THOMAS
Quando descemos do carro uma das primeiras coisas que avistei quase do lado oposto daquela praça foi "os cabelos vermelhos", eram os mesmos garotos da outra vez, eu não sabia onde enfiar minha cara de tanta vergonha em rever o cara que havia acertado um soco do nada. Meu irmão disse que não precisava me preocupar com o ocorrido de semanas atrás, olhei para ele e Renan e sorri sem graça, pois não sabia o que dizer, conforme me aproximava mais dos dois ruivos, mais eu via que tinha feito uma burra, porque aquele garoto era bem maior do que eu, seu braço dava dois do meu fácil, se ele desejasse teria partido a minha cara em duas naquele dia.
— Thom estes aqui são Fernando e Adriano! _meu irmão falou apontando para eles.
Adriano foi o primeiro a estender sua mão e me comprimentando, ele tinha um sorriso encantador no rosto, o que me fez fica um pouco aliviado. Porém o tal do Fernando tinha um olhar mais enigmático, não sabia ao certo o que ele deveria estar pensando, já que eu havia dado um belo soco em seu nariz.
— O garoto do soco de direita, já pensou em lutar? Fazer box ou qualquer coisa do tipo? _Ele me perguntou um pouco empolgado.
— Lá vem, já vi está história antes! _Renan falou é puxou meu irmão, que por sua vez fez o mesmo comigo.
— Não da ouvidos, ele acha que todo mundo que acerta um soco na cara dele deve fazer algum esporte do tipo, só pra ele ter a desculpa de lutar a sério. _Meu irmão falou explicando.
Fernando me encarava como se esperasse uma resposta positiva vinda de mim, e aquele seu olhar estava me incomodando de mais, eu não iria fazer o que ele desejava e sair nos tapas com ele somente para inflar seu ego. Mas acredito que ele deve ter notado que eu não iria fazer isso.
Conforme andava com eles pela paulista notei que hora ou outra Adriano e Fernando trocavam alguma carícia, e eu todo inocente achava que eles dois eram irmãos, ou melhor dizendo meu irmão que me explicou melhor a situação. Depois de um bom tempo andando sem rumo Adriano disse que estava a fim de ir em uma exposição de arte que estava tendo ali na região, confesso que fiquei bem animado com a ideia dele, pois particularmente este era meu maior interesse, amava os artistas e suas obras que eram pintadas ao longos dos prédios e muros da cidade de São Paulo, e me imaginava fazendo o mesmo espalhando minha arte por está cidade cinza.
Adriano percebeu que fiquei animado com a ideia que ele havia dado, e acredito que meu irmãozão para me agradar acabou que concordando que seria legal irmos até a tal exposição que ficava a algumas quadras da Av. Paulista e poderíamos ir andando e conversando até o local.
— Gosta deste tipo de coisas? _Adriano pergunto conforme andava ao meu lado.
— Sim, eu mesmo já fiz alguns grafites no orfanato onde morei, além do que tenho alguns desenhos bem irados. _falava orgulhoso
— Acho que você vai gostar da exposição, um amigo me disse que e uma mistura de artes e que os artistas são bem conhecidos nacionalmente.
Fiquei mais animado ainda com o que ele me contava sobre a tal exposição, havia ido em algumas poucas acompanhado do meus pais é pelo o que o Adriano falava isso me deixava bem mais animado, que a nossa caminhada foi tão rápida que só me dei conta onde havia chegado quando ele fez uma cara de triste, pois a exposição estava fechada, para uma reorganização do espaço.
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THOMAS
RomanceA infância e adolescência não são fáceis para ninguém, mas essa situação se torna pior a um garoto que não sabe nada de suas origens e que passou grande parte de sua vida pulando de um lar adotivo a outro, tentando sobreviver em meio caos. Quando el...