capítulo 19

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Pérola Colucci

Vicent me chamou para um passeio. Isso era no mínimo esquisito para o cara que me desprezou hoje cedo. Estou deixando meu orgulho de lado e indo com ele pois minha curiosidade era mais forte que isso tudo. Estava com medo do ditado "ea curiosidade matou o gato"

Cheguei do Parque, Donna estava tão cansada que dormiu assim que chegou.

Estava me arrumando, Tomei um banho coloquei uma langeri Branca.
Pus uma calça preta uma sandália e um Body com os ombros amostra,  Estava secando os cabelos quando Estela entrou no quarto.

-oi querida- ela disse sorrindo pra mim, sentando na cama. -você está igualzinho a sua mãe, ela teria muito orgulho de você.

Estela disse, eu desliguei o secador e a abracei.

-obrigado por ter tentado ajuda-la, obrigado por estar me ajudando. Vocês são anjos na minha vida Estela, nunca vou conseguir pagar o que vocês estão fazendo por mim.

-eu prometi a ela, se tivesse oportunidade de cuidar de você eu faria. E o destino se encumbil do resto. _sente na penteadeira,  deixe-me secar seus cabelos_ Estela pentiou me cabelo, secando com o secador assim como minha mãe fazia. Uma lágrima saiu do meu olho.

-Vicent vai e levar pra passear pela segunda vez em um dia? _ela perguntou tão supresa quanto eu.

-parece que sim...

-Vicent sempre foi o mais centrado dos meus filhos, posso dizer que é até frio com os sentimentos, nunca deixa se envolver Pérola... mas ele está diferente desde que você chegou.

-ele ainda é mum pouco confuso pra mim, mas não posso negar que gosto dele Estela.

-eu vejo que sim meu amor. Vocês vão se entender.  -Estela disse terminando meu cabelo, opito por não fazer nenhuma maquiagem. - está linda.

Estela desceu comigo até a sala, lá estavam Renata e Caio. Eles estavam como um casal de adolescentes no sofá,

-que casal mais lindo - eu disse me sentando ao lado de Renata.

Ficamos ali na sala conversando até eu ouvir a Voz de Vicent atrás de mim.

-Vamos Perola- eu me levantei sob o olhar curioso de Caio que apenas sorriu de lado.

Eram 20:00 estava um pouco frio, coloquei uma jaqueta. Vicent estava apenas e calça, uma camiseta polo tenis e jaqueta. Ainda bem que não estava formal.

Entramos no carro, esse era diferente, era um carro vermelho, daqueles que correm bastante. Eu não sabia o nome mas parecia caro.

-hoje você vai me provar se o perigo é realmente atraente pra você Pérola, so vou saber como lidar com você, se souber suas reações a coisas perigosas. Tudo bem?- Vicent perguntou antes de ligar o carro.

-você quer saber de uma coisa Vicent? Eu descobri que estar perto de voce é  perigoso pra mim, posso quebrar a cara feio, mas estou aqui não estou? -disse recobrando as forças que me faltavam quando estava perto dele, ele era meu ponto fraco.

Vicent ouviu cada palavra minha, olhando no fundo dos meus olhos, vi ele engolir seco.  Respirar fundo e ligar o carro, não acho que essa não era a resposta que ele esperava, mas estou cansada dele me tratar como uma menina.

Vicent foi o caminho todo, respeitando todas as leis e trânsito,  ia na velocidade certa...
Ok... agora estou preocupada.

Vicent ligou o som do carro. Tocou uma rádio local...Estava tocando um Rock, combinam perfeitamente com aquele carro. (Guns N' Roses)

Andamos mais algum quilômetros e paramos em frente a um autódromo.

-vamos correr? - eu disse animada, nunca tinha tido aquela experiência antes.

-vamos apostar uma corrida Pérola.

Entramos no autódromo, alguns instrutores vieram em nossa direção, não havia ninguém correndo ali.
Fiquei longe de Vicent por um tempo, os homens de uniforme  me deram todas as explicações e segurança. E o que eu deveria fazer. Eu sei dirigir um carro comum. Mas aquele ali. Ia de 0km a 100km em 2 segundos.

Os instrutores me colocaram em uma roupa especial, um macacão apertado, vermelho.
  Fui encontrar Vicent  na pista perto de um carro preto, o meu era Prata.

-você nao tem ideia de como esta sexy neste macacao Perola. 

-muito profissional... preparado pra comer poeira Vicent?

Um dos instrutores deu risada. Acho que estava se divertindo com a minha coragem, eles não sabem que eu fiz direção defenciva, ostensiva, e ja dirigi carros velozes em perseguições, mas nada proficional. 

Vicent pegou seu telefone.

-preciso tirar uma foto sua pérola, você está perfeita. - ele disse tirando a foto, eu fiz pose e ele deu um enorme sorriso. Logo depois ele tirou uma selfie de nos dois. Está tudo tão divertido, so não parece o Vicent carrancudo, algo mudou, acendeu... não sei exatamente o que, mas ele estava tentando.

Nos dois entramos no carro. Fizemos tudo que o instrutor disse.
Havia uma luzes na nossa frente.
Acendeu uma de cada vez.

Vermelho
Ronquei o motor e olhei para Vicent que dava risada atrás do volante.

Amarelo
Foquei na pista em minha frente

Verde
Pisei no acelerador, dando estabilidade no carro, estava na frente por milímetros de Vicent, mas ele me cortou e chegou a ficar na minha frente.

Aproveitei a curva mais acentuada, cortei ele por dentro, e pisei o mais fundo que consegui no acelerador. Estava a 220 por hora. QUE SENSAÇÃO MARAVILHOSA.

Por um momento esqueci que estava em uma corrida, estava simplismente viva. Viva e verdade. Viva a 220km/h

Demos três voltas, as vezes eu ficava na frente, ele me ultrapassou na última volta ganhando a corrida. Filho da mãe.

Estacionando o carro na linha de chegada. Eu estava emocionada. Nunca tinha tido aquela sensação na vida, era como, so ele pra me fazer sentir viva novamente, fazer eu quere viver mais daquilo, ao envez de desejar a morte, Minh mãe estava fazendo um bom trabalho la e cima. Ela está me protegendo e trazendo pessoas como essas para minha vida.

Assim que Vicent saiu do carro, eu corri.com as pernas bambas ainda pela velocidade e pulei em seu colo.

-obrigado, obrigado, obrigado. Meu Deus. Isso foi a melhor coisa que já fiz Vicent.

Pulei do colo dele, ele estava um pouco surpreso.

-desculpa, acho que foi a emoção- disse meio encabulada.

-não precisa agradecer e muito menos se desculpar Perola. Você foi incrível, achei que ficaria com medo. e a forma como reagiu ao perigo, foi a última que esperava. -ele me puxou para um abraco- Minha menina corajosa.

ouvi palmas em nossa direção.

-Olha, eu nunca achei que uma mulher chegaria tão perto de Vicent em uma corrida. - um homem de meia idade veio nos cumprimentar.

-Pablo, nem eu esperava.

-parabéns bela jovem, sinta-se convidada a vir quando quiser.

-obrigado

Conversamos um pouco mais com o senhor, ele era dono do autódromo, me contou que Vicent vem aqui desde muito novo. Aquesceu meu coração saber que ele me trouxe onde se sentia mais vivo no mundo. Me senti assim também.

Saímos do  autódromo, dando risada. Nunca tinha visto Vicent tão leve.

A Filha do InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora