𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐈𝐈 • 𝐒𝐞𝐦 𝐂𝐚𝐦𝐢𝐬𝐚 𝐨𝐮 𝐂𝐚𝐥ç𝐚𝐝𝐨𝐬

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Oii!

Acho que não tem ninguém lendo, mas tudo bem kk

Boa leitura!! S2

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Aquele sábado amanheceu nublado para a infelicidade de Sadie Sink. Como de costume, isso se refletia em seu evidente mau humor na mesa de café da manhã, ao mastigar ferozmente seu inocente cornetto doce.

O gesto, assim como a carranca no rosto da jovem, foram reprovados por seu pai em um exagerado aceno de cabeça negativo. Enquanto isso, seus quatro irmãos, uma garota mais nova e três garotos mais velhos, seguravam as risadas ao redor da mesa, cientes do gênio complicado da irmã.

- Modos! - Um pedido brusco saiu em sibilos pelos lábios da matriarca e todos se voltaram para seus respectivos pratos, até mesmo a relutante Sadie se deu por vencida.

Depois desse evento, quase cotidiano na família, cada integrante se ocupou com seus próprios afazeres, ao menos os que trabalhavam. As duas mais novas, em férias de julho, perceberam a oportunidade de ficar sozinhas em casa e correram para o quarto de Jacey, a mais nova, a fim de assistir um filme juntas ou só jogar conversa fora animadas. Elas são bastante unidas, afinal é preciso ter aliados quando se tem tantos homens por perto.

Já acomodadas em meia dúzia de almofadas coloridas no chão de madeira, a dupla se encara e solta uma gargalhada pela situação anterior.

- S, você é muito mal educada! O que custa dar um "bom dia" pro papai? - Cobrou, tentando pôr juízo na outra.

Ela apenas deu de ombros, fazendo pouco caso da sugestão.

- Ser obediente não vai mudar nada, ele não gosta de mim. - Disse, muito convicta de suas palavras.

Jacey, por outro lado, sabia muito bem que isso não era verdade. Adam era um homem muito rígido e irredutível, mas só queria o melhor para os filhos. E, por algum acaso, sua grande teimosia foi herdada pela primeira filha, por isso as brigas de gato e cachorro ocasionais.

Só não defenderia o pai porque conhecia Sadie o suficiente pra entender que nada que dissesse iria adiantar, principalmente considerando que ela acordou com o pé errado naquele dia. Dessa forma, retorceu a boca e trocou de assunto, antes de S azedar e se isolar em algum canto desconhecido.

- O que você e vovó conversaram ontem quando ela te ligou? - Tentava não parecer curiosa, mas os dedos ligeiros passando por suas madeixas loiras eram um claro sinal de ansiedade. Ela tinha expectativas.

- Ela vai vir aqui no próximo fim de semana! - Exclamou, feliz demais com a notícia para notar os decibéis acima do normal.

Embora a maioria das pessoas de sua faixa etária achasse uma visita da avó algo chato ou entediante, essa dupla tinha uma opinião bem diferente. Não é pra menos, a senhora Martina Rossi sempre foi uma mulher interessante, vivida. Com seus setenta e dois anos, fez tantas coisas que era impossível contar, feitos suficientes para impressionar qualquer adolescente.

Nos jantares de família, suas histórias tomavam toda a atenção para si. Viagens por todo o mundo, inclusive sua mais recente e tópico principal das conversas foi sua estadia num hotel beira-mar mexicano em pleno Dia dos Mortos, a maior festa segundo ela.

O que mais a importunava com perguntas era Caleb, o irmão do meio, que tinha uma curiosidade que beirava o irritante. Sempre a fazia repetir sobre o mesmo assunto: a tão conhecida vez em que pilotou um caça militar da Itália. Todos sabiam do amigo Lorenzo general e sua estranha e polêmica decisão de permitir Martina ser uma das aviadoras na Segunda Guerra. Ninguém entendia como, mas aconteceu e existem fotos que comprovam o fato.

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐞 𝐓𝐚𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 | 𝐒𝐨𝐚𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora