Sexta-feira chegou e meu coração estava apertado, já estava com saudades de todos antes mesmo de parti. No dia seguinte a tarde eu ia deixar de vez minha vida humana pra traz. Claro ia poder tela algumas vezes, mas não seria a mesma coisa, isto é se eu não morresse até lá. Decidi que passaria o máximo de tempo com minha mãe e John.
Minha amigas resolveram fazer uma reunião para nos despedirmos e claro elas queriam conhecer Lionel e Li-Hua meus supostos colegas de viagem. Arthur também ia fazer parte da reunião. Nós estávamos distantes por minha escolha. Ele voltou a ser o Arthur legal e eu era a rancorosa, palavras de Lionel. Lótus estava do meu lado ela disse que Arthur merecia um pouco de indiferença para saber tratar bem as pessoas, no caso eu que fui seu único alvo.
"Stefany chegamos" lótus falou da porta. A super audição era uma dádiva.
"Já vou descer, minha mãe está na sala" avisei.
Ouvi minha mãe cumprimentar meus colegas, ela ainda não conhecia Lionel e lótus.
"Filho eles chegaram" minha mãe chamou.
"Oi gente, nós já podemos ir" falei animada.
"Claro, adeus madame" Lionel foi todo cavalheiro com minha mãe.
"Se cuidem" mamãe gritou quando saímos de carro.
A viagem foi silenciosa até o barzinho, onde marcamos o nosso encontro. As meninas já estavam na porta nós esperando, John tava lá também de mãos dadas com tayna, eu ainda não acreditava que eles tavam namorando firme.
"Olha quem chegou nossa menina do mundo" Carmem foi a primeira a mim abraçar.
"Minha" Tayna cochichou no meu ouvido "rapariga safada"
"Oi minha puta" cochicho de volta.
"Minha vez" Mary me apertou forte.
"Gente esse é Lionel e Li-hua" elas acenaram. "Essas são Mary, Tayna e Carmem minha amigas de sempre" falei em inglês. "A e esses são John meu irmão, Igor primo da Mary e William namorado de Carmem.
"Oi tudo bem" Li-hua falou, minhas amigas não falavam o inglês, como eles não falavam o português.
"Ela perguntou se vocês tão bem" traduzi.
"Sim, e vocês" Carmem respondeu. Eu voltei a traduzir para o inglês.
"Vamos entra" chamei. Ia ser dureza passar a noite traduzindo. Sorte que Arthur podia me ajudar.
O bar era legal lugar tranquilo para um bar. Tinha uma sinuca, mesa de baralho e de dominó. O bar estava quase vazio o que era muito bom. Pegamos uma mesa grande que coube todos. Lionel logo estava amigo dos meninos e lótus tavam se dando bem com as meninas mesmo com a dificuldade em se comunicar.
"Vamp eu sei que você não queria despedidas mas fizemos isso" Mary entrego-me um álbum de fotos.
"Não vou olhar" falei já com os olhos cheios de lágrimas. Contei mentalmente até dez. As lágrimas se foram só restou um nó na garganta. "Eu amo vocês"
"Também ti amamos Vamp" elas responderam.
"O que é vamp?" Lionel perguntou curioso.
"Nada não" respondi envergonhada. Lionel já amava me zoar, seria horrível ele saber dá historia.
"Conte" ele exigiu.
"O que ele disse" John quis saber.
"Por quê elas chamaram Stefany de vamp" Arthur respondeu. Ele também parecia curioso, droga isso ia ser feio pra mim.
"Eu conto. Traduza tudo" Tayna quase pulou de alegria. Eu lancei-lhe um olhar mortal, a desgraçada riu.
"Eles pertencem a turma agora gata" Mary defendeu a traidora. Era um saco Lionel ter o charme de fazer com que todos sintam-se confortáveis com ele.
"Stefany é uma viciada em livros. Mais sua grande paixão são os vampiros desde de sempre ela vivia dizendo que um dia ia ser uma grande vampira." ela riu relembrando nossa infância. " quando ela tinha quinze ano eu achei uma pasta dela cheia de coisas sobre vampiro tinha até uma foto dela junta de um vampiro"
"Dai vamp abreviação de vampira" Arthur riu.
"Sim, ela não ligava antes mais agora ficou chata" Tayna me deu um beijo.
"Sai eu não amo mais você" tentei parece chateada.
"Ama sim"
"Vamp em imagine se eles soubessem que você realizou seu sonho" lótus falou.
"Olha a língua cherry, tem gente na área" Lionel beijou lótus.
"Quem quer jogar" John chamou.
"Eu vou" Igor acompanhou meu irmão.
"Vocês jogam" perguntei a Lionel e lótus.
"Sim sou boa nas cartas" lótus foi jogar póquer com as meninas.
Só restou eu, Arthur e Lionel na mesa. O silencio era constrangedor, não queria ceder a Arthur e seu estado bipolar.
"Então vamp em" Lionel começou a brincar, pondo palitos na boca fazendo que ia morde Arthur.
"Pare seu palhaço" joguei o guardanapo de papel nele. "Não ouse me irritar"
"Não vou vamp prometo dormir com uma coroa de alho e uma estaca de madeira." tanto ele como Arthur caíram na risada.
"Calados os dois agora" fingi não ouvi-los. "Ou vou beber de vocês"
"Ai eu viro um vampiro" Arthur disse.
"Não sei ei será que se eu bebesse de vocês, algo mudaria" perguntei agora pra valer.
"Tipo nosso mundo mesmo" Lionel ficou sério. "Não acontece nada, nosso mundo não é assim"
"Ah, ainda vou ter muito que aprender"
"Sim vamp" Lionel voltou a sorrir.
"Fica quieto Leãozinho."
"Zinho não, sou grande de mais" ele fechou a cara.
"Ui, ele não gostou. Amei leãozinho da mamãe" rí.
"Não ligo"
"Liga sim amigo" Arthur disse antes de beber um gole de cerveja.
Ficamos assim por um bom tempo tirando onda da cara do outro. De vez enquanto Lionel ou Arthur ia jogar mais John que tava ganhado todas. As meninas também queria que eu jogasse mas preferi assistir. Era bom vez meus amigos se dando bem. Os antigos e os novos, mesmo com a dificuldade de comunicação.
A noite ia bem até chegar um estraga prazer. Seu nome Gabriel amigo do meu ex, Samuel aquele cara que queria relacionamento sério e eu dei o fora. Bom eu e Samuel vivíamos bem, já eu e Gabriel era outra história. O cara me enchia o saco por não ser uma garota normal como ele chamava.
"Deus faça com que não me vejam" suplicou baixinho.
Ele passou por minha mesa sem dizer nada. Soltei o ar que nem mesma sabia que estava prendendo. Lótus veio sentar comigo, depois Lionel também juntou-se a nós. Tentei me distrair mais sempre ficava olhando para Gabriel. Não queria que ele viesse joga sua bobagens em mim hoje. Por mais controle emocional que eu tenha adquirido, não achava que seria capaz de conter meu lado guerreira com esse babaca.
"O que você tem vamp" Lionel perguntou curioso.
"Nada, você não vai parar né" dei língua a ele, infantil ele devolveu o gesto.
"Adorei suas amigas mô namia"
"Elas também leãozinho"
"Vocês dois são insuportáveis, parecem até irmãos" lótus comentou.
"Irmãozinhos com cinco anos" Arthur riu. Ele realmente estava mais leve. Talvez eu devesse dar mais uma chance. Não dava pra ficar brava com ele para sempre, viveríamos juntos profissionalmente claro. Já estava mais do que na hora parar de querer quem não me queria.
"E você é o papai chato" brinquei.
"E eu" lótus fez beicinho.
"É minha namoradinha." Lionel agarrou ela, enchendo seu rosto de beijos.
"Vocês são o casal mais açucarado de todos" fiz cara de nojo. "Seus chicletes" falei em português.
"Nossa Stefany você não deixa nem as pessoas normais serem feliz." a voz de Gabriel veio de traz de mim. "Você não toma jeito né"
"Vai embora Gabriel" exigi já irritada.
"O ficou bravinha foi" ele riu e seus amigos o acompanharam. Meu sangue começou a ferver de raiva. Eu não só odiava Gabriel por causa de preconceito comigo, más também porque sabia que ele era um distribuído de drogas no colégio.
"Deixe Stefany em paz" Arthur falou em um tom mortal. Vi que Gabriel vacilou, mas logo ele voltou a debochar.
"Cara você tá fodendo ela, tá lascado" ele riu "ela logo vai pegar outro, talvez até mesmo o grandão ai" ele apontou para Lionel.
"Odeio não saber o que ele está dizendo" lótus disse.
"Traduza Stefany" Lionel estava rígido.
"Não é nada"
"Ele ofendeu ela, na verdade ele acabou de mandar ela transa com você" arthur disse.
"Estou aqui cara. Você tão tipo fazendo um trato pra ver quem vai foder ela primeiro" Gabriel zombou.
"Seu" Arthur avanço pra cima, eu consegui impedi-lo de bater em Gabriel, não por querer defender o babaca. Na verdade eu é que queria espancá-lo, mas tinha muito em jogo.
"Deixar ele vir vadia"
"Vou ti dar uma leçõ" Lionel deu um soco em Gabriel do outro lado da mesa. Sorte nossa ele ter controlado seu lado não humano, mas mesmo assim Gabriel ainda cambaleou pra traz.
"Vamos acabar com vocês" um dos amigos de Gabriel falou.
Lionel e Arthur encarou seus rivais sem medo. Eu sabia que ele não sofreriam um arranhão se não quiserem, mas ainda assim temi por eles.
"Que merda é essa" John gritou ao meu lado. Era o que faltava, John entrando em uma briga.
"Ótimo, o redimido" Gabriel riu sem parar.
"Você tá chapado cai fora" John falou desanimado.
"Você quer um pouco"Gabriel enfio a mão no bolso.
"Saia daqui agora" quase gritei. John tava tão bem, não queria velo tentado a essas merdas.
"Você não" Gabriel começou a falar.
"Já liguei para a policia eles já vem" Tayna falou antes de pegar a mão de John.
"Vamos cara deixa esses manes de mão" um cara puxou Gabriel pelo braço.
"Nós vemos de novo Stefany, talvez eu possa ti" ele piscou antes de sair arrastado pelos amigos.
Sentei frustrada. Era para ser uma noite agradável não uma reunião de valentões. Só comigo mesma pra acontecer isso.
"Ei ele já foi" Carmem me abraçou.
"Eu sei, odeio esse cara não sei onde esta escrito. Mulheres devem apaixonarem e levar o fora jamais o oposto" falei frustrada.
"Só sem cérebros pensam assim" William cochichou pra mim.
"Concordo" sorri. "Vamos voltar a nossa diversão" me levantei.
"E isso gata"
O resto da noite foi tranquila, tranquila não divertida. Antes de ir embora dei um abraço e um beijo de adeus em cada um. Talvez aquele fosse nosso último encontro ou não. Mas quem sabe, mesmo que não fosse o último eu ia demorar muito pra velos.
Na manhã seguinte parecia que ia ter uma festa lá em casa. Minha mãe estava cozinhado quitutes para um batalhão quando na verdade os únicos convidados seria eu, ela e John. Convidei meu pai ele óbvio disse não. Sorte nossa sobra mais. Na verdade depois que disse sobre minha viagem a ele, ele riu e disse que eu era uma boba com sorte. O porquê do comentário não sei.
A tarde chegou mais rápido do que esperado. Peguei minha mala e mochila era hora de parti. Dei uma última olhada no meu quarto e na minha estante cheia de livros, todos de vampiros.
"Adeus meus lindos agora voltou ser um pouco como vocês" falei para os livros.
Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Não estava triste em partir era para salvar minha família e muitas outras, de pessoas como Cristina. Tá eu queria vingança ela quase acabou com minha vida era minha vez de retribuir o favor. Só que não ia ter o quase para ela. Ouvi a buzina do lado de fora. Limpei o rosto e saí. Minha mãe e John estavam esperando na porta.
"Se cuide meu anjo" minha mãe me deu um beijo e um abração.
"Toma cuido mana" John também me abraçou, fazia anos que ele tinha ao menos sido gentil comigo.
"Amo vocês" abracei os dois.
Peguei minhas coisa e entrei no carro, Lionel pegou a mala e guardou no porta malas. Não cumprimentei ninguém. Eles não pareciam chateados com meu silencio, todos já tiverem a mesma experiência que eu.
"Temos algo pra você" lótus quebrou o silencio.
"O que é?" perguntei ainda sem animo.
"Veja" ela entregou uma caixa de madeira.
Abri logo. Dentro estava um colar com um enorme pingente de cruz de madeira avermelhada, no centro da cruz tinha a pedra oval azul, foi a única coisa que identifiquei da adaga. Era lindo mesmo sendo exagerado.
"Chegou quando, como eu faço pra usalo" fiquei mais animada.
"Percecione as duas asas da cruz" ela mandou. Assim que fiz a lamina saiu afiada e mortal.
"Nossa ela é mais linda do que pensei" falei encantada. Toque a lamina senti como se tivéssemos conectadas de algum modo.
"Se você percecionar só um lado ele fica mais curvada, a corrente pode ficar com dois metros e meio"
"Mais ele não tem meio metro esticado" questionei.
"Tecnologia e uma mente genial pode conquistar tudo" lótus se exibiu.
"Desde quando sua namorada tá com o ego inflado Lionel" Arthur perguntou sem olhar pra traz. Ele seria nosso motorista.
"Não é ego. Ela é boa no que faz" Lionel foi a favor de lótus.
"O que eu faço, tipo posso usá-la normal ou devo sei lá esconder?" perguntei constrangida.
"Nuca saia sem sua arma" Arthur falou.
"Não baixe a guarda mesmo agora" Lionel também me deu uma lição.
"E acima de tudo saiba o que esta em sua volta, saída de emergências, objetos que possam ser usado para sua defesa e análise cada pessoa que você ver. Mesmo com a marca escondida nosso povo pode se destacar do humanos." lótus finalizou.
"Ok, só bastava dizer sim" revirei os olhos.
Coloquei o colar ou arma. Era exagerado mais lindo a cruz ficou abaixo dos meus seios, a corrente era prateada simples o que deixou ainda mais linda a peça. O feche era magnético o que deixou fácil tirar e por.
"Depois ti mostro como usá-lo direito" lótus falou.
"E eu vou lutar com você no meu modo fera"
"Vou amar leãozinho" brinquei.
"Vamp" ele provocou.
"Crianças vou deixá-las de castigo" Arthur fingiu que estava bravo.
Lionel e lótus caíram na gargalhada eu revirei os olhos. Nós demos uma trégua mais eu ainda tinha uma magoa dele. Também estava louca pra entender com quem ele me comparou. Minhas suspeitas era sua parceira querida, talvez eu devesse pergunta a ele, já que Lionel não deu a informação e lótus provavelmente também não abriria o bico.
Seguimos a tarde toda de viagem as vezes brincado, brigado, em silêncio e até mesmo cantado. Lótus até tentou me ensinar uma canção em chinês. Não acertei sequer uma palavra. Também tentei ensinar um pouco de português a eles, Lionel foi melhor do que lótus.
Lionel assumiu o volante por quase toda noite. Lótus e Arthur dormiram de boa no banco traseiro eu por outro lado tirei pequenos cochilos. Era três e pouco da madrugada quando assumi a direção. Não podíamos para pra quase nada, só abastecer, comprar comida que comíamos no carro mesmo e ir ao banheiro. Já era tarde da noite quando paramos de frete a uma academia. Fiquei confusa no começo até olhei de novo o endereço, era mesmo o nosso destino. ACADEMI SAÚDE E BOA FORMA, as luzes ainda estavam acesa, tinha alguém na porta nos esperado.
Pegamos nossas mochilas e fomos para a entrada da academia. O homem que nos esperava era uma verdadeira maquina de músculos e tatuagens. Era o tipo de cara que eu com certeza teria um caso, mas infelizmente não senti nada por ele e quem era o culpado Arthur.
"Lionel, lótus, Arthur e Stefany sejam bem vindos ao meu cafofo" ele abriu passagem para que pudéssemos entra.
"Como vai Mar" lótus deu-lhe um abraço.
"Tô bem e você homem fera" ele e Lionel deram um toca aqui.
"Feroz, gostei da nova tatuagem" Lionel riu de uma flor desenhada no braço esquerdo do Mar.
"Fala logo seu merda" Mar deu um soco no ombro de Lionel.
"O que margarida" tanto Lionel quanto Arthur dispararam na risada, lótus tentou esconde seu sorriso. Não entendi o porquê da piada, na verdade eu estava igual a um peixe fora da água.
"Sou uma margarida gostoso e mais forte que você" ele começou a exibir os músculos. Revirei os olhos com aquela atitude boba.
"Eu sei Vamp ele é um babaca de músculos" Lionel riu.
"Não tô julgando é só que não entendi porque margarida" fui sincera.
"Ele é um guardião como eu" lótus explicou.
"Ah" assimilei as informações. "Você tem tipo uma alma de flor" mesmo não querendo fazer piada, as palavras fizerem seu trabalho. Os meninos gargalharam alto até lótus riu.
"Uma novata tira onda de mim" ele fez cara feia.
"Desculpa" sua carranca dava medo em qual um.
"Relaxa já aceitei, mas por favor só Mar" ele riu. O cara podia ser um armário mais parecia ser gente boa.
"Claro Mar"
"Sem essa vamp, você é das minhas" Lionel reclamou.
"Claro que sou leãozinho" o provoquei.
"Toma Lionel agora vamos ver quem é pior" Arthur riu.
"Meu deus esse três" lótus riu. "Mar quero dormir de verdade, amanhã vocês se matem"
"Tô morta" bocejei. Mesmo com os pequenos cochilos no carro eu ainda precisava de uma cama.
"Claro vamos" ele nos guio pelos aparelho e maquinas de musculação.
"Sem ofender mais onde vamos dormir cara" Arthur perguntou. Fiquei curiosa também já que não tinha visto nenhum sinal de quarto.
"Relaxa cara eu tenho o meu covil"
Fomos até os fundos da academia onde ficava os banheiros e o quarto da limpeza. Mar entrou no quarto seguimos ele. Ficamos bem espremidos no quartinho.
"Confortável" Lionel falou sufocado.
"Impaciente como sempre" Mar resmungou. Ele puxou uma tampa camuflada da parede, apareceu um quadro com alguns números. "Todos de costa, só pra esclarecer mato aquele que ver um número se que" não sei por que mas aquela ameaça não parecia brincadeira. Todos ficamos de costa, depois de oito bip do teclado ouvi uma traça se abri. "Vamos"
A passagem secreta dava para um corredor que levava a outra porta com senha. Novamente ficamos de costa até os bip acabarem. A porta levava a uma escadaria.
"Por favor sem mais portas" reclamei.
"Sem portas gatinha" mar piscou pra mim.
"Vamos logo" Arthur empurrou Mar.
No fim das escada demos de cara com uma sala dos deuses além de grade e bonita era toda mobilada e luxuosa, parecia até uma versão glamorosa da batcaverna.
"Qual banco você roubou Mar?" perguntei atordoada. A casa de Mary era grande mais não era no subsolo e nem tinha tantos cristais espalhado por todo lado.
"Trabalho duro gata, a grana dos guardiões e um bom investimento."
"Você aceita casa com uma mulher interesseira por que estou na lista" brinquei.
"Que tal uma noite quente no meu quarto e ti dou um milhão gata" ele riu.
"Ser uma acompanhante de luxo gostei" brinquei
"Será que da pra para com essa merda, nós estamos aqui a trabalho não pra flertar" Arthur falou mal humorado. "Conte o que sabe Mar"
"Sim Mar conta depois eu é que vou te da aquela noite " Lionel brincou. Arthur ficou de cara fechada pra todos.
"Por onde começar"
"Do início sem rodeios" Arthur resmungou. Fiquei desanimada seu lado ruim voltou era só espera pra ele me acusar de algo.
"Angel ligou pedindo informações sobre Cristina e alguns rebeldes, eu contratei alguns investigadores humanos daqui mesmo. Por fim soube que um dos dela tá na redondeza" Mar falou "sim. ontem recebi essa foto" ele pegou um papel atrás do balcão de bebidas.
"Posso ver" peguei o papel. Lá estava a imagem de Israel o mesmo cara que beijei e que fez a merda do teste comigo.
"O que foi Stefany você tá branca" lótus veio a mim.
"E ele Arthur, Israel" falei.
"Viemos ao lugar certo" ele disse.
"Já sabemos o que era necessário. Que tal meu quarto agora margarida" Lionel pegou sua bagagem. "Ou melhor qual é seu quarto gatão, amanhã vou ser uma vadia rica"
"Vamos minha deusa" mar fez que ia beijá-lo, mas foi impedido por lótus.
"Viver ou morre" ela perguntou com um sorriso assassino.
"Viver" ele riu ao passar por ela. "Vamos gente amanhã acordo todos cedo faz tempo que não treinos pra valer"
Cada um recebeu um quarto, claro lótus recusou o dela já que ia dormir com Lionel. Arthur ficou me encarado feio, fingi não notar seu comportamento já estava cheia de suas baboseira e com muito sono. Quando entrei no meu quarto ouvi a do dele se fechar. Nossos quarto era lado a lado. Fui deitar com duas certeza, uma não ia deixar mais Arthur mim confundir e dois ia ficar com alguém podia ser até mesmo o Mar. Já estava na hora de desencanar de Arthur, ele era só mais um de meus caprichos de badboy.
Acordei no meio da madrugada. Minha garganta estava seca, minhas mãos trémula e um medo sem sentido se apossou de mim. Eu tive algum sonho ruim e não lembrava mais o que era. Por instintos peguei minha adaga. Minha mente ficou se perguntado se talvez as lendas fossem certas, já que um dos ex donos da adaga se matou dormindo.
Cansada de pensar decidi tomar um pouco de água. saí do quero na pontinha dos pés, não queria incomodar ninguém. Depois de vagar pela sala encontrei a cozinha era tão linda como o resto da casa. Após pegar uma jarra de água e um copo, me sentei. Estava tudo tão calmo que pode até sentir a sonolência voltado. Bebi a água sem pressa.
"Ele não vem" Arthur falou atrás de mim. Dei um salto tão grande da cadeira que quase deixei o copo cair.
"Que merda Arthur por que não falou" reclamei enquanto pegava um pano pra limpar a água que caiu no chão.
"Estou falando" ele falou como se eu fosse uma idiota. "O talvez você esperasse outra voz"
"Do que você tá falando"
"Não sei talvez seja você babando pelo Mar só por causa do dinheiro" seu tô era de acusação.
"Você acabou de mim chamar de puta foi" fiquei com raiva.
"Não de puta, mas querer ficar com um cara só porque ele tem uma casa e uma conta bancária boa"
"Sabe Arthur eu não sou esse tipinho que você me acusa ser não, se você não sabe diferenciar uma brincadeira da verdade a culpa e sua" passei por ele. De forma nenhuma eu ia cair de novo em uma discussão com Arthur.
"Será que era brincadeira a forma como você o olhou" ele riu "dizem que os homens não sabem disfarçar mais"
"Mais o que as mulheres também não podem apreciar o sexo oposto sem descrição é" tentei parecer calma mais meu tom de voz já estava subido.
"Eu não disse isso mais você"
"Sabe você acabou de me julgar como Gabriel fez" meu coração definitivamente doeu, um aperto angustiante. "Não esperava isso de você" senti meus olhos encherem de lágrimas.
"Stefany eu não" ele parecia arrependido.
"Você não o que, não queria me julgar, não queria me ofender, não queria mágoa é" falei em um tom gélido. "Pois bem você fez isso e muito mais sabe por quê?" ele ficou calado. "Você quer me compara a alguém que foi tudo isso para você. Sabe o que é mais injusto eu levar a culpada de tudo sem nem saber quem é" repirei fundo "ou melhor ser comparada a alguém que não sou"
"Não não faço isso" ele tentou se defender.
"Faz sim e dói, dói muito ser comparada com Cristina ou melhor ser chamada de fraca. Lionel e lótus foram por mim, e sabe nós nem nos conhecíamos, mas você Arthur só acha motivos pra"
"Para" ele tentou me abraçar, saí de seu abraço sem esforço. Tinha muita coisa entalada.
"Não vou para. Quando nós conhecemos e soube de seu clã, logo julguei você era mais fácil pra mim achar que toda aquela raiva tinha um porquê , mas Angel explicou que os descendentes do clã não são os mesmo de antes. Na verdade vocês tem uma segunda chance para se redimir."
"Eu sei" ele respondeu triste.
"Então parei de ti julgar, no dia seguinte você foi tão legal que eu disse pra mim mesma. Ele só estava nervoso, mas depois você voltou ao seu lado BI e eu só me ferrando."
"Stefany eu"
"Por favor deixa eu falar tudo. Depois que entrei pro clã você só ficou mais ofensivo e agora isso" busquei o ar de meus pulmões. "Eu não julguei você pelo seu passado mais você mim julgar por alguém de seu passado e adivinhar eu não sou ela"
"Eu sei, e que ver você flertado com o mar" ele passou a mão nos cabelo.
"Não flertar brincar. E caso eu queira ficar com ele não vai ser por interesse e sim porque ele me atrai" antes mesmo das palavras saírem da minha boca Arthur já estava em minha frente sério.
"Você não vai ficar com ele" seu tom era mortal.
"Fico e pronto voc" não deu nem tempo de termina a frase sua boca já estava colada na minha.
Suas mão agarraram minha cintura, sua boca devorava a minha como se eu fosse seu oxigénio. Eu fiz o mesmo toda a raiva e magoa foi substituída por desejo. Passei as mãos em seus cabelos puxando ele mais pra perto. Arthur me pegou no colo e mim colou encima da bancada. Sua boca deixou a minha para percorre meu pescoço, era como si tivesse acendido uma fogueira em mim.
"Minha" suas palavras me cativaram ele mim queria.
"Não" o afastei ele achava que eu era parecida com sua parceira por isso o beijo e também as acusações. "Eu não sou de ninguém" saí do balcão.
"Sem brigas" ele falou desanimado.
"Não vou brigar só lembre-se que eu não sou ela tá" corri pro meu quarto e tranquei a porta. Eu estava ferrada depois desse beijo eu tinha certeza que Mar não seria mais um casinho pra mim. Arthur estava sendo meu vício.
"Stefany atenção" lótus chamou pela centésima vez.
"Desculpa"
"Hoje você está aérea, qual é o problema"
"Nada" menti.
Depois que me trancar no quarto não consegui dormir. Estava tão confusa e ao mesmo tempo tão certa. Arthur era um perigo para meu juízo. Ainda mais quando ele fingiu que não tinha acontecido nada. Na verdade eu tinha decidido fazer o mesmo, mas tava mais difícil que da primeira vez. Só de olhar pra ele treinado com Mar, já me fazia querer beijá-lo até o mundo acabar e ao mesmo tempo eu queria bater nele pra mais nunca me olhar e pensar em outra.
"Deixa comigo, gatinha atenção" Lionel tomou o lugar de lótus. "Vamos deixar as coisas mais interessantes"
"Como" fiquei curiosa na mesma hora.
"Se você me derrubar, você pode me pedir o que quiser"
"Qualquer coisa" um plano se formou em minha mente.
"Sim, mas caso eu perca vou revelar um segredo seu" ele sorriu.
"Que segredo" Lionel sabia sobre eu e Arthur, só podia ser esse segredo.
"Surpresa" ele ficou em posição de lutar.
Nunca tive vergonha de ficar com ninguém, nem que as pessoas soubessem, mas Arthur já me tratou mal na frente de todos, revelar sobre nosso beijo era o mesmo que dizer que era uma boba apaixonada. Isso era um crime pra mim.
Começamos nossa batalha corpo a corpo. Lionel teve vantagem de sombra, achei que Arthur já tinha me dado uma surra mais Lionel fez bem pior. Cansada de cair comecei a usar a replica da adaga lírio, pra mim foi um erro. Se eu não tivesse sentido tamanho apreço pela arma já a teria jogado fora fazia tempo. O punhal era bom quando o oponente estava próximo, mas isso tirava minhas vantagem. Quando comecei a usar ele como kusarigama foi o fim. Toda vez que tentava acertar Lionel as corrente davam voltas em mim e a lamina mutilava minha carne.
"Desiste vamp" Lionel falou rindo de mim.
"Nunca" falei ofegante.
Tente usar o elemento surpresa. Quando Lionel estava de costas apelei nele, esfaquei seu ombro ele cambaleou pro lado. Quando me preparei para mais um ataque fiquei em choque. Lionel não era mais Lionel e sim um enorme leopardo. Mesmo sabendo que seu clã tinha essa habilidade, não mudou minha surpresa ao ver.
"Meu deus" foi tudo o que consegui falar.
Lionel fera caminhou lentamente até mim. Meu coração acelerou a cada passada que a fera dava. Tentei ficar firme mais minhas pernas tremiam. Quando o leopardo abriu a boca com dentes enorme cai de bunda no piso. A fera pulou encima de mim, senti suas garras cortarem minha pele.
"Socorro" minha voz era só um choramingou. Minha mente ficou turva, perdi os sentido. Em algum momento senti meu corpo ser erguido.
"Vamp" a voz de Lionel era distante. "Ei já passou"
"O que ouve" falei assim que sentei na cama de meu quarto.
"Você entrou em pânico quando" ele colocou a mão em meu rosto "você apagou mô namia, eu sou tão feio assim" eu ri.
"Você o leopardo desculpa" falei atropelando as palavras.
"Calma eu entendo. Na verdade fico até feliz, isso só mostra o quando sou bom cherry" ele tentou me animar.
"Não. Isso só prova o quanto sou patética" cobri o rosto com as mãos.
"Oi dorminhoca levanta vamos sair" lótus apareceu na porta.
"Vamos pra onde?"
"Rua e você meu rapaz vá falar com Arthur" ela apontou pra Lionel sair.
"O que ele fez dessa vez?" perguntei já esperando o pior dele.
"Ele tá puto comigo por não ter parado quando você caiu" Lionel falou envergonhado.
"Regra numero não lembro, nunca baixe a guarda e só pare de lutar quando seu oponente estiver morto" relembrei as regras. "Você fez o certo"
"Pode até ser" Lionel riu "sabia que seu herói me agrediu e ti troce nos braço até aqui"
"Como" minhas bochechas ficaram quente.
"Lionel" lótus o repreendeu.
"Fui" ele beijou ela e sumiu.
"Você sabe?" perguntei cobrindo o rosto com o travesseiro.
"O que, que você e Arthur deram uns amassos de madrugada sim, você gemeu muito" ela riu de mim.
"Mentira eu pensei que Lionel tivesse ti dito sobre o outro beijo"
"Também" ela riu quando gemi. "Só a um problema vocês são dois cabeça dura"
"Não sou, ele é que vive sendo um babaca tudo por causa da sua parceira" tentei me defender.
"Eu vi o quanto Arthur sofreu, ainda mais quando ele caiu na real" ela o defendeu. "Ele não tá ti comparando com ninguém só tem medo de gosta de você, como você tem medo também"
"Vamos cuidar" saí da cama. Nem morta ia falar de sentimento ainda mais os meus medos de gosta de um cara.
"Mudar de assunto não resolve fofa" ela repreendeu meu gesto.
"Não tenho medo de relacionamento só não quero um" falei enquanto trocava de roupa. "Admito que entre nós tem química, mas sabe só química não rola, ainda mais com ele sendo um duas cara comigo. Ficou bom" apontei para minhas roupas. Uma causa jeans, ténis e uma blusa de flanela.
"Tá ótimo" ela revirou os olhos. "mais você também fica com cara só por química não"
"Claro, basicamente todos, mas eu não ia ter que conviver com eles depois" peguei minha adaga e coloquei. "Vamos logo"
"Aff, você é difícil em" ela possuo por mim de cara fechada. "Se bem que ele também"
"Como uma pessoa pode parecer tão doce e ser um pé no saco em" brinquei.
Depois de passar pelo sistema de segurança que Mar destrancou, chegamos de volta ao armário apertado. A academia já estava a todo vapor, várias pessoas malhado nos aparelhos no ritmo das músicas eletrotécnicas.
Seguimos caminhado pelas calçadas, até parei em algumas lojinha para compra uma lembrancinha para minha mãe. Nosso passeio estava ficando cada vez mais longo. Toda vez que chamava lótus pra volta e começar as buscas ela dava uma desculpa.
"Abre o jogo o que tá rolando?" perguntei impaciente.
"Nada, olha que lindo" ela começou a caminha em direção o outra lojinha.
"Li-Hua" chamei pelo seu nome verdadeiro o que era raridade.
"Não chame atenção que eu falo" ela falou sorrindo.
"O que foi" fiquei imediatamente alerta.
"Para. fingi que esta interessada em algo" ela apontou para uma bolsinha de palha.
"Fala" disse enquanto fazia o que ela pedia.
"Depois que Mar mostrou as fotos de Israel aqui, informamos a Angel que bolou um plano"
"Que seria"
"Usar você como isca"
"Nossa" fiquei atordoada. "Não que eu seria contra mais era só dizer" falei chateada.
"Eu sei mais você daria bandeira" ela explicou-se.
"Mais isso não seria meio que suicídio só eu e você"
"Não, Cristina tenta deixar seus alvos bem, tipo ela promete o céus."
"Se eu recusa ela pode tentar ti usar contra mim" tentei botar juízo nela.
"Sei me defender" ela pagou por alguns acessórios. "Além disso Cristina não usa violência na primeira vez, ela manda seus capangas serem cordiais" ela me puxou de volta pra rua.
"Fora o teste né"
"Sim, só que o terceiro encontro não é mole você não vai ser mais um alvo de desejo mais sim um inimigo"
"Tô pronta" coloquei o máximo de coragem em minhas voz. "Claro que eles não seria burros a ponto de nos barra aqui ainda sendo que chegamos ontem"
"Se eu disser que eles estão na proxima rua" lótus ficou rígida.
"Droga" continuamos nossa caminhada rumo aos leões.
Foi fácil reconhecer Israel, ele não estava só, tinha mais duas meninas com ele. Para um encontro cordial ele tava em vantagem. Ele sorriu ao mim ver, como eu ja fui beijar aquele cínico ja sei pra provocar um certo otário.
"Como vai senhoritas" ele falou todo educado.
"Não é de sua conta" respondi ríspida.
"Nossa Stefany amanheceu mal humorada hoje foi, posso ti deixar bem feliz" ele piscou.
"Que tal você ir pro inferno"
"Posso fazer o mesmo com você" uma das meninas falou.
"Nada disso Inês" ele a repreendeu "nossa amiga aqui pode ser uma de nós"
"Nem morta" respondi.
"Claro que você não tá associado nosso acordo" ele pegou uns papeis da mãos da outra garota. "Aqui lei e pense"
"Não quero isso" me recusei a pegar os papeis. Lótus os pegou.
"A você tem duas semana" ele deu as costa pra ir embora.
"Já disse não" parti pra cima dele, mas lótus me impediu. era"
"Desculpa" passei as mãos nos meus cabelos frustrada "eu tô com medo dele mexer com minha família e amigos"
"Tem alguém olhado por eles. Além disso si ele está aqui Cristina também está"
"Então temos duas semana de paz até que o inferno comece" falei mais calma.
"Isso, temos duas semana pra treinar e montar uma estratégia" ela não parecia nada nervosa ou preocupada como eu.
"E melhor começarmos agora" disse.
"Mais antes é hora de despistar nosso amigos indesejado".
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Uma Nova Guerreira
Fantasyseu sonho tornou-se realidade, isso seria ótimo se seu sonho não envolvessem vampiros e outros seres. o que era para ser um conto de fadas tornou-se um pesadelo, onde ela não pode confiar em ninguém, mas ao mesmo tempo ela tera que confiar em sua e...