente diferente de qualquer realidade para cuidar de pacientes que foram classificados como especiais para o resto do mundo.Na verdade,ela tem que cuidar d...