O DECLÍNIO

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Um abraço forte, demorado que expressava toda a saudade sentida por ambas. Lena Luthor e Kara Danvers abraçavam-se com expressões aliviadas e sorrisos largos. A senhorita Danvers fora a primeira a quebrar o abraço, levou apenas algumas noites pelo caminho para chegar até o ponto de encontro com sua querida Lena Luthor. Kara cismou que visitaria um vilarejo onde algumas pessoas passavam necessidades e levou apenas três homens consigo por insistência de seu pai que a muito custo a deixou ir. Kara arrumara um lugar por ali para ficar e disse aos homens que não precisavam acompanhá-la, eles insistiram, pois afinal interpretavam que escoltá-la era um dever deles e a loira se viu obrigada a fazer chantagem e convencê-los de que desobedecê-la era uma maneira eficaz de perder pontos com seu pai. E que se eles o fizessem, ela o diria pessoalmente. A ameaça costumava funcionar.

-Temi que nunca mais pudesse vê-la novamente.

Kara confessou com o rosto da outra entre suas mãos, apreciando-o como quem custa a acreditar que aquele momento era real. Lena acariciou o seu rosto macio com um pequeno sorriso em seus lábios sentindo que seu coração tamborilava como um louco diante da senhorita Danvers, quase como se quisesse se exibir para ela com toda a sua euforia. Lena sabia, a euforia era sua. Passara por dias desgastantes antes de ver aqueles lindos olhos azuis tão de perto novamente.

-Eu estou aqui.

A morena sussurrou de volta com um sorriso amplo antes de beijar Kara após puxá-la pela cintura, para mais perto de si. Mas era um beijo diferente, pois era nostálgico. A ânsia que ambas tinham em repelir a saudade que as atormentava cotidianamente tornava o beijo intenso e profundo, suas línguas se tocaram e as mãos de Lena Luthor começaram a mover-se à medida que as de Kara Danvers faziam carícias no rosto da morena. A linguagem corporal de ambas queria expressar apenas a saudade e ter para si cada pedaço uma da outra de maneira desmedida. Lena inspirara os suspiros de Kara que sorrira contra seus lábios e entrelaçou suas mãos na nuca da morena que quando se viu sem ar descera sua boca para o pescoço pálido de Kara por onde passou a distribuir vários beijos fazendo a senhorita Danvers fechar os olhos e arfar puxando Lena contra seu corpo como se ainda fosse capaz tendo em vista que já não havia mais espaço algum entre seus corpos.

Kara Danvers sentia seu corpo ferver assim como o seu rosto, ela tinha certeza de estar violentamente corada, mas pior do que estar corada era aquele incômodo entre suas pernas. Sem parar os beijos que distribuía pelo pescoço da loira, Lena dera três passos à frente até que Kara sentisse a parede contra suas costas. Ela sentiu a morena levantar sua perna esquerda e passar a pressionar o seu joelho contra sua região mais sensível naquele momento: O seu sexo. Com a pressão deliciosa que Lena fazia entre suas pernas, a loira mordera o lábio inferior e agarrou a outra espalmando suas mãos em suas costas e sentindo que todo aquele prazer que parecia que iria sucumbi-la estava fazendo-a perder a sanidade.

-Você já fez isso?

Kara perguntou com dificuldade, com sua voz vacilante e baixa e Lena a fitou novamente. Havia desejo, lá, em seus intensos olhos verdes, tanto desejo que Kara sentiu-se afogada naquela intensidade. Lena achara a pergunta ingênua, mas aquilo também parecia adorável.

-Já. Você nunca, não é?

A morena perguntou com sua voz rouca.

-Não. Nunca.

E fazer ali e agora seria uma tremenda loucura tendo em vista que ela deveria fazê-lo apenas depois de casada para que seu casamento fosse consumado.

-Kara...

Lena começou acariciando o rosto da loira.

-Se não quiser fazer agora... Eu compreendo.

Ela temia, além de parecer uma loucura. Ela temia.

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