19.

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Era quinta-feira e estávamos no pátio, todos em seus lugares, prontos para o plano. O plano que eu havia contado mais cedo para Thaylise, Elana, Bruno e Dani, e os mesmos contaram para Vitão, Gabriel, Arthur e Catarina.

Sim, eu meti mais quatro pessoas em um esquema completamente fora do normal. Eu contei para Carol também, já que ela era a peça chave de tudo. Olhei para a garota que estava do meu lado e segurei sua mão, levando-a para sentar perto da porta.

Dei uma última olhada por todo o pátio e suspirei, trincando o maxilar e soprando todo o ar para fora em seguida. Continuei a contagem em minha mente. Dez segundos. Olhei para Carol e apertei ainda mais sua mão, vendo-a sorrir fraco para mim. Cinco segundos. Ela sussurrou que ia dar tudo certo e eu assenti, voltando a olhar para o chão em minha frente. Dois. Um. Fechei os olhos e tudo passou como um clarão.

- Ok, qual o plano? – Thaylise perguntou.

- Bom... Eu estava falando com Dani que é bem provável que haja uma outra saída desse lugar.

- Que? – Bruno pareceu sem acreditar – Day você está cogitando fugir mesmo? – dei de ombros.

- É, acho que estou. – sorri.

- Achei que era brincadeira. – o garoto falou e olhou para Elana, que deu de ombros.

- Eu não duvido de nada dessas ai. – falou.

- Ei! – Thaylise repreendeu.

- Day, fale logo o plano, por favor. – Dani interrompeu-as e eu assenti.

- Ok, eu estava pensando em amanhã no pátio nós nos espalharmos, sem chamar atenção logo de início, e após eu dar algum sinal, vocês começarem com a maior confusão possível enquanto eu e Carol saímos e vamos até o tal dormitório.

- Você disse que era trancado. – Dani falou.

- Isso eu consigo resolver. – respondi rapidamente, já com o pensamento do que fazer – Quando Dreicon for levar Carol e eu até o pátio, ela vai pegar o cartão dele.

- Ok... – Thay resmungou – E como vamos fazer para chamar a atenção dos guardas? Da última vez que aconteceu uma briga, eles só chegaram quando Cat já estava quase sendo morta.

- Isso não vai acontecer novamente. Eu acho que não. – falei – Pode ser só coisa da minha cabeça, mas acho que eles estavam apenas querendo ver o quão longe Carol iria. Tanto que no momento que Vitão separou a briga, os guardas apareceram.

- Ou não. – Bruno falou – Pode ser só coisa da sua cabeça e tudo dar errado. – dei de ombros.

- Temos cinquenta por cento de chances. Ou podemos ser mais agressivos e destruir as janelas, para chamar mais atenção. Mas ai só teremos essa chance.

- Como assim? – Dani perguntou.

Bom...Então, eu escutei um estrondo e voltei à realidade, relembrando o que tinha que fazer agora. Olhei para Carol, que engoliu seco. A parede estava sendo destruída pelo fogo, enquanto Arthur jogava mesas e cadeiras rapidamente contra a mesma. Já tinham passado alguns segundos.

- Venham nos pegar, babacas! – Arthur gritou, e, logo após isso, vários guardas entraram no pátio, correndo em direção a eles.

Olhei para Vitão, que não fez nada. Arthur e Catarina continuavam a resistir contra os guardas, o que fez mais deles aparecer depois de alguns segundos. E então Vitão assentiu. Levantei rapidamente e, ainda segurando a mão de Carol, sai do pátio junto a garota.

Monster//DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora