Capítulo 8

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Olhei para o rosto dele e tentei entender o que significava aquela frase, mas nada me revelou

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Olhei para o rosto dele e tentei entender o que significava aquela frase, mas nada me revelou.

— Sim, pode falar.

— Podemos sair? Ir comer alguma coisa em algum lugar?

— Não! — respondi, de imediato e sem delongas.

Pelo jeito, ele não entendeu, sua expressão de espanto denunciou.

— Não? Por quê?

— Porque não saio com rapazes.

Mais estranho ficou sua expressão. Ele me analisou de cima a baixo, acredito que interpretou de maneira errada o que eu disse, então tratei de corrigir.

— Quero dizer, não tenho o costume de ir a bares ou lanchonetes.

— Não é um encontro — afirmou.

— Então pode dizer aqui mesmo — respondi, constrangida e envergonhada dele pensar que imaginei que seria.

— Aqui não! Estamos no ambiente de trabalho e não seria apropriado.

— Não estou te entendendo, senhor Mateus. — Coloquei minha bolsa sobre a mesa com mais força que pretendia. — Qual o assunto?

— Nada em específico... É... na verdade... ah deixa quieto. — Ameaçou sair, mas voltou. — Você vai almoçar agora, não é mesmo? Podemos ir juntos, apenas isso.

— Almoço na minha casa.

— Pode abrir uma exceção hoje?

— Por quê? Qual o motivo?

— Nenhum, Diana! Por que tem que ter um? Almoço de colega de trabalho.

— Não sou sua colega de trabalho, senhor Mateus. Preciso ir embora — Peguei novamente minha bolsa e ameacei passar por ele.

— Espere! — Segurou no meu braço, assim que olhei sua atitude ele me soltou. — Desculpe-me, quero ser apenas gentil e você não está cooperando.

— Obrigada pela gentileza, pelo seu convite, mas está na minha hora. Tenho meu tempo cronometrado, se eu me atrasar com alguma coisa, comprometo todo o resto.

— Podemos marcar outro dia?

— Creio que não. — Passei por ele. — Boa tarde.

— Ei! Espere! Vou sair também.

Naquela altura, eu me encontrava nervosa e com as mãos inquietas ao lado do corpo. Nunca havia passado por uma situação parecida, principalmente sair do escritório com alguém vestido tão formalmente, de terno. Acompanhada, quero dizer, quase escoltada. Enquanto caminhava pela calçada ele permanecia do meu lado andando junto. Queria ver até onde iria aquilo. Parei no ponto de ônibus. Olhei para a cara dele.

— Vai entrar no ônibus comigo? — perguntei.

Ele me olhou assustado como se a pergunta o pegasse de surpresa.

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