O Odioso amado tem culpa de muita coisa ruim que me ocorreu. Mas apesar de tudo ele é uma pessoa maravilhosa com a qual vivo muito bem e nosso relacionamento apesar da diferença de idade, funciona muito bem. A doida e o maluco, os dois infantis, entre outras coisas kkkk.
Recentemente ele adoeceu de Dengue. Eu, preocupada como nunca, e morando a 20 minutos de carro onde ele mora, fui atrás para cuidar dele e descobri que ele no ligar de repousar foi trabalhar. Que ódio.
Uma semana depois fomos para Asunción, junto com os filhos dele, e foi uma coisa super agradável. Os filhos dele, um quatro anos mais velho Do Que eu e o outro oito anos mais velho, sempre apoiaram nosso relacionamento, tirando a vez que eu e o Odioso quebramos um muro da casa e a cerâmica. Aí brigaram muito com ele, pois sabem do meu temperamento e só disseram que se fosse pra viver de bagunça, era melhor terminar.
Meu odioso amado é metalúrgico, o filho mais jovem também, o mais velho por falta do que fazer foi junto no embalo e tinha um serviço em Asunción para supervisar e deixar os meninos lá trabalhando.
A bagunça estava armada, pois eu conhecia os que já estavam trabalhando lá e não tínhamos seriedade nenhuma. Foi piadas, fofocas, saida pela Cidade, comer Empanadas (pastel em formato de meia lua, muito gostosos por sinal). O ruim foi o calor infernal.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Trinta graus de calor a noite. Sensação térmica de 42. Dormimos ao ar livre e no dia seguinte fizemos um churrasco. Muitas brincadeiras e o churrasco saiu mal passado, mas mesmo assim estava gostoso. O odioso tossia muito, e pra graça quando alguém passava, dizia, porra de corona. Eu também ia na onda e dizia, não se preocupe, amanhã sai o resultado do exame pra corona.
Voltamos no dia seguinte somente eu e o Odioso amado. Não tínhamos dormido muito bem e no meio da estrada jogamos uma toalha sobre a grama e cochilamos.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era uma viajem de sete horas. Aí ocorreu algo que me deixou muito abalada. Justo estávamos falando sobre eucalipto, eu lendo matérias e curiosidades, quando ele tossindo, espirrou em um lenço e o lenço ficou cheio de sangue. "Tô com Corona." Disse ele. Eu fiquei tão em choque que nem podia raciocinar. Não pelo corona, mas por ele sangrar pela boca e o nariz. "Continua lendo." Me pediu ele. Imaginei que o choque para ele também devia ter sido grande, mas vendo minha cara de total pavor, quis me tranquilizar. Com a voz trêmula, continuei lendo e fui me acalmando. Aí meu raciocínio voltou. Com a agilidade a mil como sempre. Pesquisei em 10 minutos tudo sobre o corona, lembrei dos vasos sanguíneos, a dengue que ele teve, a falta de cuidar, dos inúmeros choques térmicos que ele sofreu de entrar e sair do carro com ar a mil. Fiquei tranquila.
Chegamos na fronteira as oito da noite e fomos direto para o hospital, fomos atendidos na hora e nos deram remédios para aliviar os sintomas. Havia suspeita de Corona. Na manhã seguinte fomos de novo e ele precisava fazer exames. Tirar raio X dos pulmões. Ele já de máscara.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu esperava fora e quando vi que demorou, fiquei preocupada. Os enfermeiros saíram de lá espantados. Odioso rindo. Fomos ao médico com fotos do raio X e ele me contou que tiveram que tirar mais raios x por conta das inúmeras balas no corpo dele. E que não apareceram todas as balas exatas que ele tem. Eu tive que conter a risada.
O diagnóstico foi Bronquite. E agora estou em casa me arrumando pra ir cuidar do meu odioso que pior que criança não cuida da própria saúde. Triste e feliz que não era Corona.
////
Como estão sendo as experiências dessa epidémia com vocês?
