capítulo 4

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Vincent Bertolazzo

Aquele jantar estava ridículo, minha familia estava tratando aquela mulher como uma convidada, ela era filha do Homem que tentava matar meu pai a anos... daria um bom livro aquele momento "Jantando com o inimigo" ou "mimando o inimigo" estavam o em uma emboscada e eu não poderia desabafar meu pai, nao na frente dela, mas vou ter uma Boa conversa com senhor Henrique...

O jantar finalmente acabou, chamei meu pai e Caio apenas com o olhar e eles entenderam que era o escritório onde iríamos conversar. Conversamos com o olhar, sabemos exatamente o queremos dizer.

Entramos os três e ja fui soltando o que estava engasgado.

-Ela vai nos causar grandes problemas, nao podemos confiar nela... você dois estão agindo como a ela fosse uma linda convidada, mas não é. ... Ela está dentro da nossa casa
Ela é uma Colucci pai.

-filho, você está a julgando sem conhecer sua história... eu conheço os Colucci a muitos anos eles são podres, eu conheci a mãe dela. Os motivos dela são bem relevantes. Sua mãe viu verdade nela ... vocês precisam confiar em mim e acatar o que estou mandando... vocês vão proteger Pérola como protegem Donna... então me entendendo?

- eu não consigo fazer isso pai... coloque-a  na proteção de um de seus seguranças, eu não confio nela .

- eu escolhi vocês dois, ela não pode ir para a proteção do governo, a Mafia vai pega-lá. Eu quero a proteger e vocês não tem escolha.

- eu gostei dela- Caio disse sorrindo, debochado como sempre.

Nossa conversa não durou muito, o Senhor Henrique estava irredutível... essa garota vai sofrer na minha mão sem dúvidas.

Pérola Colucci

Depois do jantar os homens se retiraram e Estela ficou comigo, conversando.

-querida, gostaria de fazer uma sessão com você,  sei que sua vida não deve ter sido fácil... gostaria te ajudar da forma que eu posso. - Estela disse de forma afetuosa, deu-me um abraço daqueles aconchegantes. Não teve como não deixar uma lágrimas cair... não sei se acredito em forças maiores como: Deus ou espíritos. Mas alguém la em cima esta olhando pra mim como nunca antes, talvez minha mãezinha esteja olhando por mim.

Eu e Estela fomos em direção a um corredor lindo, cheio de portas, algums quadros,  a casa toda era bem clara, janelas do chão ao teto, os lustres eram espalhados por todos os cantos, ela abriu uma porta e entramos em um lindo ambiente.

-este é  meu escritório Pérola. Sente-se. - havia uma mesa Branca,  as paredes eram em um tom lilás,  as prateleiras continham poucos livros, tinha um divã ali, me sentei nele. - relaxe Pérola,  deite aí. Vamos conversar.

-sim. - disse dando um meio sorriso um pouco nervosa, nunca estive em psicólogos ou terapeutas. Na verdade nunca pude, se não teria que contar sobre a máfia, já que todos os meus demônios estavam envolvidos.

-como se sente querida, tomando essa decisão tão importante?

-livre,  não por mim, mas penso em todas as pessoa que vai estar livres se essa máfia acabar...

-mas e você?  Não será livre?

-acho que nunca vou estar... meu sangue é como o deles... eles vão me matar...

-não vamos deixar isso acontecer Pérola,  confie no meu marido,  ele nunca ta isso por ninguém,  Eu acho que você convenceu ele. E a mim tambem... vejo verdade em voce. Vkce esta sendo uma mulher forte e autruista a prejudicando por pessoas que vc nem conhece.

-não é  só por isso... minha mae morreu por causa deles... não sou tão autruista dona Estela... estou fazendo isso por vingança também... São muitos motivos. Mulheres violentadas, homens inocentes morrendo.

-seu sentimento é  humano Pérola,  entenda que sentimentos ruins também fazem parte de nós.  Apenas precisamos aprender a lidar com eles... e você querida, está fazendo a coisa certa.

- estou fazendo o que minha mãe faria, estou fazendo o que ela morreu tentando .

-você terá a proteção que sua mãe não teve. Gostei de você Pérola,  você pós contar comigo e com minha família...

Aquilo estava bom demais pra ser verdade,  eles me acolheram como a ja me conhecessem a anos. Dona Estela é o anjo que minha mãe mandou em meu caminho com certeza. Saímos de seu escritório, ela me levou até um quarto e hóspedes e me deu uma muda de roupas. Pra que eu descansasse. O quarto era lindo, era neutro, tinha uma linda sacada que dava uma vista para o Jardim. Banhei-me em um banho quente e relaxante, deitei na enorme cama de roupão e tudo. O cansaço dominou meu corpo e dormi como a muitos anos não conseguia.  Um pouco de paz preencheu meu interior. Pelo menos por aquela noite me senti protegida e em paz por ter feito a dois certa.

A Filha do InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora