Certas Coisas São Pra Sempre

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No dia seguinte.....

Mensagens trocadas entre a Tsunade e Shizune

Oi! Pode falar?

Sim, posso, o
que foi?

Pode vim aqui
no meu bar favorito? Quero
conversar.

Uma hora dessas,
tá no horário
do café da manhã,
e você tá bebendo?

Exatamente, que
gênia!

Sra Tsunade, daqui
a meia hora tenho
que está no escritório
do hokage!

Foda-se

Nossa...

Tudo bem, eu vou
se me prometer
que não vai me atrasar.

Uhum

Chego em
cinco minutos.

Tô te esperando.

Fim dá conversa

~Quebra de tempo~

Ao chegar no bar, Shizune se depara com Tsunade sentada perto da porta, com a cabeça deitada na mesa, e mais de dez garrafas de cachaça vazias, e eram exatas 7h da manhã. Shizune senta à mesa, à frente de Tsunade.
-Toma...-Tsunade ainda com a cabeça da mesa, empurra um copo cheio pra Shizune.
-Sabe que não bebo minha senhora.-Ela arregala os olhos, e se afasta um pouco.
-Beba só uma.-Tsunade levanta a cabeça, assim mostrando seu rosto acabado, ela tinha olheiras, e estavam enormes, e nas mãos e nas pernas, seu jutsu da juventude se desfez.
-Sra Tsunade! O que aconteceu?-Shizune fica aparentemente espantada.
-Tudo dando errado, foi o que aconteceu.....

No covil do Orochimaru....

Orochimaru entra em um quarto, empoeirado, com telhas de aranha por toda parte, brinquedos de pelúcia desgastados, havia alguns móveis, todos encostados nas paredes, uma cômoda que devia de ser branca, estava cinza de poeira, alguns armários na mesma condição, e três prateleiras cobertas por telhas de aranha, que seguravam vários livros infantis empoeirados, uma janela lá, era travada, já não abria, os vidros estavam sujos, e ainda tem os insetos mortos nas bordas, e havia um berço, no meio do quarto, era branco com mínimos detalhes azuis, mas no momento mal dava pra notar sua cor, com tanta telha de aranha no mesmo moveu, dentro do berço havia apenas alguns lençóizinhos azuis sujos. Orochi começa a passar a mão pelo berço, e as lágrimas começam a cair, monhando os tecidos no berço, sua mente e olhos embasam, as lembranças corriam por sua mente, como uma criança no parque de diversões.

Flashback....

Orochi entra em um quartinho de bebê, tão branco quanto as nuvens no céu, cheiroso como algodão doce, aquele era um dos único cômodos claros da casa, o único tão velitalado, com uma janela, com cortinas azuis, bem clarinhas, com algumas borboletas bordadas no tecido, e com uma vista para às árvores do jardin, o homem vai se aproximando do berço, e olha dentro do mesmo, e fica encarando, o bebê que ali estava, uma criatura tão pequena, de apenas um dia de vida, Orochimaru o olhava com atenção, o bebê estava dormindo, más abre um dos olho, e vê bem para o adulto, abre o outro olho, e da uma fofa sirada.
-Mas que praguinha interessante.....-Orochi pensa alto, levantando uma das sobrancelhas.
O bebêzinho começa a vigar no berço, deixando o adulto ainda mais intrigado. Orochimaru apoia o queixo no berço, e com apenas com um dedo, faz carinho na barriguinha do neném, que para de se mexer, e começa a prestar atenção nos movimentos do moço que rodeavam com o dedo, às bordas do umbigo do pequeno. O mais alto muda seu jeito de fazer carinho, passando toda a mão pela barriga do bebê, fazendo o pequeno ser humano rir, uma risada fininha, suave, e inocente,.
"Quem rir por uma besteira dessas?" Orochi se perguntava, ele não entendia às crianças, pra ele elas não passavam de dejetos que aprendiam coisas, era como se ele nunca tivesse tido uma infância. Orochimaru para de mexer com a barriga da criança, e logo em seguida o pequeno começa a chorar, depois de ficar sem reação por alguns instantes, Orochimaru pega o bebê, pela primeira vez ele segura uma criança, coloca a cabeça do neném em seu ombro, e a segura em seus braços, Orochi sente a respiração agitada da criança chorosa diminuindo, voltando ao seu normal, Orochimaru se sente melhor ao perceber, que o seu filho, está melhor, abraça a criança um pouco mais forte, e a lhe da um beijo na bochecha, e o cheira o pescoço, logo percebendo o quanto aquela criaturinha era perfeita, tinha cheiro de sorvete de baunilha, ficou ali, cheirando o nenénzinho, e passando a mão nos pequenos, finos, e delicados cabelos azuis do bebê, ficou ali pôr horas, e poderia ficar mais se o trabalho não o chamasse, os bocejos do bebê ao longo do tempo que ficara com ele, eram música, a sensação das bochechas fofas e pequenas do bebê em seu pescoço, era uma sensação inesquecível.

