O capitão foi recebido pelas vozes crescendo gradativamente em celebração, olhos atentos a ele como calorosas felicitações assim que desembarcou. Sua presença foi distinguida pelo povo aglomerado ao redor de toda a tripulação composta por pessoas tão distantes do trivial protótipo da época e que neste caso se resumia a vikings, mulheres e indivíduos de etnias diversificadas, sendo tratados por olhares afáveis como se o comandante deles fosse a personificação de um herói. E isso, nem em mil anos, havia sido imaginado pelo corsário, pois aquelas pessoas não o conheciam intimamente para tamanho agradecimento em palavras ou abraços. Mas, bem, agora ele havia conquistado uma popularidade significativa após conseguir convencer o Rei da Espanha e a merecida liberdade para seu amado país, sem que todos precisassem enfrentar uma guerra sangrenta.
Evidentemente, após ter tirado alguns dias de descanso na Espanha, Chanyeol agora estava vestido com trajes influenciados pelos costumes espanhóis, e todos os curiosos a sua volta notaram as novidades gritantes no estilo de um capitão diferente de todos os outros que orgulhosamente se mantinham aos indumentos padronizados.
O dia se seguiu com reuniões, até que Chanyeol só obteve a sensação quente no peito e suavizou os ombros pesados quando sua mãe apareceu nos portões, acompanhada pelo marido. Foi então que o corsário esticou o sorriso de orelha a orelha, pois nada mais importava naquele instante do que rever a sua família.
Ele se aproximou crendo que receberia um abraço apertado e muitos elogios, no entanto, sua mãe se aproximou e o beliscou. Chanyeol franziu o cenho, sem entender nada.
― O que está fazendo, mamãe? É assim que me recebe após tantos dias longe de seu filho? Está me envergonhando.
Ela tinha os olhos faiscantes e se mostrava injuriada pela expressão fechada que tomava todo seu rosto. Mesmo que não parecesse, ela estava emocionada e se segurando para não fazer observações óbvias, como o fato do filho estar com a feição mais velha e aparentar indícios de magreza.
― Eu quem deveria usar desse argumento. Como teve a audácia de ficar tantos dias sem nos enviar notícias? Eu e seu pai chegamos a pensar no pior, meu filho.
O corsário se acusou em pensamento. Ele havia prometido escrever para eles.
― Sinto muito! ― Chanyeol tentou ser franco. ― Estive sendo caçado por tantas pessoas que não tive tempo nem de pegar num papiro.
Ela pareceu não acreditar nele.
― Me diga que teve tempo de se alimentar direito. ― Ela o pegou pelas laterais do rosto, apertando os dedos enquanto o analisava como uma experiente curadora. ― Está tão magro, meu filho.
Ele riu, aliviado que ela estivesse de volta. Virou a atenção para o pai e ele estava quieto, estático e a espera de alguma atenção.
― Pai?
O homem se virou para a direção de onde havia escutado a voz.
― Precisamos conversar sobre o Kai. ― Chanyeol tinha a voz abalada, engolindo em seco junto a uma pausa longa e cortante.
― Eu já estou ciente de todo o ocorrido, meu filho.
O corsário ficou surpreso.
― Sehun foi enviado na tarde de ontem ― ele explicou ―, foi julgado pela corte como traidor e está para ser executado hoje.
― Eu pedirei que retirem a sentença.
O pai dele aproximou-se alguns passos e a mãe de Chanyeol ajudou o marido a ficar de frente para o filho.
― Você tem certeza? Ele o traiu, é um impostor, assim como o Kai. E eu realmente não entendo como ambos foram capazes de tramar um plano tão sujo que colocava em risco um país inteiro. Certamente, ninguém teria piedade de pessoas assim.
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POLARIS | ChanBaek
FanficHavia uma lenda que dizia que o céu ficaria completamente sem estrelas e sucederiam as noites mais longas de todos os tempos. O corsário de barco, Park Chanyeol, não acreditava em nenhuma dessas histórias de pirata assim como o próprio pai que o doo...