Lua Azul

Capítulo 6 O.O

Quinta- feira hoje eu tenho aula de anatomia, iremos abrir um sapo. Por incrível que pareça essa aula eu terei a  companhia de Luiz meu mais novo amigo. Sentamos juntos enfrente de uma bancada cinza de alumínio feia e bancos altos não muito confortável.

- alunos como falei na semana passada vamos abrir um sapo, mas eu vou escolher as duplas, vai ser oito duplas.

Começa um resmungo em torno da sala, Fernanda sempre fez sozinha mas hoje sera diferente será obrigada a divider a mesa com alguém que ja exigia muito esforço da sua dupla.

- vamos la! Quando eu chamar os nomes ser organizam na ordem das mesas. Os primeiros são: Cíntia e Laís, Karolaine e Diego, Sarah e David, Nicolas e Pedro Lucas, Daniel e Kevin, Bruna e Karolina, Sandra e Raiane, Matheus e Lucas.

Fernanda sentiu um alívio por ficar sozinha mas sua felicidade durou pouco, muito pouco.

- foi mal Fernanda mas dessa  vez não poderei deixa você fazer sozinha então faz com o Daniel e Kevin.

A mesma tenta protestar contra a escolha absurda da professora mas não tem sucesso. Caminhando até a mesa Fernanda tenta manter o nervosismo longe.
Kevin senta num banco na ponta da mesa puxando para trás o banco do meio para que Fernanda se sente. Distribuindo jalecos, luvas, mascaras, tocas e óculos de proteção para todos.

A profesora começa a explicar a tarefa enquanto um aluno distribui um bandeja com um sapo morto.
- vocês vão abrir os sapos e separar os órgão colocando meses pratinhos de vidro e anotar o nome de cada órgão. Simples e fácil, vale ponto então meninas sem essa de nojinho porque ele está morto.

Nunca senti tanta tenção numa mesa da minha parte, preferia acariciar um leão faminto do que fazer um trabalho com o Daniel, não suporto ele. Começo a organizar os pratinhos e escrevendo em pequenos pedaços de papel seus nomes e pasando a fita em cima.

- então é verdade. Que você é humana? - Kevin me pergunta do nada.

- Claro que ela é. -,Daniel responde por mim. Estou odiando ficar no meio deles.

- hum...mas por que? Tipo ela deve ser uma híbrida que herdou mais a parte humana.

- me passa o bisturi por favor.

- que? - Kevin pergunta sem entender.

- a faquinha. - falo apontando para o objeto cortante.

- ata saquei, saquei.

Me entregando faço um corte no sapo devagar para não perfurar nenhum órgão. Daniel não sai do celular, na verdade prefiro ele assim.

Limpando o sangue que escorre retiro o primeiro órgão um pulmão esquerdo com muito cuidado depois o direito e coloquei no pratinho de vidro.

- nossa você é boa em fez sem hesitar. Como consegue fazer isso. - Kevin pergunta.

- eu imagino meu inimigo deitado aqui, ai eu o corto sem piedade.

- nossa gostei de você! A propósito meu nome é Kevin.

- eu sei. - volto ao meu trabalho. E o assunto acabou.

- tava aqui te reparando e até que você é bonitinha.

 
- e isso foi um elogio?

- com certeza, que tal pegarmos um cinema mais tarde?

- obrigada pelo elogio, mas o cinema não obrigada.

- então um sorvete? Um x-tudo e batata frita?

- que tal vocês calaram a boca e fazer esse trabalho logo. - Daniel reclama saindo do celular.

- é e que tal você fazer alguma coisa para variar? - falo sem pensar.

Ele me encara esperando um pedido de desculpas mas eu ja to ficando cansada de ficar abaixando a cabeça como uma cachorrinha abatida.

- até porque quem faz nada não tem direito de exigir alguma coisa. - falo apertando o cabo do bisturi por conta do choque de coragem que me deu.

- ei humana se ponha no seu lugar, a minoria, a escória não tem voz.

- escroto. - falo e largo o bisturi na mesa saindo da sala sem pedir permissão da professora.

- Fernanda! - a professora chama ao perceber sua saída repentina.

- ela ta enjoada professora. - Kevin avisa.

Daniel olha sério para ele um olhar ameaçador, uns minutos depois Fernanda volta e se senta sorrindo para Kevin.

- dessa vez o chororô foi rápido. - Daniel implica.

- não estava chorando, a sua voz que me da enjôo. - ela fala sem olhar para ele. - e Kevin adoraria tomar um x-tudo com você.

Daniel encara outra vez Kevin que sentiu um calafrio na espinha dorsal.

- bom na verdade eu tenho namorada, então não vai pegar bem, sabe. - ele fala sem graça.

- eu sei, por que ela não ia com agente? Fique sabendo que eu não recuso comida de graça. Então se mudar de ideia me avisa.

Ele rir pelo simples fato dela não se sentir constrangida e ter entendido a sua situação.

Terminaram o trabalho, Fernanda ignorou o Daniel totalmente durante o processo da aula. No final caminhou para casa como sempre.

*_* O.O*_* O.O*_* O.O

oeee gente vocês estão gostando do livro comentem ai eu preciso saber e não esqueci de curtir isso é importante para mim bjs ♡.♡