Encontra-me | C.H.

Capitulo 34

"Está tudo bem princesa?" ele olha para mim com ar de preocupado.

"Sim mor, estava só... a pensar em algumas coisas. Sabes, nada de especial" dou-lhe um beijo na bochecha "Agora tenho de ir para as aulas, está bem?"

"Tudo bem, eu espero por ti e vamos almoçar juntos, ok? Por isso mal a aula acabe vem logo ter comigo."

"Claro bebé, e como não tenho aulas de tarde podemos ir passear ou então ir para tua casa... mas vá, até já" despedimo-nos com um beijo.

Rapidamente vejo o Diogo e o resto da nossa turma e eu e a Pat vamos ter com eles e vamos para a sala.

Esta aula parecia nunca mais ter fim, provavelmente por eu saber que o Calum estava lá fora à minha espera, e eu só queria ir ter com ele.

E também porque matemática não era propriamente a disciplina mais fácil do mundo e a stora também não era das minhas preferidas, era a primeira aula com ela, mas já tinha colocado a turma toda a odiá-la, nada melhor que isso, claro.

*****

Quando finalmente eram horas da aula acabar, a stora muito hesitante, acabou por nos deixar sair, mandando-nos um monte de trabalhos de casa. É que só podia estar a brincar connosco, na primeira aula já manda tantos trabalhos? Ugh. Olho então para a minha colega de mesa, a Pat.

"Vou almoçar com o Calum, por isso hoje não contem comigo Pat" referi-me a ela e as minhas amigas que combinaram almoçar todas juntas, todos os dias daqui em diante. Eu bem disse que elas se adoraram.

"Tudo bem, Mia. Mas amanhã não nos troques, ouvis-te?"

"Não te preocupes, amanhã almoçarei convosco. Até amanhã."

Arrumei as minhas coisas e saí da sala sozinha para ir ter com o Calum, mas ouço alguém chamar-me e volto-me logo para trás.

"Hey, eu e os rapazes vamos almoçar aquele café da ultima vez... Queres... Queres vir também?" ele pergunta e começamo-nos a dirigir para fora da escola.

"Oh obrigada, mas vou almoçar com o meu namorado, Diogo... Mas também vou para lá por acaso."

"Oh, tudo bem... então vemo-nos por aí..." ele dá-me um beijo na bochecha e segue o seu caminho, enquanto eu vou ter com o meu namorado que se encontra a olhar para mim.

"Olá mor, vamos almoçar?" pergunto, dando-lhe um beijo na bochecha.

"Quem é aquele rapaz?"

"O Diogo? É da minha turma."

"E porque é que ele te deu um beijo na cara?"

"Ah!? Porque ele é meu amigo, sim Calum, eu tenho amigos."

"Hm... Está bem. Vamos mas é almoçar, estou cheio de fome." entrelaça os dedos da nossa mão e puxa-me até ao café onde vamos almoçar.

Depois de nos sentarmos e de fazermos os nossos pedidos, começamos a falar de diversos assuntos.

"Mia, aquele ali não é o teu amigo?"

"Ah sim, este também é o café preferido dele, sabias?"

"Hm, não... Espera aí, esse não foi aquele rapaz que te chamou boneca da ultima vez que aqui estivemos?"

"Foi, Calum"

"Ele gosta de ti ou qualquer coisa assim parecida? Parece que te anda a perseguir."

"Ei menos, eu conheço-o à três dias tal como ele a mim e eu só sou colega de turma dele. E não, ele não me anda a perseguir ou alguma coisa parecida, ele nem sabia que eu vinha para aqui até à bocado. E isso tudo porquê? Sabes que eu gosto de ti, não precisas de ficar com ciúmes ou coisas do género."

"Ainda bem, não quero que me troques por ele."

"Trocar-te? Onde é que foste buscar essa ideia? Nunca te iria fazer isso."

"Ainda bem, porque eu também nunca te vou deixar, quero que sejas minha para todo o sempre." soltei um leve sorriso e ele beijou-me.

Fomos interrompidos pela empregada que nos trouxe os nossos cachorros. Depois de comermos tudo, o Calum insistiu em pagar e saímos dali. Fomos até à frente da minha escola e sentamo-nos nuns bancos cá fora.

"Hoje eu e os rapazes escrevemos uma música nova..."

"A sério? Depois quero-a ouvir. Vocês são mesmo incriveis, aposto que daqui a um ano já são conhecidos por todo o mundo."

"Que exagero, Mia... Nós somos normais, nem bons, nem maus."

"Vais ver... Vocês têm mesmo super jeito e merecem-no, as pessoas vão gostar de vocês. E de qualquer das formas, já não têm alguém interessado no vosso trabalho? Porque é que dizes que não são bons? Vocês realmente são."

"Obrigada, princesinha... Vamos ver no que dá isto tudo..."

"Vais ver que vai tudo correr bem, e que vocês vão conseguir seguir o vosso sonho. Eu apoio-te em tudo, espero que saibas disso."

"Eu sei que sim, e gosto de ti por isso."

"Só por isso?" fiz de conta que amuei.

"Claro que não é só por isso, mas é um dos motivos, tal como essas trombinhas que estás a fazer. És perfeita em tudo, não sei como é que não percebes isso."

"Perfeição não existe bebé."

"Pois não, mas tu és uma exeção, espero que saibas." ele dá-me um beijo nos lábios e envolve-me num abraço, sussurrando-me ao ouvido "Amo-te."

"Também te amo, muito." digo retribuindo o abraço.