N.R:
Não aguentei ficar esperando. Saí furtivamente do hospital e aparatei entre quadras sem muito movimento. Parei à lareira de casa.
- Boa tarde, sumido! Onde você se meteu?
- Na casa do Harry, mãe. E depois passei o resto da madrugada acordado, Hermione está mal. Fui ao hospital trouxa com ela e os pais. É aquele sonho dela de novo.
Molly, mãe de Ronald, lamenta:
- Pobrezinha...
- Pai?
- Fala, filho. - indo rumo à sala.
- Me empresta o carro?
- Tenho ciúmes do meu carrinho... tá traumatizado com o Salgueiro Lutador...
- E se for pela Hermione?
- Que golpe baixíssimo... - diz em tom de decepção.
- ... Pai...
- Tá. Quem diz não pra Norinha Maravilha?
- Obrigado. Vou chegar lá mais rápido sem parar para ficar observando olhares tortos. VoLtei pra pegar mais roupas. Vou dormir na casa dela. - Durante uma pausa de segundos, ele torna a falar: - Bom, vou tomar um banho. Tchau. Amo vocês. - Virando o pescoço e subindo o degrau.
- Hermione mudou nosso garoto! - Comemora Arthur.
Molly abraça o marido.
***
O banho foi revigorante. Após ele, fui até a oficina pegar o carro. Dava até uma emoçãozinha andar nele. Isso sim foi aventura!, - dirigir um carro aos 12 anos.
- Olá, lata velha! - cumprimentei, ligando a luzinha de dentro, com a mochila posta às costas. A qual logo coloquei no banco vago. Parti rumo ao hospital, com o velho carro no modo invisível. Desci com ele uma ladeira, parando em frente ao Hospital Ângela. Esperei o movimento amenizar para só então apertar o botão de visibilidade.
***
- Alguma visita a pacientes? - Pergunta a recepcionista, assim que entro.
- Sim.
- Nome do paciente?
- Hermione Jean Granger.
- Você é o quê dela? Gostaríamos de lembrar que namorado não é parente. Nem amigo. Esses dois tipos de relacionamento, só em horário de visita.
- Sou primo. - Respondi.
- Assina aqui.
Assinei como Ronald B. W.
Agradeceu a moça quando devolvi o papel e uma caneta que era inanimada.
- Ela já acabou o exame e está em consulta com o neurologista. - Tornou a falar enquanto eu estava olhando para uma máquina estranha com uns botões na mesa.
Aparentemente, seria ali, naquela máquina, que ela rastreava Hermione.
- Moço...? Tá me ouvindo?
- Quê? - Desviando o olhar da máquina.
- Aguarde sentado ali. - Ela ri.
- Tá bom.
- Bonito nome, senhor Ronald. - Ela diz.
- Bonita máquina em seu balcão. Interessante.
- Tem certeza de que não quer uma consulta também? - Inquire, com expressão confusa.
- Não preciso. Obrigado. - Respondi, tentando não rir.
Fui em direção a uma cadeira e esperei Hermione chegar acompanhada dos pais.
***
Algumas horas depois, Augusto me explica acerca do diagnóstico.
- Exames perfeitos. - Ele estava de olho em nós. - Só com uma gradativa mudança no eletro. O médico prescreveu um anticonvulsivo.
- E recomendou um psicólogo. Vocês dois... nos devem explicações. Olhando pra mim e para Hermione. Que por sua vez informou:
- Vou assinar a alta. - Informou, triste e cansada. Indo até a recepção.
- Explicaremos depois que ela se revigorar com uma noite de sono de verdade. - Garanti e saí em direção àquele rumo também. Ao chegar perto dela, perguntei:
- Tá tudo bem, Hermione?
- Não, Ronald. - Diz, através de choro baixo. Enquanto assinava o papel.
- Ele... O neurologista, ele... Ele disse que é psicológico; recomendou um psiquiatra e psicólogo, nós dois sabemos que não posso expor a verdade. Se distorcê-la, não funcionará o tratamento. Se contar o que aconteceu, vão me internar numa casa psiquiátrica. E nós dois sabemos que não sou louca. Muito menos esquizofrênica - disse à baixa voz e entre lágrimas.
Entregando a caneta e o papel ao balcão da recepção.Fiquei sem saber o que dizer.
- Ele também disse, que só assim iria conseguir parar com o pesadelos... tô cansada. - Mione abraça minha cintura.
- Pensaremos em algo que possa te distrair. Não se preocupe.
- Me leva pra casa? - Pede, tristinha, agarrada à minha cintura.
- Partiu casa, moça. - Falei, com as mãos em seu rosto. Andamos juntos até os pais dela. - Tô de carro. Querem carona? - Perguntei.
***
Dirigir carro sem ser nos ares é engraçado. Não me sinto normalmente quem sou. Um bruxo. Mas foi bom experimentar a "normalidade" do mundo trouxa. Hermione dormiu durante o percurso. No banco de trás, ao meio de seus pais, com a cabeça encostada no ombro da mãe.
Puxei o freio de mão após desligar o carro. Encostei o mais perto possível da entrada da casa. Desci do veículo e, em ação automática, abri uma de suas portas traseira para Érika sair e em seguida peguei Hermione nos braços.
- Vamo, gatinha. - Chamei-a, desafivelando o cinto do corpo dela. - Vou levar ela pro quarto e estarei pronto pra responder às perguntas. Então entrei na casa.
No quarto, eu torno a repetir:
- Prometo que vou pensar em algo. - Disse num cochicho, fazendo-lhe carinho enquanto a observava dormir. - Me deseje sorte... - Pedi a um alguém desacordado, o beijando na bochecha. Desci para a sala.
- Estamos prontos para ouvir. O que aconteceu? Por que passamos por uma madrugada desta? - Érika questiona.
(Continua)
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Era Pra Ser
Fanfictionfanfic inspirada nos personagens que amo demais. Ronald e Hermione 😊. Terá algumas informações que já sabemos e outras inventos da minha cabeça. Terá alguns episódio. Não sei quantos. Mais darei o fim que gostaria pra esse romance . Classificaçã...