Entre os Céus e a Terra.

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Á deriva de se desfalecer em idolatria. Era assim como Chanyeol se sentia enquanto mantinha os olhos grudados no corpo desnudo de Baekhyun.

O viking estava deitado de bruços com a barriga para baixo e totalmente entregue a sonolência. Preso em decorar cada região, os olhos do capitão acompanharam a silhueta contínua conforme deslizava seus dedos pela pele macia, chegando até o meio das coxas e subindo novamente até alcançar o rosto sereno.

Pausou com o movimento quando percebeu que Polaris se remexeu, apertando as bochechas ainda mais contra o travesseiro. Deixou de acariciá-lo, temendo que acabasse o acordando, mas manteve sua atenção nos cílios compridos, nos lábios perfeitamente delineados e entreabertos. A franja estava caída sobre metade do rosto.

Chanyeol levantou-se, vestiu a calça e depositou uma manta em cima do que julgou ser sua pequena porção de magia. Não queria interromper o momento de descanso dele, mas estava ciente da aparente friagem que se fazia do lado de fora. A neblina grudada na janela evidenciava a suspeita.

Tomou rumo para o lado exterior da casa, praticamente se perdendo na busca pela saída por conta da quantia excessiva de quartos. Deparou-se com Lota abanando o restinho de fumaça que subia da fogueira da noite anterior enquanto Thuban chegava com alguns pedaços de madeiras, carregando sobre os ombros.

O corsário se aproximou dos vikings, buscando mostrar-se presente. Lota sorriu em sua direção como resposta.

Chanyeol sentiu o olhar sugestivo e o sorriso de canto pesar sobre si. Em contradição, Thuban jogava as madeiras sobre a fogueira grosseiramente.

― Bom dia! ― Chanyeol disse.

― Bom dia, Chanyeol. ― Lota percebeu a atmosfera de desdém e respondeu pelo irmão mais velho. ― Dormiu bem?

― Maravilhosamente bem.

Thuban arrastou as madeiras para o lado com a ponta do calçado e os outros dois presentes se entreolharam, estranhando o ruído exacerbado daquele movimento desnecessário.

― Baekhyun ainda está dormindo? Ontem vocês sumiram misteriosamente. ― Lota parecia ter algo em mente apenas pelo tom cuidadoso na fala. ― Começamos a acreditar que talvez você tivesse raptado nosso irmão.

Outro barulho. Ambos se viraram para Thuban, este que chacoalhava as mangas da roupa, tentando tirar os cupins que haviam grudado no tecido.

― Está tudo bem aí, Thuban? ― Lota questionou, desconfiada. ― Precisa de ajuda?

― Obviamente que não. Eu consigo lidar sozinho com esses intrusos.

O corsário sorriu de canto.

― Ele é sempre tão receptivo? ― Ele questionou sarcasticamente a jovem aos sussurros.

― Na verdade, hoje ele acordou de bom humor. Há dias piores, confia em mim.

Chanyeol sorriu.

― Aparentemente ele me odeia.

― Ódio não é bem a palavra certa, capitão. Creio que ele tenha alimentado um pequeno ressentimento pelo que você significa ao nosso irmão. Baekhyun sempre nos induziu a reter nossos sentimentos forasteiros, e é evidente que Thuban não teve opção a não ser seguir os princípios da família.

― Princípios? E quais seriam?

Lota recitou as três regras e Chanyeol ficou abismado assim que ela terminou.

― Quem inventou isso?

― O próprio Polaris.

― Raios!

POLARIS |  ChanBaekOnde histórias criam vida. Descubra agora