Killian tinha um dever a cumprir, um dever como líder. O único problema era que ele iria liderar dois mundos!
Lidar com o seu poder era um desafio, principalmente quando se tem 200 anos e está prestes a comandar tudo. Ele só não sabia que, a...
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É como se seu corpo estivesse contra você, uma luta entre o real e o inconsciente. Meu corpo versus a minha mente. Eu precisava sobreviver, precisava ser forte pelos meus filhos, mas tudo o que eu queria era descansar. Sabe quando sua alma anseia por alguém? Eu precisava tanto de Killian. Pelo menos um último beijo, abraço ou poder ouvir novamente o tom agudo da sua voz me chamando de "morena", ou de "mi amor". Eu não sentia nada, nenhuma dor física mas isso era opção minha. Decidir ir pelo caminho largo e fácil ou pelo estreito e doloroso. Eu sabia que no momento que eu decidisse lutar seria insuportável e eu teria que ser mais forte do que eu nunca fui.
Eu estava decidida, iria lutar pela minha famiglia!
O grito retumbou pela sala de cor branca e meu corpo se curvou na cama. Havia três bruxas me examinando e eu pude jurar que elas deram um pulo quando meu corpo reagiu. Minhas presas estavam para fora e eu me sentia como uma leoa protegendo seus filhotes. Eu estava em trabalho de parto e sentia meus filhos querendo sair, eles estavam desesperados e pedindo por socorro, sabia que estar dentro de mim estava machucando eles no momento, afinal havia algumas costelas minhas quebradas. Mas eu preferia segura-los em um local desconfortável e seguro do que colocá-los ao mundo para morrer. Um rosnado saiu de minha boca e antes que as bruxas pudessem reagir, com minhas unhas rasguei a garganta de duas e arranquei o coração da outra que tentou fugir. Senti algo diferente antes de me levantar, um cheiro.
Me levantei e me apoiei na porta segurando minha barriga com a outra mão. Eu conhecia esse cheiro, era Killian! Meus bebês se mexeram dentro de mim me fazendo gemer de dor, era insuportável. Parecia que havia facas cravadas dentro de mim, mas Valéria a pena.
-Por favor, fiquem calmos..- minha voz sai fraca e so agora tive noção do meu estado, eu estava fraca, a única coisa que me movia era a força de manter meus filhos a salvo
Um uivo. Eu o conhecia até em meus sonhos, meu marido estava chegando, eu precisava salvar meus filhos até eles estarem nas mãos de Killian, ele com certeza os protegerá.
Abri a porta do quarto e encontrei um galpão vazio e imundo, não havia ninguém ali. Dobrei em um corredor onde uma placa em verde neon estava localizadas a "saída". Me apoiei pelas paredes e andei o mais rápido que puder abrindo a porta, encontrei outro corredor. Antes que eu pudesse fechar a porta, outra porta do corredor foi aberta e um homem me encarou irritado. Rosnei tirando forças de nernia e em um pulo coloquei minhas pernas em seu pescoço e arranquei sua cabeça caindo em pé no chão, quando me desequilibrei por conta da barriga segurei a maçaneta da porta. Escutei passos e corri corredor a fora, dando de cara com outro galpão. Havia muitos bruxos nele!
A atenção não foi para mim, mas sim para o lobo grande, alto de pelo menos 5 metros andando em duas pernas. Eu senti um alívio e uma paz ao ver o ser demoníaco de olhos vermelhos. Era meu marido, o pai dos meus filhos e ele iria me salvar. Era como se eu estivesse vendo um filme de guerra, Killian e pelo menos uns 8 lobisomens gigantescos estavam na linha de frente, logo atrás os vampiros, a maioria conhecidos por mim. Havia uns 150 bruxos ali para 80 pessoas do lado de Killian, mas 8 lobisomens já valiam por 50 bruxos, afinal, eram o maior inimigo deles, imunes a qualquer tipo de magia, seja branca ou negra.
O massacre começou diante de meus olhos e me segurei na porta quando senti algo no meio das minhas pernas, um de meus filhos estava prestes a nascer e eu estava totalmente sozinha. Algumas bruxas vieram até mim e matei elas, tentando ficar invisível na luta. Pude ver claramente quando Killian sem do ou piedade matou Breu, com ajuda de 3 lobos. Eu podia até ficar feliz por isso ou pelo falto de que estavam morrendo mais do lado bruxo do que do lado de Killian, mas a dor era mais forte.
Gritei ignorando completamente o local e ambiente em que estava, expressando totalmente a minha dor. Foi rápido de mais, algo esta passando por minhas pernas quando senti um arder em meu corpo, alguma bruxa desgraçada estava me queimando. Um lobo a comeu inteira e cai no chão sentada sentindo algo quase saindo de minhas pernas, um de meus bebês estava conseguindo botar sua cabeça para fora e eu estava desesperada. Chorei agoniada vendo sangue por todo chão úmido e me curvei no chão gritando outra vez, eles não podiam me ajudar, estavam quase morrendo.
-Corvina!- a voz de kova me fez chorar mais e quando ela estava vindo me ajudar caiu no chão tremendo, alguém estava lançando algum feitiço nela, chorei mais com a cena
Meus olhos estavam fechando novamente e antes que eu desistisse, uma voz me fez paralisar. Killian não era mais um lobisomen demoníaco, era meu Killian, nu e sujo. Seu cabelo estava crescido e barba por fazer. Chorei quando o mesmo correu até mim e o abracei sem nem ao menos acreditar que estava em seus braços novamente.
-Morena..- chorei o apertando mais
-Killian..- o apertei e antes que pudesse falar mais alguma coisa senti ombros querendo passar para fora de mim e gritei -Os bebês..- o encarei assustada e gritei outra vez
Killian me pegou não braços passando pela guerra que acontecia ali. Todos bruxos ou bruxas que tentavam nos parar era morto por nosso escudo de lobos monstruosos. Senti meu corpo arder quando minha pele foi de encontro com o sol, fazia 8 meses ou mais que eu não colocava os pés na rua.
-Não da..- gritei sentindo um os bebês quase escorregar de mim, as contrações eram como facadas em todo meu corpo e parecia que minha cintura ia cair a qualquer momento
Killian me deitou no chão com cuidado e apertei seu braço, vi Cornélia correr até mim totalmente ensangüentada e escanzelada, juntamente com minha mãe e Kova.
-Por favor..- encarei os olhos de Killian assustada ainda apertando seu braço e Kova levantou meu vestido encarando o local assustada
-Nao vou a lugar nenhum!- killian beijou minha testa suada e gritei sentindo mais uma contração
-Está saindo, por Lua!- Kova diz assustada
-Faça força meu amor!- minha mãe se posicionou ao lado de Kova e Killian ficou atrás de mim segurando minhas costas enquanto Cornélia estava segurando minha mão e falando alguma coisa que eu não escutei
Fiz força totalmente exausta e como um escorregador, um de meus filhos saiu de mim. O chouro era como um sino e baixo, totalmente angelical é delicado. Kova parecia encantada e senti meu corpo enfraquecer novamente
-Oh, lua!- Minha mãe diz chorona -É um lindo menino!- ela pega meu filho dos braços de Kova e gritei sentindo meu corpo girar, a dor era pior do que a primeira
-Lá vem o outro!- Kova diz e me encara assustada -Corvina, você terá que ser forte, seu bebê está virado, ele não morrerá nem você, mas será muito doloroso, ok?- ela me pergunta e eu quase morri ali mesmo, já não estava aguentando mais nada, estava fraca, com dor e faminta
-Killian..- chamei meu marido mordendo meus lábios -Sede..- digo fraca e no mesmo momento Killian colocou o pescoço ao lado de meu rosto, o mordi.
Senti o gosto metálico e viciante escorrer por minha garganta e meu corpo se regenerar, empurrei com toda a minha força sentindo o meio de minhas pernas arderem e rasgar. Não foi fácil como a primeira vez, mas agora eu estava mais forte. Empurrei outra vez e outro chouro foi ouvido. Apertei a grama em meus dedos e encarei o céu. Eu consegui!
••••••••••••••• Feliz dia das mulheres pra vocês, guerreiras e fodas como a Corvina!
