Era Pra Ser

A Lista

Carta da Hermione:

"Caro Ruivo. Sinto saudade.

Escrevo para te avisar que, relativamente, estou bem. Ando ocupada por estar escrevendo uma lei do zero. Os pesadelos estão dando trégua. Mas quando surgem, agora os controlo melhor. Sonhei com você e Harry noite passada. Foi gostoso. Minerva me escreveu dizendo que agora é diretora."

- Li errado, isso?

A carta responde:

"Não, você não leu errado, Rony. Ela foi nomeada DIRETORA!" - continua Hermione. "Gostaria de informar também que voltaremos para a estação em Setembro do ano que vem como havia previsto. Meus pais mandaram escrever: beijo, genro preferido!"

- Mas sou o uni... não entendi a...

Corro os olhos pela carta.

"Piada..." - Escreveu logo abaixo. Entre parênteses.

- Oxe! - solto uma gargalhada alta.

"Enfim... haha. Tô com saudade mesmo."

- Quê que cê tá querendo de mim, garota? - pergunto, rindo para um pedaço de pergaminho.

"Tem como ir na biblioteca pra mim?" - Pediu.

- Num disse?! - Enfatizei, ainda tomando fôlego entre a risada.

"Embaixo dessa carta tem outro papel com a relação de livro que preciso."

Pego o outro papel atrás dela.

Hermione escreve:

"Agradeço muito. Te amo. É sério agora. Tô com saudade! Vou marcar da gente fazer algo trouxa junto. Feliz dois meses pra você Ronald. (Já que você conta, não vou ficar estragando seu esforço na matemática).

Ps.: a Lilá perdeu... alguém avisa."

Dou risada sozinho.

- Hermione, melhor ser humano!

Você que é a melhor pessoa, cara. Repousa a carta escrita a mão e finaliza com:

"Tá, agora vai logo buscar os livros!"

- Senhora... você quem manda! Te amo também. - Disse me levantando da poltrona e saindo de casa.

***

Nunca fui à biblioteca de bom-grado. Aposto que se Mione tivesse comigo, não ia perder a oportunidade de rir e tirar foto do namorado bobão que ela sabe que tem. Aparato dentro da biblioteca. Vou em direção à moça do balcão. As mãos dentro do bolso. Tentei segurar uma risada ao olhar para os lados.

- O que deseja, senhor?

- Esses livros aqui. - Estendi o braço e entreguei o pergaminho.

A mulher o pega e analisa.

- Winky...? ajude o moço, por favor. - Pede a mulher.

- Claro, senhora. - Responde a elfa. Uma criatura pequena sai de trás do balcão.

- Você aqui? - Falamos juntos, surpresos.

- Oh, olá senhor Weasley! Faz um tempo... Como está? - Perguntou gentilmente.

- É, faz mesmo... Eu vou... Vou indo bem. - Respondi. - E você?

- Bem... quero dizer, estou foragida - sussurrou ela. - Day me acolheu. Mas isso é assunto para outra operação. - diz, já em tom de voz normal.

- Ninguém pode saber que ela está aqui!

Assenti ao compreender o olhar lateral mirado para a balconista.