Desde já, peço desculpas pela enorme demora em atualizar a fic. Tive um bloqueio horrível, mas enquanto isso, revisei todos os capítulos. Nesse processo, acabei mudando alguns detalhes e acrescentando outros, então, se você não lembra de tudo, recomendo que leia outra vez. Essa é minha dica para não ficar perdido, pois eu reconheço que demorei tempo demais para atualizar. Mas, enfim, espero que isso não me aconteça de novo, porque se tem uma coisa que eu amo fazer, é escrever e, se tem uma coisa que me deixa feliz demais, é quando vocês comentam e me deixam saber que gostam da história.
Bom, para esse capítulo recomendo a música POWER - ISAK DANIELSON. Esse capítulo foi todo escrito com essa música, muito do que tem nele foi com base nela, então escutem do começo ao fim.
Boa leitura.
14 de Agosto/ 22h56min/ Casa do Lago
Camila Cabello Point of views
(PLAY - ISAK DANIELSON - POWER)
Harmonia, som, ritmo, voz, melodia quando juntos se transformam em música. Mas é possível perceber a música quando esses elementos não estão juntos, também. O som de uma onda quebrando quando chega a areia da praia; o canto de um pássaro nas primeiras horas dia; o ritmo que o meu coração batia a cada momento em que olhei para a Lauren e ela já estava me olhando; os arrepios na nuca que me deixaram inquieta por sentir que estava sendo observada a cada palavra dita dentro da sala. Tudo isso, era música. Uma música lenta, calma, que só poderia ser cantada por uma voz. A voz rouca dela. E, essa sensação, a sensação de que ainda tínhamos mais palavras, mais notas e acordes a preencher, a sensação de que ela ainda tinha poder sobre mim, me fez sair com a cabeça bagunçada para o sereno do quintal.
Longe dos olhos da Lauren e do barulho, eu conseguia respirar normalmente e minha cabeça se acalmava enquanto o vento soprava contra o meu corpo. O céu que eu encarava como se fosse encontrar respostas, estava escuro e repleto de estrelas. Da cidade, nunca seria possível observá-lo assim, porque, quando estamos sempre com pressa e ocupados, não nos damos o prazer de admirar as pequenas coisas que nos cercam todos os dias, como as estrelas acima de nós.
— Estava te procurando — ouvi a voz rouca de Lauren bem atrás de mim. Então, me virei.
Olhando para a Lauren parada bem em frente a porta, foi impossível não me questionar se éramos como as estrelas. Lindas, fascinantes, brilhando mesmo que já nem existissem mais, de fato.
— Estou aqui — disse eu.
— Podemos conversar? — Lauren perguntou, mas sua mão continuou segurando a maçaneta atrás de si e ela se manteve parada em frente a porta. Eu não tinha outra opção, senão aceitar. Portanto, concordei com a cabeça.
— Sobre o que você quer conversar? — eu tinha uma ideia do que ela queria falar, mas como eu nunca tinha certezas com a Lauren, fiz questão de perguntar.
— Aceita? — Lauren exibiu a garrafa de vinho.
— Não, obrigada. — neguei. — Vinho seco não é muito a minha praia.
— Nem a minha — disse ela, achando graça. Contrai os lábios para conter a vontade de perguntar por que ela bebia, se não era do seu gosto. Como se lesse meu pensamento, a Lauren sentiu necessidade de explicar: — Mas eu queria ficar bêbada.
— Noite difícil? — perguntei.
— Anos difíceis — respondeu ela e soltou um longo e cansado suspiro. — Você se importa em — olhou para as escadas e apontou —, sentarmos?
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Walking The Wire
FanfictionÉ engraçado como acreditamos estar curados de um coração partido até estar perto de quem o partiu. Mais engraçado ainda é quando achamos possuir algum controle sobre o que sentimos e por quem sentimos. Não possuímos controle algum quando se trata de...