Capítulo 08

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Aniella

Abro os olhos e sorrio, sentindo-me satisfeita e plena. Faz dias que não me sinto assim, este lugar realmente é o meu paraíso na Terra. Estico-me, mas um braço forte e quente aperta minha cintura. Não lembro de ter trago ninguém para o quarto depois... ah não! Levanto em um braço para ver um dos homens mais bonitos que já conheci, adormecido em minha cama. Meu corpo dolorido e o sentimento de plenitude me dizem que eu transei mais uma vez com Levi Nikolov. Fecho os olhos e caio na cama novamente.

— O que eu fiz? – pergunto para o nada.

Da. Você fez algumas coisas que acredito ser proibido em alguns lugares do mundo – a voz de sono desse maldito russo gostoso faz-me estremecer. — Bom dia, boginya.

A noite anterior volta em torrentes imagens vívidas do que fizemos. Jogo o braço por sobre o rosto e gemo novamente. Antes que eu pudesse abrir a boca para mandá-lo sair, a porta do meu quarto abre e ouço o grito estridente de Gredory. Que maravilha! Essa manhã está ficando cada vez melhor.

— Todos estão lhe esperando, senhorita Aniella. Inclusive a senhorita Kournikova que está ansiosa para o passeio.

Levi senta e seu torso fica exposto. Enquanto Gred geme ao vê-lo de frente, faço o mesmo vendo suas costas musculosas e tatuada. Por que o homem tem que ser bonito assim?

— Peça o desjejum, Gred. Ania e eu temos que conversar antes dela sair.

Gred assente e fecha porta. Ninguém ouve Levi e leva sua fala mansa como um pedido. Mesmo que seu tom de voz seja tranquilo, o homem exala poder e autoridade sobre tudo o que faz. Ele sai da cama e abre as cortinas fazendo com que o sol ilumine o lugar, fecho os olhos até me acostumar coma claridade e o sermão que o acompanhará. Ainda bem que não estou de ressaca...

Ainda bem, não!

Se não estou de ressaca significa que estive com ele por indução da minha libido e não pela bebida. Onde estava minha racionalidade e instinto de preservação quando o deixei tocar em mim? Tudo bem, admito que a hora que ele me puxou para o seu colo e esfregou a minha boceta eu já era um caso perdido. Mas para onde foi cada resolução que tomei? Se fosse para transar com alguém, que seria o maldito Yerik e não Levi.

Ouço o barulho do chuveiro e meu corpo acorda, praticamente implora para seguir aquele homem para nos banharmos juntos. Fecho os olhos e relembro quando ele veio sobre mim e enfiou seu pau dentro do meu corpo extremamente faminto por ele. Suas mãos percorrendo o meu corpo, apertando os meus seios, beliscando os mamilos e os chupando. Tudo isso enquanto entrava e saia de mim exigindo cada gemido meu.

Meu cérebro deve encarar isso como um hábito, só pode! Cheguei aqui resolvida de que Levi Nikolov não seria meu alvo e sim seu primo. Iria conhecê-lo e se mostrasse uma pessoa melhor do que imaginei, passaria um tempo agradável. Também vim conversar com outras autoridades russas que estariam na festa, afinal, todos estamos enfrentando um inimigo desconhecido.

Acho que conviver com muitos homens deve ter me af4etado mais do que pensei. Não dizem que eles pensam com a cabeça debaixo? Pois é, acho que tenho esse problema também. Respire fundo, Aniella. Vamos encarar o inimigo de frente e sem hesitação. Caminho para o banheiro e vou diretamente a pia para escovar os dentes dando tempo o suficiente para o russo terminar o seu banho.

Corajosamente, alcanço todos os produtos de higiene sem olhar para o espelho que mostrará a cena que sempre apreciei. Força, Aniella! Coloquei o creme dental na escova de dente e iniciei a escovação, mas um momento de descuido olhei para o espelho e fiquei hipnotizada com o corpo do Vi. O homem pode fazer os anjos chorarem com cada músculo esculpido e tatuagens que contam a sua trajetória dentro da Bratva.

ANIELLA - A Tríade (Livro 02) DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora