PONTO NOS I

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Passamos quase três horas só rodando pela cidade, ou melhor despistando a quem não podíamos ver. Depois de entrar em várias lojas, táxis, ónibus e feiras chegamos em frente a academia. Mas é claro que antes de entrar na academia fizemos uma vistoria de quem estava próximo a academia, como não tinha nenhum sinal de rebelde decidimos que podíamos entra.
Antes mesmo de pisar o pé dentro da academia Lionel veio ao nosso encontro. Ele parecia preocupado.
"Deu certo? como vocês estão? teve algum problema?" ele começou a perguntar sem parar.
"Ei relaxa, ocorreu tudo como planejado" lótus o acalmou.
"Que bom" ele deu um abraço e um beijo na namorada. "Como foi?" ele me perguntou.
"Tudo legal fui usada como uma isca, sabe" fingi ficar ofendida.
"Foi o único jeito cherry"
"Eu sei" ri "nós ou melhor nos encontraram no meio da rua entregaram isso pra mim" lhe entreguei os papeis.
"Familiar não" Lionel falou pra ele mesmo. "Vamos descer aqui não é lugar"
"Cadê os outros?" lótus perguntou.
"Arthur saiu e Mar tá cuidado dos negócios" Lionel nos guiou entre as pessoas malhando.
"Como vamos entra. Já que Mar não deixou ninguém ver suas senhas" falei.
"Depois de muita luta ele cedeu agora eu sei a senha"
"De graça leo?" lótus perguntou desconfiada.
"Claro" ele fez uma pausa. "Que não. Mais ele vai trocá-la assim que saímos mesmo" ele riu.
"Não devíamos esperar pelos outros?" perguntei nervosa.
Não tinha lido os papeis, por mim tinha jogado no lixo. Só que lótus disse que talvez tivesse alguma pista. Tendo eles em mãos, teria que lê-los querendo ou não, só que sempre vinha em minha mente um e se. E se eu caísse em tentação, e se a proposta fizesse eu querer mudar meus princípios e se minha família estivesse envolvida.
"Ei acorda" lótus chamou minha atenção.
"O quê foi?" perguntei atordoada.
"Nada. Você ficou sem falar nada"
"Nem ouviu" Lionel falou. "Você tá pensando na proposta certo"
"Certo" não neguei. "Você lê mente"
"Nao, só já passei por isso"
"Eu não vou aceita. Acreditem em mim, não importa o que tenha aqui" tentei convencê-los.
"Sabemos Stefany, não se culpe em pensar. O que importa é o resultado final" lótus envolveu meus ombros em seu braço. Fiquei mais tranquila.
Lionel foi na frente abrindo as passagem até chegamos ao salão principal. Ele foi o primeiro a ler os papeis. Ele analisava cada palavra como um perito. Se passou dois, cinco, dez minutos e nada. Quando ele enfim largou a papelada, lótus a pegou e de novo o tempo foi passando e minha paciência acabando.
"Por deu digam alguma coisa" me stressei.
"Temos que ver tudo" Lionel disse.
"Pelo menos diga o que sabe" exigi.
"Nenhuma pista. O e-mail que vem nele é privado e blindado. Mesmo com nosso melhores génios do computador é impossível chegar a um lugar" ele explicou frustrado.
"Tem como eles descobrirem onde estamos pelo meu e-mail?"
"Sim" ele começou a digitar no celular "vou pedir para criarem um novo pra você esse será blindado também"
"Ótimo" repondeu
"Nenhuma áurea nos papeis" lótus falou cansada "quem fez isso era humano"
"O quê você tem" perguntei a ela.
"Um pouco fraca tive que usar magia e estou sem energia da plantas aqui" ela foi se sentar.
"Vamos subir. Mar tem uma estufa lá encima" Lionel a ajudou a caminhar.
"Eu vou ficar" disse. Eles acenaram com a cabeça e foram embora.
Quando me vi sozinha fiquei aflita, na verdade estava com medo dos benditos papeis. Estava ficando cada vez mais insegura com ralação ao que si tinha neles. O melhor seria lê-los de uma vez, mas quem disse que eu tinha coragem. Uma guerreira com medo de papéis, só eu mesma pra criar essa situação.
"Odeio vocês" falei prós papeis.
Cansada de rodar feito peru, deixei a sala e fui pro quarto.
"Por quê?" perguntei auditiva pra mim mesma.
Pensei nos principais pronto que faziam eu não querer ler e o porquê de tal insegurança. Tinha medo de trair meus princípios, ia fazer isso. Não. Depois e se tivessem usado as pessoas que amo como refém, mas minha família estava bem aos cuidado de Angel. Minhas insegurança era pura besteira, na verdade eu tinha receio de Arthur achar que só porque eu ia ler o contrato, eu ia aceitá-lo. Não gostei desse último pensamento, desde quando a opinião dele tinha tanto valor pra mim. Nós só tivemos ou melhor não tivemos nada, aqueles beijos iam ficar no esquecimento e fim.
"Vou ler você" peguei os papeis encorajada.
Depois de ler os papeis fiquei verdadeiramente decepcionada comigo mesma, não que em nenhum momento eu tenha se quer pensando em passar pro outro lado, mas por duvidar de mim mesma. E a tal proposta nem era essas coisas. Tipo envolvia poder, ter uma indecência financeira, poder, não baixar a cabeça pra ninguém e poder e bla blá bla. Não sei porque tanto poder. Fora a tal proposta tinha o e-mail e fim.
"Sou uma boba" ri comigo mesma.
"Falou" Arthur pois a cabeça na porta de meu quarto.
"Ai" gritei assustada "você quase me matou" reclamei.
"Desculpa" ele falou desconfortável. "Você já leu" ele apontou para as folhas encima da cama.
"por que?" perguntei já na defensiva "tá com medo deu ti apunhalar por causa de grana, de poder e disso ou aquilo" fiquei com raiva.
"Na verdade eu ia pergunta se você achou algo que nos leve a eles" ele respondeu tranquilo.
"Nossa que mudança, não agora você é legal" fui sarcástica.
"Eu sei que fui um merda. A culpa é minha por você acha"
"Claro que é sua, eu não sou quem você pensa ser" cortei ele.
"Quem é você então em?" ele esperou minha resposta.
"Eu sou eu" tentei sair do quarto mais ele impediu minha saída. "Saia"
"Quem é você" ele mim olhou fixamente. Fiquei perdida naqueles olhos verde. "Diga" sua foz saiu mais suave.
"Sou fiel aos meus, sou inteligente, amante de livros, louca por vampiros, sou do tipo que pega e larga, não gosto nem da palavra namoro, sou bonita sim, sou louca também, sou uma guerreira, sou tudo e um pouco mais" meu tom de voz ficou cada vez mais alto.
"Agora diga quem sou eu" ele ainda olhava nos meus olhos, era como si tivéssemos empinotisados.
"Você é um bom lutador, bom professor, sabe ser legal"
"Que mais" ele chegou mais perto.
"E um babaca quando quer, gosta de me tortura com acusações, sabe" deixei a frase morre.
"Sabe" ele insistiu.
"Sabe sabe" seu rosto estava mais próximo do meu. Senti seu hálito gostoso me deixou com vontade de mim perder em sua boca. Beija era tudo o quê meu cérebro mandava.
"Fazer isso" ele tomou minha boca com a sua. Um beijo lento gentil, mas que roubou todo meu ar. Suas mão percorreram meu corpo, enquanto as minha puxavam e acariciava seus cabelos macios. Não era justo porque eu sempre esquecia do mumdo quando esses beijos aconteciam.
"Para" afastei ele. "Não da Arthur" ele suspirou frustrado. "Não que eu me importe se você mim beija pensando em outra" menti, era isso que mim deixava louca de raiva. "Mas depois você fica achando que eu sou traíra como ela"
"Eu não beijo você pensado em outra" ele parecia até ofendido.
"Que seja mais as acusações de que vou trair o clã. Pelo que entendi sua antiga parceira fez isso. E pela forma como você a defende vocês tinham alguma ligação"
"E difícil falar disso"
"Não tô pedindo pra você explicar ou contar nada, só não quero que você me compare com ela" pedi a ele. Dei uns passos para traz, dando mais espaço entre nós.
"Morgana era meu tudo" ele faloi cheio de amor. Nossa doeu ouvir aquilo.
"Você a amou muito"
"Amo" ele sorriu, não um sorriso feliz mais um angustiado "quando ela morreu eu fiquei sem chão ainda mais por quê tive que mentir" seu semblante se encheu de dor. Por mais desconfortável que fosse ouvir ele dizer que ela era seu tudo, ver seu sofrimento me partiu ao meio. "Não podia dizer quem a matou ou porque"
"Arthur eu sinto muito" falei com um nó na garganta.
"Liguei pro meus pais e disse que tinha sido um assalto. Minha mãe ficou três dias internada" Arthur parou de falar.
"Que parar, você não precisa" ele negou com a cabeça. A mãe de Arthur conhecia e gostava da Morgana.
"Sabe eu e ela sempre fomos unidos, na verdade eu sempre levei a culpa por suas armações. Quando o Orup foi até nós ela ficou super anima enquanto eu queria fingir que aquilo não era real"
"Você entraram juntos?" perguntei surpresa.
"Sim, parece que nossos espíritos estavam ligados a vidas passadas ou melhor a erros"
"Vocês eram tipo alma gémeas" falei enciumada.
"Não sei se é assim" ele pensou. "Cristina foi a pessoa mais legal quando chegamos a academia de treino. Mesmo sendo de outro clã ela dava um jeito de estar próximo de minha irmã"
"Irmã você quer dizer que Morgana era sua irmã" fiquei chocada, pensei que eles eram namorado mais eram irmãos.
"Você não sabia" neguei com a cabeça "éramos gémeos"
"Foi Cristina quem a matou"
"De certa forma sim, Stefany eu via em você quem eu fui um dia" mais um choque. "Morgana traiu sim nosso clã e eu fui uma marionete nesse jogo. Cristina e eu tivemos um caso" ele cuspiu as palavras com raiva.
"Meu deus" não tive emoções ou reações. Ele já ficou com a vagabunda assassina.
"Eu sei na época eu queria provar ser o melhor o mais forte e Cristina sempre apoio meus esforços. Ela também era o que eu considerava uma amiga de minha irmã. Certa vez ela me beijo, Cristina era mais velha e experiente me fez perder a cabeça." ouvir Arthur dizer aquilo era como esfaquear meu ego. "Tudo ia bem até ela começa a insinua que o Orup era isso e aquilo, como não dei bola pra ela, ela foi atrás de minha irmã" arthur cruzou os braços.
"E sua irmã também caiu fora"
"Não. Dói dizer a verdade, mas Morgana nuca gostou de regras. Elas e outros armaram um plano pra roubar a joia do Orup e Morgana ia ser a isca" Arthur parecia tão culpado que me fez querer protegê-lo de toda dor. "Naquele dia ela disse que precisava falar urgente com o Orup. Achei estranho ela sempre desprezou o Orup, por causa das regras e das aulas"
"Ela não gostou da mudança?" perguntei.
"Não da mudança mais de ter que ajudar os outros." ele sentou-se na cama "acho melhor você se sentar" fiz o que ele disse. "Quando eu ia atrás de minha irmã Cristina apareceu. Ela começou a me beijar até que"
"Sem detalhes por favor" pedi com uma raiva contida.
"Certo. Quando ela saiu fui procurar Morgana mais não a encontrei em lugar algum. Quando Lionel e lótus vieram a mim perdi o chão, ele disseram que Morgana tentou matar o Orup, mas falhou. Orup não a matou mais pediu o nome dos envolvidos, Cristina foi a primeira a ser citada."
"E Morgana, como ela morreu?"
"Cristina foi pega junto com o resto do pessoal. Todos ficaram preso até Morgana, quando fui visitá-la ela pediu pra mim morre porque só estava ali por minha causa." ele fez uma pausa. Mesmo sendo irmã dele eu odeie ela, traiu mais que um clã traiu o próprio irmão. "Ei sei ela não foi legal. Quando saí de sua sela fui ver Cristina. Ela por outro lado chorou dizendo que Morgana estava mentido que ela queria nos separar e que tava grávida"
"Vocês tem um filho" sussurrei.
"Sem saber em quem acreditar" ele ficou pensativo "Morgana mim disse que Cristina foi quem fez o plano e Cristina disse que era mentira já que estava comigo na hora"
"Fazer e uma coisa executa é outra" falei ríspida, era um saco ouvir ele defende Cristina mesmo que tenha sido antes.
"Eu sei e falei isso pra ela. Mais Cristina contou que Morgana tinha dito a ela que queria transa com o Orup"
"Arthur perdoe mais você disse que Morgana odiava seu líder e agora ela já queria ficar com ele. Talvez o amor tenha deixado você cego" critiquei.
"Não estou defendo meu erro, mas Morgana não era do tipo que misturava sentimento e sexo" ele suspirou "mesmo com tudo indicando que Morgana era a verdadeira culpada decidi não ficar do lado de ninguém. O caso ia ser julgado pelos líderes"
"Qual foi o veredito?" perguntei aflita.
"Nenhum, não ouvi julgamento. Dias antes Cristina pediu para que eu a ajudasse a fugir, não por ela mais pelo bebé. Si eu a ajudasse ia está condenado minha irmã se não ia condena meu filho." seu olhar triste mudou para um olhar amargurado cheio de rancor. "Quando não fiz o que mim pediu ela pego uma lâmina e golpeou sua barriga várias vezes"
"O bebé" senti as lágrimas descerem pela minha face.
"Sim ela o matou, Stefany ela matou o meu filho ainda no ventre sem nem ligar, era filho dela também." ele me abraçou. Fiquei surpresa com sua fragilidade.
"Tudo bem pode para" implorei.
"Não. Todos sabem minha história você merece mais que de todos saber." ele se afastou "ela perdeu a crianças, já que filhos de descendente nascem humanos. Na mesma noite um grupo de rebelde invadiu o lugar e libertou Cristina e seu parceiro. Quando os guardas chegaram encontraram os outros mortos e minha irmã tinha sumido" Arthur fechou as mãos em punho. "No dia seguinte o corpo de Morgana foi encontrado no jardim do instituto, todo cortado tinha também uma mensagem ao lado dizendo que os bons são apagados e o mal são valorizados."
"Não sei o que dizer. Só posso ti promete que vamos encontrar aquela vadia e fazê-la pagar" naquele momento o ódio que eu tinha por Cristina se tornou maior.
"Obrigado. Sabe com que ela fez a mensagem?" ele perguntou. Neguei com a cabeça. "Com o sangue de minha irmã. Saber que eu já cheguei a mim apaixonar por aquele mostro me mata a cada dia"
"Mais você não traiu seu clã" tentei confortá-lo.
"Fiz pior, trai a mim mesma, a minha irmã e aos que estavam ao meu lado" eu respirou fundo. "Depois de tudo tentei sair do clã inúmeras vezes mais falhei. Eu fiquei tão louco que comecei a ser um idiota com todo. Os unicos que ficaram comigo foi Lionel e lótus, claro Lionel me deu várias surrar até eu tomar jeito e todo dia eu agradeço por isso." ele sorriu cansado.
"Por quê eu?" não precisei explicar a pergunta.
"Você é você. Morgana era assim também claro de um jeito diferente. Você defende o que você quer e lutar pra ter seus objetivos. Minha irmã também só que os delas eram egoísta."
"Você mim tratava mal porque mim pareço com ela"
"Não eu fui aquele merda por quê eu estou gostando de você e eu não quero gosta" ele foi sincero.
"Uau"
"Cristina foi uma decepção. Ela matou um pouco de mim também"
"Quando você começou a gostar de mim ficou com medo deu ser como ela" fiquei irritada.
"Não. Fiquei receoso de estragar tudo e olha eu fiz merda" ele me encarou "quando ti vejo fico sem reação, sou um dos melhores na luta mais com você é diferente, você me desarma até já ganhou de mim"
"Sou boa ta" falei ofendida.
"Você é ótima" vi admiração em seus olhos. "Quando fomos ao baile eu estava louco de ciúmes só de ver aqueles caras babando por você. Quando vi você beijado o cara no bar quase tive um surto de raiva"
"Você também tava com a língua na garganta de outra" retruquei
"Eu queria era estar com você. Quando nos beijamos foi incrível. Fiquei tão bem que queria que nunca tivesse tido fim e ontem, quando você ficou tão a vontade com Mar fiquei com ciúmes. Você fica confortável com todos menos comigo" ele reclamou.
"Você sempre ficar criticando e julgando"tive que defender-me.
"Eu sou um merda" ele ficou frustrado. "Quando você insinuo que ia dormir com Mar fiquei cego. Depois de ter sua boca na minha mais uma vez, entendi que o problema era eu e não você"
"Isso que dizer que"
"Que eu não vou mais ser o babaca ou o Bi com você e que eu queria ser algo mais pra você, não tô pedindo namoro nem casamento. Só que nossa química é forte não tem como negar podíamos ter um lance legal" ele me olhou igual a cãozinho quando quer algo.
"Me de um tempo pra digerir tudo" foi o único meio que achei pra não pular em seus braços.
"Claro" ele levantou da cama "amigos"
"Amigos" apertamos as mão. Senti a eletricidade que corria entre nós "por enquanto" ele abriu um enorme sorriso quando mostrei uma brecha de minha resposta.
Arthur saiu do quarto mais relaxado e eu fiquei mergulhada em pensamentos. Saber do caso de Arthur com Cristina me deixou com ciúmes e depois de ouvir como ela o usou, bom fiquei furiosa. Não dava pra entender como as pessoas podiam ser assim, mas eu meio que já fiz isso, quando mostrei interesse mesmo sem saber e depois dei o fora no cara. Não pensado bem eu não fiz isso.
A tal parceira pela qual eu morria de ciúmes era a irmã dele, que morreu. Por mais que ela fosse do lado ruim, ela era importante para Arthur, ver sua dor me fez sentir também. Isso foi estranho, porque eu nunca senti isso por um cara. Com os outros eu tinha uma atração física pura, mais Arthur tinha algo mais, quando olhava nos seus olhos me perdia naquele verde que fica mais intenso. Ainda não sabia se os arrepios que sentia quando nos tocavam eram bom ou mal sinal só sabia que o queria mais que tudo, ainda mais depois que ele se abriu pra mim. Só ia deixa-lo ansioso um pouco, pra pagar as besteira que ele disse.
"Ai que sono" falei pra mim mesma. Depois de passar o dia rodando estava morta, deitei só pra cochilar.
Abri os olho por causa de uma luz ofuscante, pus as mão de frente ao rosto na tentativa de diminuir o reflexo. Aos pouco a luz foi ficando mais normal até eu poder identificar o lugar. Não era estranho eu já tinha estado lá, só não sabia quando. Era uma enorme estufa com todo tipo de flores, cada uma mais linda que a outra. Comecei a andar próxima as paredes de vidro.
"Oi tem alguém ai" chamei, mas ninguém respondeu.
Continuei a caminhar entre as flores. Passei por um canteiro cheio de rosas em várias cores umas que eu nunca tinha visto, tinha algumas flores tão perfumada que dava até enjoo e outra bem fedida. Era tudo lindo e organizado mesmo sem ninguém a vista.
"Finalmente você veio" uma voz fraca chegou aos meus ouvidos.
"Quem falou" olhei envolta mas não tinha ninguém. "Oi"
"Esperei tanto tempo" a voz falou distante.
"Cadê você?" perguntei aflita, aquela voz era familiar.
Comecei a andar apressada pelos canteiro de flores, cheguei a derrubar alguns vasos de tulipas. Cheguei em uma área cheia de lírios mortos só tinha uma única flor viva. Era tão linda mesmo rodeada pelas mortas. Encantada com a flor toquei uma de suas pétalas que parecia um veludo delicado, mesmo viva e linda o lírio tava sem uma pétala, aquela flor era uma sobrevivente. A pergunta que não saia de minha mente era quem cuidava do lugar e por quê deixou só os lírios morrer.
"Você vai me libertar guerreira" a voz falou ainda fraca mais bem próximo, procurei em volta mais ninguém tinha aparecido.
"Só posso está louca" falei comigo mesmo.
"Liberdade" a voz voltou a surgir um pouco mais alto.
"Mostre-se" falei com firmeza.
"Você me tocou agora"
"Como eu só" olhei imediatamente para o lírio que agora tinha uma luz fraca meio dourada em volta dele. "Meu deus é você flor"
"Sim sou eu guerreira, a muitos anos fiquei preza a espera daquele que carrega um pedaço meu em sua alma"
"Eu não carrego nada" protestei.
"Você não sabe ainda" a flor brilhou mais. "Me tire daqui, preciso salvar minha áurea de sumir estou tão fraca" ela perdeu um pouco do brilho.
"Vou tirá-la" puxei ela pelo caule com força até ela esta solta da terra. "Pronto e agora"
"Preciso uma casa" a flor estava estranha suas pétalas estavam manchadas de sangue.
"Como" olhei para minhas mão, elas estavam cortadas o sangue se esvaía, mais nenhuma gosta caiu no chão. As raízes da planta sugava cada gota. "Sai" gritei quando tentei jogá-la longe e ela não saiu.
"Calma, você não vai partir só tem que aceitar que somos um só" ela falou mais alto e forte.
"Você vai me mata" cai de joelhos fraca.
"Você tem que me deixar entrar" a flor falou enquanto seu caule dava punhaladas em meu peito. Quando senti uma dor aguda no peito, soube que era meu fim. "Enfim o coração" ouvi a flor dizer. Meus sentidos já estavam distantes só ouvia um barulho distante. Estava certa que ia morrer.
"Ei acorda" a voz de lótus esta próximo de meu ouvido.
"Eu não morri" perguntei pra me mesma.
"Não. vamos logo" ela me arrastou pra fora do quarto.
O lugar, a flor, o sangue tudo foi apenas um sonho, sonho esse que venho tendo desde de que recebi a adaga lírio. Talvez só fosse besteira de minha mente ou talvez as lendas fossem real. Pelo sim pelo não eu não ia contar pro grupo, tínhamos já problemas de mais.
"Chegou finalmente" Lionel falou todo dramático, revirei os olhos.
"Que foi"
"O seu e-mail esta feito" ele me entregou um papel com os dados.
"Ótimo, cadê o notebook" pedi determinada. "Quero deixar claro para aquela vadia que eu não vou ser da sua turma"
"Muito bem, acaba com ela" Mar me incentivou.
"O quê vai dizer Mô namia?" Lionel perguntou-me.
"Não sei"
"Que tal assim. Não sou uma vaca sem caráter por isso não mim encaixo nesse grupo de merdas" lótus falou cheia de rancor. Fiquei surpresa com esse lado dela.
"Não assim" Mar pegou o notebook e digitou "o que acha"
"Aqui só tem, foda-se" ri. "Já sei a resposta perfeita" digitei.
"E qual é vamp?" Lionel perguntou.
"Um belo não" cliquei em enviar. "Pronto. E agora o quê vamos fazer?"
"Espera duas semana mô namia"
"Até lá treinar é a melhor opção" lótus disse.
"Fiquem a vontade porque eu vou trabalhar" Mar subiu para a academia.
"Vamos gente Arthur já está treinando a tempo" lótus informou. Só de ouvir o nome dele fez meu corpo todo ficar alerta.
"Vamos" falei um pouco animada de mais.
O treinamento foi intenso. Lutei com Lionel, lótus e Arthur até cair de exaustão. Meu corpo parecia ter sido esmagado por uma manada de elefantes depois foi jogado do alto de um penhasco. Mais fora a dor, o treino foi ótimo. Meus movimentos estavam muito bons, eu tinha começado a dominar a adaga lírio, dessa vez eu só tinha errado poucos golpe e em nenhum momento eu fui atingida de volta.
Lionel insistiu em lutar na sua forma de fera, mesmo receosa aceitei o desafio. Mesmo sabendo o que espera ainda fiquei sem fôlego vendo aquele animal poderoso, feroz e lindo vindo me atacar. Fui rasgada mordida mais também derrubei ele. Já era noite quando Mar se juntou a nós. Arthur ficou rígido quando Mar me agarrou em um abraço. Saber que ele estava com ciúmes, me fez querer beijá-lo ali mesmo.
Depois do treino e de muito desejo reprimido, fomos jantar. Mar tinha uma super mania de comidas saudável , tipo nada de massa ou de fritura, doce só se for uma fruta. Mesmo querendo muito um hambúrguer e umas fritas, mim contentei com o puré de batata e file de franga grelhado. O jantar foi silencioso, quer dizer eu fiquei silenciosa, nem liguei quando Lionel me chamou de vamp. Na minha mente só vinha Arthur Arthur Arthur.
Já estava preste a ir me deitar quando meu celular tocou a ligação era de Angel. Meu coração ficou apertado será que Cristina tinha feito algo com minha família.
"O quê aconteceu?" perguntei aflita.
"Calma" ele tranquilizou-me "eu só quis saber como está"
"Desculpa, tô bem"
"Tem alguma novidade"
"Cristina entrou em contato" contei-lhe sobre o episodio todo com Israel.
"Vocês tem de encontrá-lo antes que eles os encontrem" Angel falou aflito. "Eu deveria está ai mais não tem como. Aqui está um caus, a cada dia mais descendentes estão desaparecendo" ele disse super preocupado.
"Como assim"
"Saem e não voltam" ele falou o óbvio.
"Eu sei mais"
"Eu sei. Sim alguns estão provavelmente com Cristina e outros bom seus corpos estão em algum lugar" pude ver a dor na voz de Angel. Saber que o inimigo estava recrutando me deixou aflita. Mas saber que ela também estava eliminando seu oponentes me fez entrar em pânico.
"Minha família" sussurrei.
"Estão bem eu garanto"
"Sim" tentei parece mais calma. Ouvi alguém o chamar. "Tchau depois nos falamos" ele não respondeu eu desliguei.
"O que ouve" lótus perguntou assim que desliguei o celular.
"Nada ele só queria saber como estava as coisas" tentei sorrir.
"E"
"E Cristina está recrutando mais gente"
"E" Lionel insistiu.
"Bom se você não é um deles não pode viver"
"Ela esta cada dia pior" ele falou. "Amanhã vamos ver o que fazemos"
"Sim" disse desanimada.
"Vai ficar tudo bem" lótus me deu uma beijo antes de voltar pros braços de Lionel.
"Espero eu vou deitar" me despedi do pessoal. Arthur abriu um leve sorriso quando dei-lhe boa noite.
Entrei no quarto e fiquei pensado em tudo o que já fiz e deixei de fazer. Mesmo sabendo que a vida é inesperada, uma hora você está bem na outra pode esta morto seja humano ou descendente.
"Porque os os livro não diziam que seria tão aflita essa vida" reclamei pro nada.
Tentei relaxa mais meu corpo estava agitado. Mandei mensagem para minha amigas vendo como tudo estava. Fiquei tranquila ao saber que tudo corria normal. Falei por horas com as meninas até que cada uma decidiu dormi e me deixaram no vacu.
Por mais que eu tentasse dormi o sono não vinha, e olha que eu tentei de tudo até contar carneirinhos. Olhei no relógio já era duas da madrugada. Frustrada decidi tomar um pouco de leite, quem sabe assim o sono vinha. saí na pontinha do pé até a cozinha. Tudo estava escuro mais como tinha novos sentidos não cometi o erro de derrubar algo.
Depois de beber o leite fiquei sentada no barquinho, pensando em Arthur. Eu já estava me irritado com esse pensamentos. Eu nunca fiquei assim por um cara, e olha que eu já fiquei com caras mais gatos que Arthur. Mais esse BI mexia comigo de uma forma que me fazia feliz e aflita ao mesmo tempo. Nossa química era perigosa, ainda mais com esses sentimentos surgido. Mesmo sem admitir era por receio dessa coisa de gosta que me fizeram correr de relacionamento.
"Sem sono" Arthur falou próximo de mim.
"Ai" gritei sem querer. "Que merda você me assustou" reclamei.
"Desculpa mais eu te chamei" ele falou nervoso.
Depois do susto pude velo melhor e nossa, nunca pensei que calça de moletom e camiseta pudesse deixar alguém tão sexy.
"Tudo bem" engoli em seco "o erro foi meu"
"Como assim" ele vincou a testa.
"Nunca baixe a guarda pro inimigo" citei uma de suas regras.
"Isso é pro inimigo" ele falou mais baixo. "E não somos né. Na arena a regra conta e não estamos lá" ele chegou mais perto. Seu hálito quente bateu em meu pescoço, fazendo mil carícias.
"E o quê somos?" surrei.
"Não sei, só sei que não tiro você de minha cabeça" ele acariciou meu rosto. Meu coração ficou frenético, meu corpo o queria mais que tudo.
"Posso saber o que ela quer" fechei os olhos quando seus dedos passam lentamente em meus lábios.
"Você" sua voz saiu rouca.
"E se não der certo" falei insegura.
"E se der" ele baixo o rosto até que seus lábios estavam quase tocando os meus. Seus olhos estavam loucos de desejo. Como eu ele tinha algo contra o amor, mais quem falou de amor. Minha vida tava uma bagunça, porque não piorar, ainda mais se for com Arthur.
"Vamos ver" fechei a distancia entre nós.
Nossas bocas se devoravam. Depois de muito desejo reprimido estávamos famintos um pelo outro. Senti suas mão vagar pelo meu corpo. Seu beijo ficou mais intenso menos voraz. Sua boca deixou a minha para percorre meu pescoço, fazendo uma trilha de fogo.
"Venha" me afastei dele com muita dificuldade.
Ele não protestou, na verdade foi ele que me arrastou as pressas para seu quarto. Quando entramos meu corpo já estava encostado na porta fechada. Sua boca voltou a cobrir a minha. Impaciente tentei tirar sua camisa, sem sucesso rasguem o tecido. Arthur riu ao ver meu desespero em tocá-lo. Mas foi tão bom sentir seu peito e abdome firme contra minha mãos.
"Meu" sussurrei.
"Minha" ele sussurrou de volta.
Beijei ele com avidez dando varias mordidas em seus lábio inferior, ele repetiu o gesto como eu queria. Nossos corpos pareciam se conhecerem, porque ele só fazia o que mais me agradava. Minhas provocações também sempre era recebidas de bom agrado, mais que isso já que estávamos loucos um pelo outro que nem vi quando ele tirou minha blusa.
Não demorou muito pra estamos rolando em sua cama, matando nosso desejo ou melhor saciando. Naquele momento quando nossos corpo viraram um só eu soube que tinha entregado a ele também um pedaço de meu coração. Também senti que ele fez o mesmo. Arthur fez algo que nenhum outro foi capaz de fazer, ele me fez sentir paixão sem medo.

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