Pingo nos i's

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N.D: 

Depois de passar horas conversando com Harry, ele ficou mais alegre.

N.R:

Eu e Hermione saímos dizendo: 

- Aceitamos e abençoamos os próximos passos com a Gina, - já andando em direção à porta da sala. - Mas a coisa vai apertar para o teu lado. Quando for pedir para mamãe - disse previamente, como alerta. 

Harry coçou a cabeça. Por ter lembrado desse mínimo detalhe, ficou com uma cara azedada.

Hermione: 

- É a nossa deixa!

N.D:

- Relaxa, Harry. Você consegue. 

- Amamos você, cara. - disse Ronald.

~ Aparatam ~

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N.R:

Minha irmãzinha vai "casar" e Harry irá ser "pai" mais cedo. Que dia! Tô feliz. Por ele e por mim. Tenho alguém completamente surreal e linda do meu lado. Apesar de ter sido um babaca a maior parte dos dias com ela, a bruxa mais interessante, inteligente, me quis! Eu sou o cara mais feliz do planeta Terra. Porém, pensar nos planos futuros me dá medo.

Pah! - algo caiu com um baque no chão.

Hermione olha em volta. E estranha.

- Ronald, não estamos em casa. Não era pra gente estar lá?

- Eu sei. Me desculpa. Não estava pensando direito quando o feitiço nos sugou. 

- Tá bom... Pode dizer o que que se passou, então? É por causa da Gina... Ou o quê?

- Vem... Já que estamos aqui, vamos dar uma volta! - pegando a mão dela. - Não tem nada a ver com a Gina. Ou o Harry. Tem a ver com a gente - alertou-a, parando de andar e a olhando nos olhos:

- A gente...? Qual é o problema com a gente que eu não estou sabendo?

Eu a olhei e disse: 

- Fui um babaca a maior parte dos anos com você. Como você pode me escolher, aceitar o meu pedido de namoro? 

- Tá duvidado que amo você, é? - com cara de séria.

Assustei e disse: 

- Não. Isso nunca! O que estou querendo dizer é... Bom... Não é nada, não.

- Tem alguma coisa sim! - Hermione estava ficando chorosa...

Um silêncio ensurdecedor se instalou. Não quis dizer o que era.

Então Hermione se desviou de mim e andou a passos apressados.

- Ei, Hermione, espera! - gritei, tentando alcançá-la. Puxei o seu braço quando consegui chegar perto.

- Não vai embora assim... É SÉRIO! Não é nada sobre duvidar do seu amor... Eu juro! - acrescentei, quando vi seus cabelos volumosos mudando de direção após puxá-la.

- Então me diz o que é... - ela quase gritou.

- Não é tão simples!

- É sim, Ronald. É só você parar com esse medo besta! - ela estava começando a ficar com raiva e andando novamente, irritada.

- Ei... - sussurrei, tentando acompanhar o ritmo dela, e parando à sua frente, a impedindo de seguir: 

- Eu te amo, sim! E eu aceitei porque eu sempre quis isso! SEMPRE QUIS VOCÊ! MAIS NINGUÉM! - irrompeu num choro amargo. 

Fiquei paralisado.

- Eu sou inseguro. Me desculpa! - a puxei para roubar um beijo. - Eu quero tudo com você. Tudo mesmo. - falei para ela assim que o terminamos.

- É que tenho medo de não ser o suficiente pra você... Cê já perguntou pra mim se eu acho você insuficiente, Ron? - Hermione prossegue.

- Eu não acho que você seja insuficiente pra mim. E não que você não mereça saber. Mas mesmo assim eu vou dizer o porquê você acha que é o que é e porquê está errado: - Quem vomita lesma por tentar lançar um feitiço pra calar a boca do Malfoy, que me chamou de sangue ruim, não é insuficiente. Quem chama por mim desacordado numa enfermaria, e não o seu romance vivido na época, não é o insuficiente.

- Quê?!... Eu fiz isso?!

Hermione não ligou para a minha incredulidade e continuou:

- Quem grita com um professor por ele não ver diferença do meu dente normal pra um dente enfeitiçado e aumentado de tamanho, não é insuficiente.

- Mas eu fui um idiota! Te fiz sofrer!

- Foi mesmo! Mas não largou a minha mão quando nos encontrávamos em perigo. Você corre pra me procurar e segura a minha mão. Antes de qualquer outra pessoa. Me deu apoio quando estava petrificada. Isso não é ser um insuficiente.

- E tentei me declarar com nós dois fugindo de um ataque de cobra - relembrei, a interrompendo.

Hermione: 

- E pouco me importa o Víctor Krum ou o Harry Potter. - EU QUERO... SEMPRE QUIS... VOCÊ! - lágrimas continuaram a sair de seus olhos enquanto ela aumentava o tom de voz até que eu pudesse escutá-lo. 

Fiquei envergonhado.

- Para, Mione! Assim eu não dou conta!

- Você sempre vê sua vida como se ela pertencesse a uma pessoa que só recebe coisas que já foram de outras! E se vê em último caso em tudo! Eu tenho te dado o primeiro lugar e você sequer percebe... E ainda se acha incapaz?!

Confesso que, ao ouvir a última frase, fui um ruivo fraco. Antes de ela falar mais alguma coisa, a puxei para um abraço.

Ela é linda demais.

Meu orgulho.

- Ei... Olha pra mim, Ronald... - ordenou ela. 

Sendo assim, fixei meu olhar no de Hermione. 

- De todas as pessoas de quem poderia gostar na vida, você é o único com quem imagino um futuro. Não quero outra pessoa não, cara!

- Tá..., - (disse na tentativa de parar com as lágrimas) - EU, de maneira oficial, SOU LOUCO POR VOCÊ, HERMIONE! - devolvi para ela, de uma só vez, secando o rosto e fungando. A sacudindo levemente. E, com uma tentativa de sorriso. Ela sempre conseguiu tirar um. 

- Eu nem preciso de oficialidade! Eu sou louca pelo meu idiota... - e me puxou pra um dos melhores abraços que já recebi. - Ai, Ronald... Para de besteira. Vamos pra casa. - dando um beijo em minha testa e me agarrando. 

- Mas, me perdoa. Desculpa por não ter admitido o que eu sentia durante a temporada que passamos em Hogwarts? 

- O que importa é o hoje. Seu bobão! - me dando um beijo que me fez ficar mais bobo e trêmulo. A segurei pela cintura.

Meu Deus! Tô tão feliz!

- É claro que perdoo você! - ela me beijou em seguida, com as mãos em meus cabelos, acariciando-os. 

Eu a agarrei: 

- Não consigo! Não duro um dia sem você! - disse pegando ar. E beijando de novo.

- Que é isso menino, que coisa melodramática! - riu e me beijou com mais vontade. 

Olhamos para as estrelas. Já era tarde. Mamãe iria nos matar.

Agarrei ela e dei um último beijo.

~ Aparatamos ~

(Continua)

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