capítulo 7

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PÉROLA COLUCCI

No elevador privativo apenas nossas respirações eram ouvidas, diferente de Caio, nosso silêncio era completamente desconfortável, a tensão entre nós era palpável

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No elevador privativo apenas nossas respirações eram ouvidas, diferente de Caio, nosso silêncio era completamente desconfortável, a tensão entre nós era palpável. 

Saindo do elevador ele saiu como um foguete, suas pernas eram gigantes, ele tinha 1,90 de altura e eu era um chaveiro perto dele,a cada passo que ele dava eram três passos meus.

-Vamos, Eu não tenho o dia todo_ disse  lá na frente quase chegando na porta do Grand Palácio.
Quase corri pra te alcançar.

VIncent desceu as escadas pegou a chave do carro e abriu logo  em seguida, um carro enorme, alto como ele.

Diferente de Caio, ele não abriu a porta pra mim, não que eu esperasse isso dele ele era tão grosseiro... entrei no carro, ele tinha uma cara de impaciência no rosto que estava me deixando irritada. Eu não pedi nada a ele.

-Senhor, eu não pedi pra estar aqui, não pedi para o senhor fazer a minha segurança ou nada do tipo, não fiz nada de mal a você pra agir com tanta grosseria. _ Disse ja sem paciencia para o comportamento ostíl dele, vi seu maxilar apertar, e seus olhos viram de encontro aos meus furiosos.

-olha aqui garota, se fosse você a pedir eu não estaria aqui, entende? Não estou aqui por você, ainda não entendi o que meu pai viu nessa historinha de salvar a princesa em perigo, mas eu não vivo em conto de fadas e não sou Caio, não lhe dei liberdade para dirigir palavra a mim. Entendeu?

O carro ainda estava parado, minha unica vontade era sair daquele carro, sair de perto dele, ele consegua me deixar sem controle das minhas emoções que tanto controlo. quando fui colocar a mão para abrir a porta e sair ele travou as portas do carro esse FILHO DA PUT.... ele não pode ser dessa família, ele é  a ovelha negra com certeza.... assim como eu.

-já que minha presença faz tão mal ao senhor me deixe sair por favor. - disse exaltada.

-não senhorita... Eu vou te alimentar e depois você volta... siga as regras e não teremos problemas. - ele disse ligando o ronco do motor e acelerando. Acelerando até demais. Passamos pelas rodovias expressas e ele estava com a cara impasivel. Como se estivesse jogando um videogame, mas estamos em um carro real.

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Fui ficando pálida e assustada. Peguei o cinto de segurança coloquei em volta do meu corpo, e vi um sorriso no rosto do filho da mãe.  Me segurava no banco a cada curva fechada em alta velocidade, sentia que o carro iria capotar, acho que as rodas até saiam do chão, ele queria me desestabilizar, mas nao funcionária, fui treinada pra não criar caso, não trasmitir medo. o carro foi perdendo a velocidade, avistei um restaurante reservado, nada muito cheio bem familiar... Vincent parou o carro em frente em uma vaga de frente para a porta.

Desligou o carro e me olhou com um sorrisinho de quem está jogando, não vou cair na dele, ele quer me assustar,  mas esqueceu por quem eu fui criada "o rei da tortura".

Entramos no restaurante, sentamos na mesa mais afastada mas bem confortável .
Se eu fui em um restaurante 4 veses na minha vida foi muito. Eu vivia trancada naquela enorme casa "para minha seguranca" comer, estudar, fazer exercícios, treinar mira, sempre via o mundo pela internet, mas nada de ter redes sociais, não podia expor NADA.  nunca tive amigos ou algo parecido... eram sempre treinamentos de controle de armas, e controlar a minha mente... era "torturada" ou "castigada" todas as vezes que errava em ambos ou exercícios de luta corporal. Era o verdadeiro inferno para uma criança ou adolescente que seja.

Vincent sentado a minha frente, observava tudo ao redor, tinha seguranças do lado de fora, mas ele parecia que estudava o local.
Vi quando ele relaxou visivelmente, me olhou de soslaio.

-me observando senhorita Colucci?

-sim- disse corando e desviando o olhar.

-não tem medo de morrer? - perguntou, mas não sei se estava se  referindo a olhar pra ele ou quando eu quase me matou no carro.

-se eu tivesse medo de morrer não estaria denunciando uma máfia poderosa. A morte senhor Bertolazzo ja esta predestinada a mim, então. .. se eu morresse naquele carro, ou com uma bala em meu peito, daria no mesmo. A ordem dos fatores não altera o produto.

Disse aquelas palavras  baixo para que ninguem escutasse, somente ele. Quando ele abriu a boca para responder, o garçom chegou com o cardápio.

Fizemos nossos pedidos ele pediu um vinho para acompanhar cada prato e o silêncio a instalou novamente.

Ele era imponente, sua presença preenchia todo o ambiente, o movimento no restaurante estava baixo mas ele chamava atenção e muitos olhares, e os femininos eram sem pudor algum. Não julgo, ele é a mistura do doce e amargo, lindo mas delibeiradamente grosseiro. Queria me matar por gostar disso.

Queria não querer, mas quero.

A Filha do InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora