Histórias compartilhadas

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N.D:

- Ei, sabe-tudo irritante... - Ronald cochichou, fazendo Hermione acordar.

Ela não dormira bem apesar de estar com o ruivo.

- Quê?! - resmungou, sonolenta. 

- Hora de ir pro quarto da Gina...

- Ah, tá... Tinha esquecido desse detalhe. - ela responde com um bocejo, já se retirando da cama. - Tchau. Hermione conseguiu entrar no quarto de Gina sem problemas.

- Boa, gatinha - sussurra. - Você é um gênio. - bateu a porta. Transportou as roupas da Hermione com um toque de varinha para o quarto de Gina. Deitou na cama de novo. Mas não dormiu.

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N.R:

A manhã na minha casa é sempre agitada. Hermione chama o caos de "barulho Weasley". Com três dias faltando para o final de semana, precisava perguntar para Mione coisas sobre os pais dela.

Indaguei depois de comermos:

- Quer sair?

Hermione assentiu com a cabeça.

- Beleza. Obrigado, cara.  Aliviado.

Hermione:

- Mas... Eu amo o barulho Weasley! - ela fala rindo depois que já estava a levando para fora de casa.

- Beleza, família! - gritou. - todos olharam Ron. - Foi bom estar com vocês, mas eu e minha namorada precisamos conversar!

- Iiiih... - brincou Gina. 

- Mas já brigaram? - completou Jorge.

Os dois se olham. Pensaram em Fred. Foi a primeira frase dita estilo FredJorge sem o Fred. Todos ficaram tensos.

Ronald:

- É, Gina... Sem querer você foi a eleita. - tentou  quebrar o gelo.

Todos riram do comentário.

- Vão logo! - disseram eles.

- Num disse? - comentei.

Hermione:

- Voltaremos devagar à "programação normal", - diz a sabe-tudo correndo para a porta e girando a maçaneta.

- Tchau! - completo. Hermione bate a porta. Andamos e  conversamos:

- Sinceramente. Que família!

- Amo ela também!

- Não parece demostrar isso de forma oficial.

- É porque sou durão. Mas Fred já ouviu algumas vezes...

- Quando? - ela fica intrigada.

- Quando jogamos xadrez com papai nos ensinando. Ele me deixou ganhar. Aí eu disse: - "Obrigado. Te amo." - mas sem papai ouvir.

- Ele teria gostado de ouvir que você amava o Fred.

- Tem razão. Uma outra parte da minha vida na qual eu fui um idiota.

- Para, Ronald! Não se trate assim...! - repreendeu, dando um tapa em minha nuca.

- Teve outra vez antes dessa, era criança também. Quando Fred se arrependeu da brincadeira sem graça que ele e Jorge fizeram comigo. Depois de chorar por horas por conta do meu urso de pelúcia ter se transformado em aranha. Foi daí que surgiu meu pânico. O ursinho não era mais ursinho. Era uma aranha horrorosa e andou no meu berço-cama. Do qual sai correndo e nunca mais voltei pra dormir lá. Coitados dos meus pais. Não tiveram paz até meus 6 anos. Pois, até os cinco, dormi na cama deles. - contei com as cenas passando em minha mente.

Hermione:

- Tadinho de você, cara. - dando tapinhas no meu ombro.

- Ei... Não ri não, moça. A desgraça dos outros merece compaixão!

Hermione segura a risada.

- Eu mereço! Então, quando rolou o "eu te amo, Fred"?

- Ahhh, quando ele agachou atrás de mim, que estava em pé, chorando, no meu quarto. Ele entrou, agachou de joelhos e disse em voz baixa:

- Ei, carinha, a aranha está lá embaixo. Quer destruí-la?  Eu ajudo você. - olhei pra cima e lá estava a cara desgraçada de arrependimento. Aceitei. Desci. Fomos até a aranha, que estava encurralada. - ele me deu sua varinha, agachou de joelhos atrás de mim novamente, pegou na minha mão e disse: - Agora, repete comigo, maninho: Fenice Objectum!

E eu:

- FeniObji.... - com pronunciamento infantil. Mas a varinha era dele. Ele estava segurando minha mão, e se concentrou no feitiço certo. Então, o urso voltou a sua forma original. Vi aquilo e me virei pra ele. O abracei, e disse:

- Timãmo!

Ele me pegou no colo e me abraçou, mas não lembro se ele disse algo após isso. Mas apesar de termos protagonizado essa cena fofa, não quis o urso de volta e meu trauma se instalou de vez. - vi que Jorge tinha visto toda cena enquanto abraçava Fred.

- ... Que história! - disse, apertando a minha mão.

- Chega de falar de mim... Me fala de você, de seus pais...

-  Saquei qual é a sua, Weasley. Tá querendo conhecer onde está se metendo, né?! Por isso esse passeio.

- Quê?... - bufei. - Não... Claro que não.

- Weasley, Weasley. Eu conheço o amigo-namorado que eu tenho. Isso. O passeio foi planejado com segundas intenções! - acusou ela, se pendurando em Minhas costas.

- Tá. Meio que foi mesmo, lindinha sabe e saca-tudo! - confessei, a segurando na coxa

- ... Tá. Vou contar algo. Meus pais me dão apoio em tudo. Assim como os seus. Não escondo nada sobre o mundo dos bruxos deles. Sabem da batalha, dos riscos que eu, você e Harry corremos. Sabem que nos beijamos. Sabem quem você é e contei da Família Weasley.

Enrubesço na hora. 

- Você vai sobreviver. Eles são atenciosos e amorosos. Brincalhões. Como você. E só querem que dê meu melhor em tudo que decidir fazer. Que arque com as consequências das minhas decisões. Que também seja independente. São rígidos, mas adoram leveza. Viajar e trabalhar também.

- Obrigada, Merlin. Sogros da paz. Tudo que precisava.

Hermione ri e me dá um beijo na cabeça: 

- O que você quer sabe sobre mim?

- Tudo.

- Teremos tempo. Não pretendo terminar com você. Você vai casar comigo - diz a sabe-tudo.

Fico sem ter o que dizer. Eu amo essa menina. Penso, olhando pra cima. Vendo o céu. Caminhando, pensando na minha sorte.

- Agora corre até o lago. Você vai me ensinar, de novo, a quicar as pedras. Pensarei em coisas da infância também, pra te contar.

(Continua...)

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