Capítulo 11

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Voltando as postagens dessa louca história. Gente, conforme combinei com a editora, postarei até o último capítulo e ficará assim por 24 horas. Não deixem de acompanhar.

Kath

***

Levi

Mônaco não é meu lugar favorito apesar das diversões que proporcionam. É difícil ficar entediado aqui. Minhas viagens a esse lugar era mais por causa de Aniella que realmente gosta daqui. Tiro da gaveta da memória várias lembranças e em quase todas elas Ania está presente. Mesmo agora, aqui, em seu refúgio preferido, estamos juntos sem realmente estarmos juntos. Às vezes me questiono onde foi que nos desencontramos. Não foi quando propus casamento a Nadejda, foi antes... muito antes.

Sirvo-me de uma generosa dose de vodca e abro as portas que levam ao terraço. A noite está muito bonita e a brisa do Mediterrâneo me cumprimenta. Respiro fundo e enquanto caminho até a bancada de balaústre, aceno para os seguranças que guardam o lugar. Tive que aumentar a guarda de todos, a segurança da família é uma das minhas prioridades no momento. Muitos não gostaram, mas nesse atual cenário todos temos que entender.

De algum lugar abaixo, ouço uma música que logo reconheço. A melodia e a vista me deixam saudoso de um tempo em que eu sabia onde estava e com quem estava. Hoje os meus dias são permeados de incerteza e insegurança. Tomo um gole da bebida que está em minha mão e atento-me para ouvir melhor a canção.

(...) Eu nunca atiro para errar. Mas tenho a sensação de que uma tempestade se aproxima. Se eu sobreviver a este dia, então não há mais motivos para correr. Isto é algo que eu tenho de enfrentar. Se eu arriscar tudo, você poderia impedir a minha queda? Como eu vivo? Como respiro? Se quando você não está aqui me sinto sufocado (...).

— Noite bonita, não? – viro-me e encontro Nadejda parada contemplando a vista a nossa frente.

Ela está muito bonita em seu vestido azul claro. A mulher é elegante, mas se veste com grande discrição, nada extravagante ou sensual. Nadejda parece uma boneca de porcelana e passa a impressão de fragilidade com sua fala suave e compostura recatada. Demorou alguns dias para ela se soltar a minha volta, foi por isso que a tirei da Rússia. Seus pais a sufocavam com suas exigências que a transformavam em um robô. E Deus sabe que não tenho como me casar com uma mulher assim.

Não quero alguém que salte cada vez que grito no telefone e muito menos uma mulher que não tenha suas próprias opiniões. Sou imensamente satisfeito que Nadejda sabe seu lugar, será a esposa de um vor e se comportará como tal. Sei que respeitará minhas decisões e meus desejos, não terei que lutar a cada situação.

Volto a atenção a minha noiva.

— Quer beber algo? – ofereço. Ela nega e se coloca ao meu lado. — Como foi o passeio?

— Foi muito bom. Obrigada por perguntar.

— Você não precisa me agradecer quando lhe pergunto algo, Nadejda – falo pacientemente.

Sem olhar para mim, ela diz:

— Desculpe-me...

Respiro fundo exasperado.

— E muito menos me pedir desculpa a cada passo. Somos noivos e em breve casaremos e a última coisa que quero é ouvir minha esposa agradecer a cada vez que fizermos sexo ou se desculpando por qualquer outra coisa.

Sua postura fica mais ereta.

— Estou me esforçando para corrigir essas coisas, moy gospodin.

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⏰ Última atualização: Jun 26, 2020 ⏰

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ANIELLA - A Tríade (Livro 02) DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora