Sempre o mesmo tom de surpresa

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N.D:

Após os acontecimentos em Hogwarts(cerca de 2 meses depois).

N.R:

Hermione disse que iria desfazer o feitiço que lançou em seus pais. - Disse que voltaria logo. Já se passaram 7 dias e ela não me enviou nenhuma coruja.

- Tô começando a ficar louco.

Mamãe:

 - Eu também acho. Relaxa, Ronald Bilius Weasley, sua irritante sabe-tudo vai voltar.

- A gente não conversou sobre isso, mãe.

- Cês não se beijaram lá em Hogwarts no meio de uma guerra?

- Bom, sim... Nós... Pera... Como você...?

- O Harry me contou que você disse pra ele... Ou melhor, que ele estava de plateia.

- Pô, Harry, sempre cagoete. - Ri tímido levando as mãos ao rosto depois da frase.

- O que significa "cagoete"?

- É uma expressão que a Mione ensinou. Uma expressão dos trouxas. - É mais legal que dizer que a pessoa é língua solta. Ou, como outra expressão dos não-mágicos, dedo-duro. - Expliquei.

N.D:

Senhora Weasley ri. E diz entre risadas:

- Entendi. E...

~ Um barulho interrompe a conversa ~

N.R:

Saí correndo pra fora, tropeçando nas cadeiras.

- Ai meu pé...! - não liguei para a dor e corri.

Cheguei à entrada de casa. 

Ela tinha aparecido. No meio das folhagens que o clima de outono nos dá de presente.

Hermione: 

- Oi. 

Me aliviei ao ver e ouvir a dona da voz suave. 

- Sua maluca... Oi... Ai... - ri de nervoso. - Que alívio, cara. E então... Como foi? 

AÍ ela correu em minha direção e a segurei nos braços. Senti sua coxa envolvendo o meu quadril enquanto ela abraçava meu corpo. Com o melhor abraço do mundo. Olhei rapidamente seu rosto. 

Ela estava com o rosto molhado. Tinha chorado. A abracei mais apertando e ela disse aos fungos: 

- Eu consegui, Ron. Tenho meus pais de volta... Consegui trazer as memórias deles de volta, - disse entre choros.

- Que bom, Mione. Isso é muito bom. - falei de olhos fechados apertando-a mais um pouco.

- Ô Rony? - disse tirando a cabeça do meu ombro e olhando para os meus olhos.

- Que é...? - perguntei. Tirando um fio de cabelo longo dela do olho.

- Me ensina de novo? A... A quicar as pedras nos lagos e rios?

Eu ri, apertando ela outra vez.

- Claro... Ensino sim...  Mione sabe tudo... Menos... Ai... (ela bateu na minha nuca).

Ri e continuei: 

- Doeu, sabia?... Hah... Menos jogar pedras em lagos.

- Ah, cala a boca... - ela parou de rir com um pouco de dificuldade. Quando controlou a risada, continuou: - Eu... Ai meu Deus... Eu nunca disse isso para ninguém.

- Nunca disse o q...

- Shi...

-  Tá. - ri envergonhado. - Vamo lá. - agora parando de rir de vez.

N.R:

Ela passou as mãos nos meus cabelos. Comecei a tremer. Acho que ela não notou.

- É... Eu te amo. Muito. - falou às pressas.

- V... Você... O quê? - disse tonto com a informação.

Hermione repetiu segura:

- Eu te amo. Demais.

E me beijou. Com todo carinho que sua ansiedade e saudade, que beijo trocado há três meses, pedia. Minha boca nunca poderia expressar tanta saudade. Mesmo assim tentei fazer com que ela soubesse disso. 

- Eu te amo tanto. - disse sendo interrompida pela minha boca.

N.H:

Ronald é o único que me faz rir facilmente. Até se ele falar de mim. Amo ser a pessoa que ele tenta irritar e ao mesmo tempo a que beija como se fosse a última vez que fará isso.

N.R:

- Eu também... Também te amo. - disse entre os beijos. - Cê não faz ideia do quanto. - A abraço. - Senti saudade do seu beijo, sabia? - e voltei a beijá-la com mais vontade.

N.R:

A dou um sorriso. E a faço olhar nos meus olhos.

Ela cora e muda de assunto:

- Vamo entrar. Tô com fome. E a comida da sua mãe tá me chamando. - ela sentiu o aroma.

- Obrigada pela segurança. mas preciso sair desse abraço e daqui de cima. - Olhou para baixo e viu que não estava em terra. Coloquei Hermione no chão.

- Vamos, então? - dei minha mão para ela e cruzamos a porta. Durante nossa vida de nômade em busca das Horcrux, adorava essa paz que ela trouxera segurando minha mão.

Hermione:

- Sempre gelada?

Ronald: 

- E você? - disse olhando para ela. - Que sempre tem o mesmo tom de surpresa?

(Continua)

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