capítulo 10

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Vicent Bertolazzo

Resolvi algumas coisas no escritório assim que cheguei, a informação era: fizeram a primeira prisão em flagrante de 5 membros da Máfia, as informações que Pérola deu, eram perfeitas.

Os canalhas não abriam a boca, eram treinados para não falar... Mas assim fica mais emocionante,  não tenho pressa, esperei tantos anos pra acabar com eles, e agora está tudo mais fácil.

Sai do escritório, procurei Pérola por todos os comodos da casa, me deu um certo nervosismo por nao acha-la. Pus a mão no coldre onde tinha minha arma, mas alivei a tensão imediatamente quando a vi, estava deitada na rede, com seu vestido curto, um livro cobrindo metade do rosto, dormia feito uma pedra. Sua pele estava arrepiada pelo frio. Iria ficar resfriada. Pensei muito antes de tira-lá dali... Minha mãe me bateria e não fizesse. "Criei vocês para serem cavalheiros, pensem em sua irmã antes de quebrar um coração " palavras de dona Estela.

Peguei-a no colo, ela estava dormindo muito profundo, subi com ela pelas escadas, era tão leve.
Suas pernas eram torneadas, sua bunda Redonda, não pude deixar de reparar, seu corpo era de uma mulher madura, digna de esta em uma capa e revista. Mas seu rosto, seu olhar era o oposto, não era nada fatal,  era como um anjo.

Quando ouvi falar dela a anos atrás,  sempre era uma incógnita, nós sabiamos que Diulianno tinha uma filha, sabíamos o nome dela... Mas nunca foram vazadas nenhuma foto. Sem dúvidas Pérola era presa em cativeiro dentro de sua casa. .. os boatos rolavam com infiltrados, até mesmo Miguel dizia que ela sabia lutar e manuzear armas, ela em combate era um "inferno de mulher" palavras de Miguel antes de sumir.  Quando ela chegou, pedindo ajuda para denúncia a máfia, eu esperava que a "famosa" Pérola Colucci a grande incógnita da Máfia, fosse uma mulher madura, experiente. Me deparei com algo completamente diferente. Era doce, tímida... Mas ainda sim, perigosa.

Deitei-a na cama, seu vestido subiu até a cima das coxas, lá havia uma cicatriz, ela tem cicatrizes xom certeza, levou um tiro talvez... A cobri com um lençol e deci,  tomei um banho frio, vesti um short confortável que minha mãe mandara. Fui para a pequena academia no andar de baixo.  Fiquei la por horas. Até meus braços e pernas doerem,  aquilo me relaxava. 

Um Dom precisa estar em Boa forma, preciso ligar urgente para Helena, a cafetina de onde contrato minhas subimissas. Nao gosto do convencional, contratos ou coleiras, tive poucas submissas fixas, nenhuma delas deram certo, deixavam envolver com sentimento. E se tem uma coisa que eu nao sabia fazer, era amar, ser romântico, sexo baunilha. As subimissas que Helena mandava eram totalmente adestradas, elas sabiam exatamente como eu gostava. Sem sexo, apenas dominação e prazer.

Estava puxando ferro um pouco acima do normal, sinto um olhar queimando em minha pele, pelo reflexo do espelho, e pela minha visão periférica, vejo-a encostada na porta, observando. 

Deixei-a desconfortável quando vi que ela me olhava, sorri por dentro, a timidez dela, chegava ser adorável, mas sabia estava se fazendo de Boa moça.  Ela estava usando minha jaqueta, fechou o zíper e ficou como um vestido, Largo. Minha mãe mandou roupas pra ela, mas não iria avisar por agora... Ela estava perfeita com a minha jaqueta.

Ela fez um jantar, tanto quanto intimo, uma receita de sua mãe, não tinha malícia, ou nada indecente em casa palavra que saia de sua boca. A muito tempo não conversava de fato com uma mulher. E ela se saiu bem, apenas conversando, não posso negar que meu pau deu sinal de vida quando a vi usando minha jaqueta. Mas uma menina dessa nunca supriria meu desejo, ela não se sairia nada bem amarrada e recebendo uns bons tapas na bunda.

O jantar correu bem, estava entediado, a música estava tocando na televisão era típico de uma adolescente, que gosta de cinquenta tons de cinza, sorri imaginado ela assistindo. Deve ter achado tudo lindo, mas digamos eu na vir real não é como no filme, Cristian deixou de ser um Dom por amor. Tedioso.

-Você gostade jogar?- Pérola perguntou puxando assunto, sentando no tapete branco da sala. também parecia entediada. ela nao imaginava o quanto eu gostava de "jogar"

-depende, o que propõe?

-tem alguns jogos e tabuleiro na biblioteca. - ela disse enrolando a ponta do cabelo, fez um coque no topo da cabeça. 

-busque um e vamos jogar-  eu disse, e ela levantou e subiu até a biblioteca, voltou com um jogo que nunca havia jogado... provavelmente era um jogo que minha mãe usava com os pacientes de terapia, ela gostava de interagir com eles, conhecer melhor. Era um famoso "quebra gelo"

-acho que esse é  legal- ela disse colocando as peças na mesa.

O jogo tinham dois dados, e tínhamos que andar casas, a cada casa tinha uma tarefa, te dava direito a perguntas .O jogo tinham casas verdes e vermelhas...

Verdes: pegue uma carta, e pergunte a pessoa a sua direita.

Vermelha: elabore uma pergunta a pessoa a sua esquerda.

Se nao responder sai do jogo.

Era um bom jogo... lemos as regras, era bem interessante.
Vamos tentar saber melhor de Pérola.  Podemos ter uma Boa convivência na que meus pais a adoram. Não vou ser tão filho da puta,  Ela está ajudando. Donna morreria soubesse que estou jogando um joguinho de tabuleiro sem ela. Ela adorava e fazia a gente comprar todos.

Ajudei ela a embaralhar as cartas verdes, pérola parecia empolgada. Era interessante ve-la assim. Imagino que deve ter ido difícil uma vida sem afeto, sem amor, sou muito bom em ler as pessoas, ela era boa, seu coração era puro... Espero que um dia ela encontre isso em alguém.. posso estar enganado mas, talvez ela mereça viver longe de toda a agitação de crimes e justiça, talvez casa, filhos e uma cerca Branca. Tudo que eu não quero, o simples, talvez isso a faça feliz.

Caio poderia facilmente dar isso a ela, ele era tão romântico, que me dava náuseas. 

O jogo começou. ..

(...)

Continue. ..

A Filha do InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora