𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐞 𝐓𝐚𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 | 𝐒𝐨𝐚𝐡

𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐕𝐈 • 𝐑𝐞𝐛𝐞𝐥𝐢ã𝐨, (𝐂𝐞𝐧𝐬𝐮𝐫𝐚)!

Tuts tuts tuts

Treta treta treta

Vocês vão gostar desse capítulo hehe

Se não gostarem, a gente finge que nunca aconteceu : (

Boa leitura!! S2

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1° de Setembro de 2016, Segunda-Feira.

O primeiro dia de aula, também o primeiro dia do ingresso de Noah no secundário, o tão sonhado High School. Uma pena ser apenas uma extensão da escola média.

Nesse momento, sete e meia da manhã, para ser mais preciso, o garoto estava sentado em uma das mesas do pátio interno do colégio. E não se confundam com o refeitório, esse é outro espaço com mesas.

Ali tinha uma espécie de mini anfiteatro de concreto pintado de preto em volta de um pequeno palco circular de madeira. Nas fileiras mais altas, haviam aquelas mesas de parque, com um tabuleiro de xadrez que ninguém usa embutido no centro.

Noah estava com a cabeça abaixada em cima da própria mochila, observando o pouco movimento proveniente do horário, afinal ainda restava meia hora de espera para a primeira aula. Não tinha grandes motivos para chegar tão cedo, mas gostava de acompanhar sua irmã no ônibus e ela preferia ser pontual ao extremo.

Ele era o único aluno sentado naquelas mesas, um ponto fora da curva. Mesmo assim, alguns estudantes saíam de seus caminhos para cumprimentá-lo e iam embora logo em seguida. Noah não era popular nem excluído, só alguém que as pessoas lembravam de alguma ocasião, uma vez que ele sempre foi muito bem inserido naquela sociedade, fruto dos esforços de sua mãe. No geral, os toques de mão que recebia de vez em quando vinham de ex-colegas do Time Infanto-Juvenil de Beisebol ou pessoas com quem dividiu dormitório no acampamento de verão com frequência. Ele até que gostava do evento, mas exigia muito de suas habilidades sociais, então foi bom o limite de idade ser doze anos.

Conforme o tempo passava, mais alguns alunos chegavam e os pontos de encontro antes espalhados pareciam ter tomado uma versão mais realista dos filmes colegiais de adolescentes. Na fila mais baixa do "anfiteatro", o time de futebol americano se reunia com o de basquete e ambos estavam compenetrados em uma leve discussão amistosa sobre os possíveis candidatos aos times de base da escola entre os calouros daquele ano. Como estavam na sua direção, até pôde ouvir um "Finn Wolfhard" saindo da boca de alguém, o que não era surpreendente ou, pelo menos, o suficiente para prender sua atenção.

Na esquina que separava o pátio do refeitório, alguns alunos avulsos, sem nenhuma conexão relevante entre si, deitavam no chão e tiravam um cochilo ou sentavam em rodas, embora não conseguisse notar nenhuma animação nas vozes sonolentas.

Enquanto isso, no corredor mais próximo de si, o grupo de líderes de torcida se reunia perto dos armários. Ainda não estavam todas, mas, na maioria, faziam um alongamento, ajudando umas às outras a se estender melhor e realizando contagens. No geral, vestiam roupas confortáveis que ele imaginava que elas trocariam antes da aula, não era a toa que foram as primeiras a chegar. Muito dedicadas ao seu esporte.

Schnapp se referia às líderes no feminino, mas, depois de um tempo, percebeu que também havia um garoto no meio delas. Na verdade, achou estranho não ter notado antes, porque se tratava de Jack Grazer, o único homossexual assumido do colégio inteiro. Por mais que fosse seu primeiro dia ali, não era difícil saber, já que, em sua cidade pequena, foi uma notícia muito circulada quando descobriram a orientação sexual dele uns anos antes. Pego desprevenido batendo uma com a última edição da revista teen voltada para bandas pop, bem no vestiário velho da escola média, que ninguém nunca entrava, só naquele bendito dia.