𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐕𝐈𝐈 • 𝐒𝐨𝐛 𝐀 𝐑𝐞𝐚𝐥 𝐂𝐨𝐧𝐬𝐭𝐞𝐥𝐚çã𝐨

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Oii!!

Ultrapassei meu prazo um pouquito, sinto muito por isso.

De vez em quando, não é uma questão de planejamento ou tempo. Eu simplesmente estava sem inspiração, então nada saiu. Juro que escrevi tudo em dois dias, esse é o poder da inspiração.

Enfim kk

Tenho 2 avisos nas notas finais, não pulem por favor ; )

Boa leitura!! >.<

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- Assim eu também te agrado? - Ela estava encabulada, extremamente desconfortável com a camisola transparente e a pressão em se mostrar para ele.

- Maricruz, assim me agrada ainda mais. - A voz profunda, enfatizando o quanto a visão era espetacular, mesmo que a mulher estivesse acuada.

Um beijo exageradamente audível.

- Otávio, isso não é pecado? - Aquele tipo de pergunta que você não acredita que um personagem é capaz de pronunciar, tamanha inocência.

Ele acenou negativamente.

- De forma alguma! É o que fazem todos os recém-casados. - Uma pausa dramática. - Ainda mais quando se amam como você e eu nos amamos. - A fala doce penetrando os ouvidos da audiência, melosa demais.

Um beijo lento e, incrivelmente, mais babado ainda. Os sons dos estalos muito altos e molhados.

O homem enorme se deitando vagarosamente por cima do corpo minúsculo da mulher tímida, enquanto seus dedos raspavam a pele lisa do braço dela em uma tortura de vergonha alheia.

Essa era a cena que se passava na televisão mediana da sala. O diálogo melodramático de uma telenovela mexicana dos anos 70, com um casal surreal demais para ser verdade.

Sadie queria explodir seus tímpanos com estalinho, de tão doloroso que era ouvir aquilo e eles sequer falavam inglês.

Sua avó tinha chegado de sua mais recente viagem ao México com todos os DVDs da coleção de La Indomable. A velha devia ter enlouquecido com o sol do resort, era a única explicação plausível para estar obrigando aquela família a ver aquilo.

E ainda era machista!

Vó Martina odeia coisas machistas!

Por que, então, ela chorava em um lencinho do seu lado?

Jacey fez gesto de vômito para S e sua mãe a repreendeu porque ela mesma também estava emocionada.

Então, a caçula continuou mexendo o líquido pastoso dentro do pote de silicone na mão, uma mistura de hidratante, argila verde e glicerina.

As mais novas tinham feito uma espécie de mini spar em casa, com direito a produtinhos naturebas para o cabelo e a pele, em especial, a do rosto, que era o foco do dia.

Sadie até que gosta dessas coisas.

Enquanto elas preparavam tudo, mãe e nora estavam enfurnadas no sofá, sofrendo por um tal de Otávio, com um balde de frango frito em mãos. Ele era um verdadeiro galã, personificação de todos aqueles estereótipos de cara machão, com pinta de bom moço: musculoso, ciumento e fiel a uma só.

Lori queria pintar suas unhas no final do episódio, mas todas sabem que ela é um desastre ambulante, então Martina salvou suas netas, convocando a mulher para fazer alguns sanduíches na cozinha.

A piscada que ela deu provocou alguns risos controlados.

A idosa entregou um creme esfoliante natural que aprendeu a fazer com suas amigas quarenta anos mais novas do hotel. Elas eram camareiras, recepcionistas e garçonetes, todas nativas da ilha em que ela estava. Por isso, tinham alguns segredos de beleza escondidos e, com todo o carisma da senhora, não foi difícil convencê-las a lhe entregar a receita.

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐞 𝐓𝐚𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 | 𝐒𝐨𝐚𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora