Outlander - 5x05 - Perpetual Adoration

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"Deus, o infinito. Deus misericordioso. Deus, o eterno. Algum dia, eu estarei diante de Deus, e receberei respostas para todas as minhas perguntas sobre tudo em seu universo, e eu tenho muitas perguntas. Mas não vou perguntar sobre a natureza do tempo. Eu a vivi." - Claire Fraser


Para muitas pessoas talvez este episódio possa ter sido lento ou cheio de flashbacks, mas para mim ele foi um episódio bonito e poético. Por muitas vezes eu me deparei sentada contemplando a adoração perpétua. Quando era uma menina, fui levada por minha mãe até a igreja e ela me explicava que a adoração perpétua era quando os fiéis se comprometiam a adorar o Santíssimo Sacramento em turnos fixos, mas naquela ocasião eu não conseguia entender verdadeiramente o que aquele ritual significava. Mais crescida, não me afastei da igreja, só que continuava a não entender ainda o seu significado. Casei, me tornei mãe e uma boa profissional, e, em um momento repleto de dor e dúvidas, me vi sentada em uma capela de um hospital. Qual não foi a minha surpresa quando o padre que fez a missa, se sentou ao meu lado e me falou que talvez eu precisasse desse momento com Deus. Talvez esse momento de adoração fizesse com que o meu coração encontrasse o seu caminho. Anos mais tarde quando li o primeiro livro de Outlander e me deparei com Claire sentada em um mosteiro e contemplando a adoração perpétua, em um momento tão difícil para ela que viu Jamie ser estuprado de uma forma tão cruel e que buscava forças para resgatar o seu amor. É claro que eu me identifiquei na hora com ela. Quando o padre me falou que eu encontraria o meu caminho até Deus, eu tentei no primeiro momento falar com ele, depois recorri à oração, porém só quando fiquei em profundo silêncio é que me conectei com Ele. E foi aí nesse momento que eu entendi o significado da adoração perpétua. É adorar não um símbolo, mas o universo como um todo. Tudo o que ele representa e tentar aceitar mesmo sem compreender totalmente que Ele está em tudo. É encontrar a paz para continuar o seu caminho fortalecida mesmo com todos os desafios. Finalmente entendi que é aquela linha invisível que tanto minha mãe tentava me explicar, a fé.

Deixando a filosofia de lado, Claire se culpa pela perda do seu paciente na Boston do século 20, que sofreu uma reação à penicilina e não sobreviveu. Fatalidades acontecem e quase nunca temos poder sobre elas. O Sr. Menzies a fez lembrar de uma outra vida. Trouxe para ela a Escócia de volta e Jamie também. Interessante como o invisível esteve presente durante todo o episódio, seja na presença de Deus como também de um amor que mesmo morto por 20 anos, nunca deixou de existir. Logo no começo do episódio, ela consegue fabricar a penicilina, ainda que seja de uma forma rudimentar. Mas é através dela que Claire com a ajuda de Marsali opera os gêmeos Josiah e Keziah. Claire lembra à Marsali que quando se lida com medicina, nem sempre o melhor acontece. Adoro ver Claire atuando como doutora, adorei que Marsali a ajudasse. Os gêmeos foram muito corajosos e graças a Deus pela anestesia!

Roger está de volta e aproveitando a sua felicidade conjugal, ele então encontra nas coisas de Brianna um diamante que ele sabe que pertenceu a Bonnet. Ele a confronta e pergunta por que aceitou aquele presente daquele monstro. Brianna explica que quando foi até a prisão vê-lo - isso é algo que nunca consegui engolir, qual a necessidade de Bree visitar o seu estuprador e falar que estava grávida? Coisas de dona Diana, aff! - , disse que ele teria um filho porque achou que ele logo morreria e pensou que aquela pedra seria a passagem para Jemmy atravessar as pedras. É claro que Roger ficou bravo. Ele encontrou antes desenhos de Bonnet que Brianna fez, agora soube que ela falou que Jemmy podia ser filho do pirata e o pior de tudo foi descobrir a quantidade de segredos entre eles.

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