capítulo 17 - em casa

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Sabe aquele amor que você sente por uma pessoa ? Não um amor qualquer mas um amor que não importa o problema nem parece ser tão grande.
Porque o amor nos deixa cegos, cegos para o que há de ruim na vida, o amor nos mostra o quão bonita a vida pode ser. Ele nos permite sentir e viver algo realmente construtivo. O amor é lindo. Independente da fundação dele. Vale a pena qualquer coisa para amar.

Dentro do ônibus

...quando chegou um certo ponto eu fui acordado por Raphael que me disse para acordar David. Chegamos finalmente em casa Raphael e Rebeca foram para suas casas que fica antes da minha e de David.

Eu
Dorme comigo hoje ? - eu o perguntei.

David
Tá bom ! Mas antes tenho que avisar minha mãe.

Sua mãe deixou. Fomos para a minha casa e minha mãe estava assistindo a sua novela favorita. Meu pai estava embarcado ainda e meu irmão em seu quarto jogando no computador.

Eu dei boa noite à minha mãe e subi para o meu quarto com David que tinha dado boa noite a minha mãe aí ser puxado pelo braço por mim.

Deixamos nossas coisas e fomos tomar um banho relaxante. Ele estava tão cansado que me abraçou e disse eu te amo. Até de baixo do chuveiro - ele riu e de olhos fechados apertou minha bunda. Rimos um pouco.

Eu disse a ele

Eu
Até morto de cansado você é tarado.

David
Mas é claro. Só porque estamos cansados temos que perder nossa essencia ?

Eu não respondi

Saímos do banho e fomos para o andar de baixo conversar um pouco com minha mãe.

Ficamos ali por mais ou menos uma hora até que jantamos e fomos dormir.
Ele dormiu na cama comigo e óbvio. Estávamos tão cansados que assim que deitamos na cama apagamos. Só acordos no dia seguinte cedo para ir à escola. Estávamos cansados ainda mas mesmo assim eu imprestei uma roupa para ele e fomos pra aula, quase dormi nos primeiros três tempos já que eram de história e geografia. As duas aulas me dão sono ainda mais que eu não havia renovado minhas energias por completo na noite passada.

Eu cochilei várias vezes de alguns segundos até que por algum motivo meu sono foi embora.

Chegou a hora da aula de matemática e agora eu apenas precisava escrever em meu caderno o que ele ditava. O que eu achei bem bom.

Finalmente ! Chegou a hora de ir pra casa fomos de skate como viemos à escola então Rebeca, Raphael e todos os outros poderiam tirar uma folga de nós para assim não enjoarem de nós.

Quando eu cheguei em casa eu vejo minha mãe deitada no sofá chorando muito e meu irmão e minha tia tentendo fracaçadamete acalma-la.

Eu chego perto devagar e pergunto à minha tia.

Eu
O que houve ? Porque ela está desse jeito ?

Tia
É que... -  percebi que ela não sabia como me dizer o que havia acontecido até que meu irmão diz.

Gabriel
Nosso pai morreu ! - nessa hora eu senti um alívio e ao mesmo tempo um aperto em meu peito.

Eu não tinha uma boa relação com meu pai há anos mas eu não queria que ele morresse. Quando ele começou a desconfiar da minha sexualidade ele começou também a ser muito rígido e homofóbico em relação a mim.

Eu abracei me nhã mãe que já estava sentada no sofá e disse que à amava e que ficaria tudo bem. Ela se acalmou um pouco e parou de chorar.

Ela disse.

Mãe
Eu recebi essa...essa carta. - ela disse soluçando e nos mostrando a carta que ela estava abraçada enquanto chorava.

Nós lemos a carta e ela dizia basicamente que meu pai havia sido uma dar várias formas de uma explosão em alto mar.

Eu me aliviei em pouco sabendo que ela também estava mais calma.

Sai e fui dar uma volta de bike. Não queria deixa ela lá mas minha tia insistiu que eu fosse espairecer a cabeça e digerir tá da aquela informação. Até porquê não poderia ajudar ninguém antes de me ajudar.

Então sai e fui ao lugar que vou quando preciso pensar. Fui até o alto da antiga ponte da cidade, era um lugar lindo dava pra ver a cidade toda eu me sentei num banco ali de frente pata aquela visão linda e me pus a chorar como se algo em mim estivesse doendo.

Eu secuei minhas lágrimas e fiquei ali pensando até começar a se por o sol. Quando o sol já havia indo embora e o céu já estava laranja rosado e escurecendo a cada minuto eu sai dali e fui devagar andando para casa estava mais leve de tanto chorar eu fiquei feliz. Dizem que as lágrimas espelem com elas um hormônio que causa a tristeza e libera um outro hormônio que dá a sensação de felicidade.

Então sim. Chorar te deixa feliz.

Eu cheguei em casa e já estava de noite meu namorado já estava lá conversando com minha mãe. Nesse momento eu me senti culpado. Porque sempre prometi a ele que um dia o apresentaria à meu pai como meu namorado. E ele sempre ficou esperando isso. E nesse momento eu sei que é tarde demais.

Ele se foi e não há nada para fazer ele voltar. Se eu dissesse que não estava   triste estaria mentindo. Até porque o meu sonho era que um dia ele me aceitasse do jeito que eu sou e não me visse como um desprezível ou condenado como ele vis todos os homossexuais.

Estou em luto ? Estou. Até porque ele era meu pai e se não fosse por ele e deus, eu não estaria aqui hoje.

Eu só me arrependo de não ter tido tempo de dizer que o amava, e me arrependo de não ter tido tempo para fazer ele sentir orgulho de mim.

Sabe a cada dia sobrevivemos e hoje... hoje começamos a viver a cada dia. Um depois do outro. Vamos indo até a morte. Que nenhum de nós sabemos que dia será.

descobrindo com ser euOnde histórias criam vida. Descubra agora