Encontra-me | C.H.

Capítulo 49

Estou super nervosa, o dia do casamento da minha prima é hoje. E o Calum também vai. Vou apresentá-lo a toda a minha família e só espero que tudo corra bem.

Estou a arranjar-me, um pouco de maquiagem neste dia não me ía incomodar, é por uma boa causa, por isso pego no estojo de maquiagem da minha mãe e coloco-me de uma forma não muito exibionista, mais simples, sentindo-me um pouco confortável.

Pego então na minha prancha e começo a esticar o meu cabelo, pegando em duas mechas de cabelo da frente e juntando-o atrás com um travessão em forma de laço, cor de rosa bebé.

Vou até ao meu quarto e visto o vestido, que comprei quando fui com a minha mãe às compras, com muito cuidado para não estragar o cabelo.

Olhei-me no espelho e observei-me. Estava pronta. Mas esta não parecia eu, a maquiagem dava um aspeto diferente à minha cara e o vestido, dava-me um ar mais de menina. Quer dizer, eu sempre fui muito menina, mas não daquelas de usar muitos vestidos. Mas olhando-me agora ao espelho, tinha de concordar, este vestido até que me ficava bem.

Vejo através do espelho, alguém na porta do meu quarto. O Calum olha-me através do espelho e eu faço o mesmo, sorrindo. Viro-me para ele e ele aproxima-se de mim.

"Que tal estou?" ele diz dando uma voltinha, o que me faz rir.

"Perfeito, como sempre." sorrio-lhe.

"Tenho a dizer que tu estás ainda mais, estás mesmo linda Mia." ele aproxima-se de mim e beija-me. "Acho que fiquei pintado, certo?"

"É, os teus lábios estão lindos... Mas acho melhor tirares isso antes de irmos."

Ele vai até à casa de banho e tenta então limpar os lábios com batão e depois junta-se a mim, que estou sentada no sofá à espera dos meus pais.

Quando toda a gente está finalmente pronta, entramos no carro e o meu pai conduziu até casa da minha prima, onde íamos estar lá um pouco, comer alguma coisa, e esperar que a noiva estivesse completamente pronta, para assim depois poder-mos partir para a igreja onde se ía realizar o casamento.

Sentia cada parte de mim, tremer. Estava nervosa e o facto disso, não era por o facto de ir a um casamento, mas o facto de ter de apresentar o meu namorado a toda a minha família. Uma parte de mim estava completamente feliz, a outra estava completamente ansiosa e receosa por esse momento.

Saio do carro, já estacionado e o Calum sai atrás de mim. Caminhamos os dois atrás dos meus pais que estão a começar a entrar em casa da minha prima.

"Espero que não nos aches uma família estranha, Calum." o meu pai diz a rir-se.

"E sente-te à vontade, ok?" a minha mãe incentiva-o.

"Tudo bem, acho que só estou um pouco nervoso, nada mais." ele ri-se e os meus pais sorriem para ele, continuando o caminho para dentro de casa.

Entramos no espaço onde estava praticamente a minha família toda, o jardim enorme de casa da minha prima estava repleto de gente, nem quero imaginar no restaurante quantas pessoas vão ser, visto que a minha família do lado do meu pai é enorme.

Alguns olhares viram-se para nós assim que entramos, mais propriamente para o rapaz que me acompanhava. O meu tio e a minha tia, apressam-se a nos vir receber, mal nos vêem.

"Olá, estamos tão felizes que tenham vindo" diz a minha tia comprimentando cada um de nós e o meu tio repetindo o seu gesto.

Quando chegam à vez de comprimentar o Calum, observam-no de baixo a cima, a minha tia decide então meter conversa.

"Tu deves ser o Calum, certo? A Mia falou-nos muito bem de ti" ela diz sorrindo.

"Sou, sim. Prazer." ele diz, sorrindo.

"Bem, tenho de ir ver como anda a noiva, até já." ela começa a andar, mas antes de se ir embora, sussurra-me "Tens bom gosto Mia, parabéns."

Senti as minhas bochechas corarem, fico feliz por a minha tia e o meu tio terem gostado dele.

Começo então a cumprimentar toda a gente que vía à frente e a apresentar-lhes o meu namorado, que estava contente, mas totalmente envergonhado, o que sinceramente me deixou admirada, ele não parecia o Calum assim, mas eu estava a achar piada à sua versão completamente envergonhada.

****

Acabamos de chegar ao restaurante, na verdade ficava numa bela quinta, tinha jardins mesmo lindos e por dentro estava o salão onde comeriamos, bem arranjado, como se fosse um baile de princesas, tudo estava perfeito, lindo.

O casamento também foi bonito, a igreja estava toda bem enfeitada e eu quase chorei quando a minha prima estava a fazer os votos. Eu adoro casamentos, adoro ver o facto de duas pessoas se amarem tanto ao ponto de se comprometerem uma com a outra para o resto das duas vidas, independentemente de tudo, era a coisa mais linda de sempre.

Procuro o nosso nome nos papeis que se encontram à nossa frente, pendurados na entrada. Sigo então para a mesa indicada, seguida pelo Calum e pelos meus pais. Sento-me num lugar e a meu lado senta-se o Calum e do outro o meu pai seguido da minha mãe. Partilhamos a mesa com pessoas da família do noivo, que nós não conhecia-mos, mas nem tivemos problemas, porque eles eram bastante simpáticos.

No entanto, já havia apresentado o Calum a toda a gente, e por incrivel que pareça, ninguém opinou nada. Todos apoiaram e todos gostaram dele. Ninguém disse a tipica frase "ainda és muito nova para namorares", e eu sinto-me feliz por isso. Os nervos já tinham passado e o Calum já não estava mais envergonhado, o que permitiu nos divertimos um pouco com as outras pessoas, que acabaram nos chamando para falar, e coscuvilhar um pouco sobre nós, o que não me admirava, vindo da minha família.

"Sabes uma coisa?" ele disse-me ao ouvido.

"Sei muitas, mas diz lá" disse rindo-me.

"Nunca me senti tão completo, como me estou a sentir agora. Tenho tudo o que preciso." ele olha-me nos olhos e dá um sorriso leve.

"E esse tudo seria o quê?" digo gozando com ele.

"Tu." ele junta os nossos lábios mal os diz, dando-me um beijo e eu de seguida abraço-o.

Eu tenho o melhor namorado do mundo. Porra!

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Oláá! Aqui está o penúltimo capítulo da fic encontra-me!

Amanhã irei postar então o último capítulo! Mas, para não se chatearem comigo, aviso mais uma vez que vai haver continuação e vocês depois vão perceber.

Bom, espero que gostem deste capítulo!

Beijos, Mariana.