Fim do Flashback......

-Amor?-Kabuto entra no quarto, quebrando a linha temporal em que Orochimaru se enrolou.
-Oi!-Orochimaru se vira com um sorriso falso.
Na noite anterior, Kabuto contou a Orochimaru todo que fez na Vila da Folha, Kabuto o contou de sua preocupação com ele, e Orochi não queria mais preocupar seu marido.
-Não me vem com sorriso falso.-Kabuto conhecia Orochimaru tanto quanto conhecia a palma da própria mão.
Orochimaru logo se rende, e o abraça.
-Tá! Tô bem mal... Não quero te deixar mais preocupado, eu não sou mas eu sem ver meu filho, ou a Tsunade, você me entende?
-Eu entendo......-Kabuto realmente entendia.

No bar......

-Tá... Eu entendi Sra Tsunade, bom... Não esperava descobri do nada que você e o Sr  Orochimaru recuperaram a antiga relação de amizade..... Mas entendo que esteja triste pela ida dele.-Tsunade já havia contado tudo a Shizune, e agora a moça estava tentado consolar sua superior.
-Eu quero morrer.... E quero muito.....-Tsunade começa a bater, não tão forte, a cabeça na mesa.
-Não fale isso minha senhora.... Ainda têm tanto a viver.....-Shizune tem uma expressão de apreensão.
-Por que se importa?
-Me magoa muito lhe ouvir dizendo essas coisas...
-Uhum..... Então me desculpe....
-Bom...-Shizune recupera sua postura mais calma.-Por que não tenta superar?
-Nunca superarei! E impossível.... Sofrerei pra eternidade.....
-Não à nada que lhe fizesse ficar feliz?
-Orochimaru aqui, e com Kabuto, Mitsuki também, e você se quisesse, todos nós, juntos, se talvez por milagre, Jiraya e o Sarutobi-Sensei  também pudessem ficar, vir até aqui, seria incrível.....
-Ohu-Shizune suspira de preocupação.-Nossa, isso é difícil...
-Sim.. É.....-Tsunade da uma pequena pausa.-Certas coisas são pra sempre, a lembrança, a saudade deles, é uma dessas coisas inesquecíveis..... Kabuto disse que passaria aqui qualquer dia desses, talvez seja bom.-Tsunade se levanta de onde estava, se dirigindo a porta de saída do estabelecimento.-Ando gostando de conversar com cobras.-Ela da uma risadinha.
"A Sra Tsunade está tão mal, como vou deixar isso pra lá, acho que quero conversar com o Kabuto também" Shizune pensa assim.
Ela estando atrasada pro trabalho, corre até o escritório do Hokage.

Quando Se parte, A Gente junta!(Sannins Lendários)Onde histórias criam vida. Descubra agora