Capitulo 17

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-Me solta!- gritei e Breu riu passando suas grandes unhas negras em meu rosto e apertando meu maxilar

-Cala a boca, sua inútil!- ele sorriu e beijou minha testa, chorei mais -Sabe!- ele se levanta me encarando divertido -É incrível como vampiras são absurdamente lindas. Olha pra você, cada detalhe em seu rosto e corpo é atrativo, chamativo e desejoso. Até mesmo grávida você é esplêndida. Mas por dentro, é tão podre quanto o próprio inferno.- ele rosna e sinto uma ardência absurda nas minhas costas, gritei

-Ahh!- minhas mãos foram até minha barriga já em evidência

Eu sabia que ele não iria matar meus bebês, mas a tortura era horrível. Sim, meus bebês. Breu e Zoe descobriram que eu estava grávida de gêmeos, o que uma mágica não faz? O problema era que apenas um era bruxo, o outro era geneticamente idênticos a Killian. Breu iria esperar o nascimento de meus bebês e matar o híbrido, deixando eu viver com meu outro bebê. Era claro que eu faria de tudo para isso não acontecer! O problema é que estou fraca, sem Killian por perto a dor é absurda. Eu estava desesperada pela falta dele e minha força era reduzida 80% longe do mesmo, Breu e Zoe se aproveitavam disso.

Sim, Zoe! A mesma que era totalmente fiel a meu marido, a soldada da noite, uma vampira do conselho, irmã de Belthair que agora estava morto. Ela nos traiu e pelo que percebi, era a amada de Breu. Eu sentia que a mesma não era tão desejada por ele, era mais um brinquedo e eu me perguntava como ela conseguia. Afinal, ela tinha um marido, um vampiro ligado por um pacto com ela. Certamente deve ser alguma magia que a fazia suportar sua falta.

-Levem-na para baixo!- Zoe gritou e se sentou no colo de Breu o beijando com sensualidade, aquilo me deu nojo

Bruxas me arrastaram pelo chão imundo e me jogaram no porão, onde havia ratos e água de esgoto com cheiro de petróleo. Eu não sabia quanto tempo mais eu iria aguentar e precisava de Killian. Eu estava com 4 meses agora, meus bebês estavam bem, afinal, eles me alimentavam. Eu não sabia muito bem o propósito de Breu com o meu bebê bruxo, apenas sabia que ele queria matar o meu outro bebê híbrido.

Chorei sentindo minhas costas fraquejarem. Eu estava me quebrando constantemente e sendo queimada de dentro pra fora, as surras eram absurdas. Breu lançou uma proteção aos meus bebês para que eles não morressem e isso tornava as coisas mais difíceis. Por que ele queria eles vivos? Não seria mais fácil matar nós três de uma vez?

Uma bandeja surgiu na minha frente, havia uma garrafa cheia de suco, um copo de café e algumas torradas. Devorei tudo sem pensar. A minha fome era maior sem o sangue de Killian, meu desejo era triplicado por conta da gravidez e eu era alimentada apenas duas vezes por dia, pelo menos sabia que meus filhos estavam saudáveis e vivos.

-Olha só, você parece uma ratinha..- meu corpo tremeu quando escutei a voz de Zoe e vi a mesma descer as escadas escorregadias e enferrujadas do porão

Seu sorriso era demoníaco. Me arrastei no chão para longe mas ela era rápida, desferiu um chute com seu salto agulha em minha barriga. Por mais que meus bebês não sentissem nada, eu sentia e muito. Chorei e gritei. Zoe me levantou e me jogou em uma poça de água, alguns ratos passaram por mim fugindo dela e cuspi sangue sentindo uma dor aguda na cabeça do útero.

-Olha só pra voce, a princesinha perfeita..- ela riu

-Zoe, me escute..- digo com dificuldade -Breu está usando você..- cuspi

-Cala a boca sua vadia!- ela puxou meus cabelos e me jogou na parede de pedras com força me fazendo cair sentada -Sua imunda, ridícula, inútil..- ela chutou minhas costas e senti a dor percorrer minha espinha como fogo rasgando minha pele

Gritei e Zoe puxou meu pescoço me virando e me jogando contra outra parede. Ela parecia se divertir com aquilo, certamente estava. Segurei minha barriga e respirei fundo me encolhendo no canto. Zoe me arranhou, chutou e desferiu tapas até eu estar inconsciente. Por um lado eu gostava disso, eu apagava por horas, o que fazia o tempo passar mais rápido.

A única coisa que me deixa em sã consciência era meus bebês. Eu sonhava com eles e algo me dizia que eles seriam exatamente como em meus sonhos. Um menino e uma menina, ambos um pouco parecidos mas ainda sim não era gêmeos idênticos. Eu já tinha nomes para eles, Demian e Emma. Meu filho, de olhos azuis, idêntico a Killian e minha filha de olhos verdes, tão parecida comigo e com o pai. Eles eram perfeitos e graciosos. Sua beleza encantava qualquer um, eram inseparáveis.

Eu não sabia como iria impedir Breu, mas não deixaria ele matar um de meus filhos, seja qual for o híbrido. Eu lutaria por eles até a morte, até o final!

CORVINA -2Onde histórias criam vida. Descubra agora