Não estava no cronograma

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N.H:

Quando aparatei fora de casa e abri a porta, meus pais estavam na sala.

- Pensei que estivessem dormindo...

- Seu pai quis te esperar. Então fiquei fazendo companhia a ele. - disse se levantando do sofá, indo ao meu encontro, e me abraçando. Pegou a minha mão e seguimos juntas para a sala.

- Diz para mim que minha menina veio de vez para casa. - ela necessitava saber. 

- Sim, pai. - mostrei a mala.

- Bom ter você de volta, bruxinha. - me dirigiu a palavra de maneira saudosa, indo ao meu encontro e me abraçando forte.

- É bom ter vocês de volta também. - enunciei baixinho. Envolta em um abraço coletivo.

- Olha, - papai chamou minha atenção, andando até a lareira - as fotos... Elas voltaram ao normal ontem. - completou. - Você é realmente nossa filha.

Ri, me jogando no sofá.

- Ai, ai... Rá! É tão bom estar em casa, haha. Com você me fazendo rir, que nem o Ronald faz. - disse observando as fotos. 

- Ronald? O garoto ruivo que se aproveita de emocionais abalados pela guerra, para tascar um beijão na minha filha? Esse Ronald?

- Pai! - reclamo, atirando uma almofada às costas dele.

- Olha os modos, Mi. Eu não sou teus amigos. - neste instante, seu tom é sério. Mas ele ri ao fim da frase. 

- Foi eu quem o beijou. - afirmei.

- Seguindo os passos da mamãe, que orgulho, minha filha! - ele exclama se sentando no sofá. Enquanto eu vou me aconchegando a seu peito, papai me dá um beijo na testa. - Que saudade que eu tava da minha nerd preferida... Agarro ele ainda mais ao escutá-lo. Mamãe se juntou a nós.

- Como foi angustiante não saber se nessas fotos tinha mais alguém... Sempre sentíamos que não era aquilo que olhávamos quando parávamos para vê-las. - falou abraçando papai. - Quem quer salgado bola de queijo? - pergunta ela. 

- Eu passo, mãe.

- Eu quero.

- Vou providenciar.

- Vou tomar banho e dormir. Preciso ao menos tentar... 

- Como assim "tentar?" - perguntaram os dois.

- Olhem... Preciso que façam uma coisa por mim.

- Nós faremos, amor. - disseram. 

Peguei a varinha e a apertei na mão deles. 

- Se me ouvirem gritar, entrem no quarto. Me deem a varinha. E, por mais que seja difícil, segurem a minha mão e repitam: - "Expectro Patronum!" Tendo em mente a lembrança mas feliz que vier à cabeça. Qualquer um de vocês. Entenderam?

- Entendemos, minha filha... 

- Aconteceu alguma coisa naquela guerra? - minha mãe perguntou, em completo ao meu pai.

 Era Pra SerOnde histórias criam vida. Descubra agora