Capítulo 13 °-°

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Os dias se passaram Fernanda de escondendo de Amber que quer saber com sua vida.

- atenção ao alunos do terceiro ano depois de amanhã terá a atividade ao ar livre na floresta, atividade obrigatória para todos os alunos.

...
Todos estão na tenda do lado norte da cidade, seus pertences ficam em armários velhos.

- a duas horas atrás eu soltei vários coelhos nessa mata, a atividade de hoje será cada um de vocês pegarem o coelho morto ou vivo mas de preferência morto que depois iremos colocaremos na fogueira. - diz o instrutor um homem já de idade com óculos meio torto na cara.

Todos se transformam em lobos e me olham, é como se eu pudesse escutar as risadas e comentários sobre mim.

Ao som de um apito todos correram para a mata, numa velocidade que chega dar medo.

- por você ser humana seu coelho esta aqui, sei que se eu solta você não vai chegar a conseguir pegar.

Ele sai me deixando sozinha, hoje é o dia que eu vou embora com tudo preparado na minha mochila roupas uma coberta e agora eu tenho um lanche enjaulado, quando eles perceberem estarei fora dessas terras.

Avanso em direção a minha Liberdade com minha mochila e meu pequeno coelho magro. todo essas plantas me trás um certo conforto, me imagino morando em uma casa na arvore com tudo que é lindo em volta, sem hora para acordar, sem ninguém me maltratando, sem julgamentos e acima de tudo sem tristeza.

perdida em meus pensamentos não percebi em que caminho segui não vejo mais a grande cabana só mato e mais mato, e começo a me preocupar e ser eu estiver andando em circulo e se no final eu acabar no começo do caminho e perder a única chance eu tenho?

olho em volta e determinado um caminho volto a andar confiante que a direção que escolhi é a certa, depois de cinco minutos de caminhada eu escuto um barulho no mato.

- esta com medo? que vergonha cadê seu espirito aventureiro e cheio de coragem? - falo para mim mesma.

o meu coelho se encolhe na jaula, um calafrio percorre toda a minha espinha dorsal, será um urso? de repente lobos se aproximam quatro no total um lobo branco rosna forte para mim, acompanhando o lobo branco todos começam rosna. em pânico começo a corre sem direção ele avançam em minha direção sinto que estou sendo cercada um lobo de cor meio alaranjada quase me abocanha, vejo um vulto e sinto minha pele arder como fogo, sangue sai da ferida feita por alguma garra deles que eu não consegui ver. corro o mais rápido possível tropeço em pedras caio mas me levanto como um foguete a minha vida esta em risco eu quero sair daqui. corri tanto que quando me deparei que estou na beira de uma ribanceira não vejo nada direito, mas logo atrás ele rosnam sem para mostrando seu dentes grandes e afiados.

- me desculpa coelhinho

taco a jaula em cima deles que desviaram com facilidade, a jaula quica no chão e abre o coelho foge correndo o mais rápido possível. meu corpo teme minha visão fica turva o desespero não me deixa ver nada com clareza, olhando para os lados a procura de algo para me defender quando sinto sendo arremessada para trás.

meu corpo se choca no chão rolando morro a baixo, sinto pedras de baixo do meu corpo sinto meu corpo sendo perfurado o fazendo parar agressivamente, minha boca se enche de sangue caindo no chão, escuto estalos e volto a rolar mais duas vezes e caio em cima de pedras com a pancada minha cabeça lateja, meu corpo formiga, meus olhos embasarem e meus ouvidos tem um tinido muito alto.

barulho de pegadas bem baixinho chama a minha atenção, um rosto aparece em minha vista, Daniel, ele fala alguma coisa mas não consigo entender, logo todos aparecem e me do conta que os lobos eram eles, e viram que não morri vieram terminar o trabalho. no desespero começo a me arrastar para trás, meus sentidos ficam normais mas a dor é insuportável, meu estomago queima e só vejo sangue e um pedaço de madeira.

Lua AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora