Recontruído

Epílogo

6 anos depois

Henry Holloway

Não consigo acreditar que Austin e eu conseguimos convencer nossos pais de vir para Nova York comemorar o feriado de ação de graças aqui neste ano.

As meninas já estavam com saudades dos avós delas, e nossos pais não pensaram duas vezes quando lançamos a proposta à eles.

— Nós precisamos de um apartamento maior. — Austin afirma ao encarar a sala de nosso apartamento mais uma vez naquele dia.

Solto uma risada baixa e vou até ela a abraçando pela sua cintura.

—Amor, nós já se mudamos duas vezes desde que as meninas nasceram. Cada uma dessas vezes escolhemos apartamentos maiores, não acha que este está perfeifo?

Ela nega com a cabeça e se vira para mim ficando de frente.

—Acho que precisamos de uma casa.

Pisco em confusão pra ela.

—Casa? Pensei que nós já tivéssemos discutido sobre isso.

Ela assente e faz uma careta.

—Eu sei, mas acho que nós deveríamos ter uma casa. Poderíamos criar um jardim e fazer churrascos aos domingos, será ótimo para as meninas brincar ao ar livre. — ela diz empolgada.

Sorrio pra ela e ponho uma mecha de cabelo que havia caído de seu rosto atrás de sua orelha.

—Meu amor, elas tem a mesma estrutura aqui. E elas tem amigos nesse prédio, não acho que elas gostariam dessa ideia.

Austin bufa e sai de meus braços.

—Tá legal, não compraremos uma casa então. Mas eu já vou avisando, com todas essas visitas chegando, teremos que ceder nosso quarto pra um dos nossos pais. Agora você escolhe, dormiremos na cozinha ou no banheiro? Por que a sala será ocupada por Ryan e Riley.

Xingo baixo.

—De jeito nenhum, já falei que eles não vão dormir aqui.

Ela cruza seus braços e me lança um olhar duro.

—Ja discutimos sobre isso, eles querem se sentir próximos. Você sabe que eles moram do outro lado de Nova York.

Bufo frustrado e assinto com a cabeça.

—Sim, eu sei. Mas realmente não entendo o por quê.

E, nesse momento, a porta da frente é aberta com tudo.

—Meninas cuidado, não corram se não os pais de vocês vão me matar. — ouço a voz de Ryan soar.

Minhas duas pestinhas correm pela sala animadamente e, assim que me enchergam, correm até mim.

—Papaii!! — as duas gritam em uníssono.

Me abaixo e recebo as duas no meu colo em um abraço acolhedor.

—Anne e Lauren, me digam que não incomodaram o Tio Ryan hoje.

As duas sorriem travessamente e trocam um olhar de cúmplice.

—Lauren disse que o tio Ryan está velho porque ele não consegue mais correr atrás de nós. — Anne diz rindo e sua irmã a bate em advertência.

— Não é verdade, foi você que disse! Papai não é justo, foi dela a ideia de fugir dele e fazer ele correr atrás de nós pelo parque. — Lauren rebate e eu logo me meto para que a briga cesse.

—Está tudo bem, não vou brigar com vocês. Ele realmente não está com a mesma disposição física. — beijo a testa de cada uma e elas vão até Austin a abraçando carinhosamente. —Mas nunca mais corram dele assim, é perigoso, eu já falei para vocês. Na próxima vez eu não irei perdoar.