𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐕𝐈𝐈𝐈 • 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐀𝐬𝐬𝐨𝐦𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚

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Oii!!

Tô animada porque já consegui fazer o planejamento do próximo capítulo enquanto eu fazia esse (por isso, atrasei 3 dias, tinha de encaixar tudo direitinho).

Boa leitura!! >.<
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Aquela casa tinha duas salas de estar, uma sala de televisão, um salão de jantar e um saguão de recepção das visitas.

Pra quê?

Ninguém sabe.

Ostentação talvez. Demonstração de poder.

Conforto não era, porque o lugar era tão enorme que dava preguiça de ir buscar um copo d'água de noite.

Noah não entendia o gosto por espaços interiores de seus ancestrais. Tudo ali era meio macabro e tinham objetos de centenas de anos com histórias há muito esquecidas.

Schnapp é o sobrenome mais antigo de Scarsdale afinal.

E o cemitério estava de prova, com um mausoléu que ninguém sabia onde era o fundo.

Fazia seus ossos estremecerem só de pensar que dormia em um quarto usado por seu tataravô viciado em viagens de caça.

Mas, naquele momento, agradeceu.

Agradeceu toda aquela imensidão que o separava de seus únicos familiares vivos, mãe e irmã.

Já era uma da manhã, as duas deviam estar dormindo o décimo sono e ele estava ali, enterrado no sofá.

Com um pacote de batatinhas fritas sabor churrasco, o garoto reassistia todas as temporadas de uma série de investigação policial.

Já estava na quinta, que falava sobre um caso horrível de cárcere privado. A garotinha ficou presa no porão daquele monstro por onze anos!

Sério, dez horas vendo aquilo não era pra qualquer um, já sabia de cor e salteado os indícios de identificação desses casos.

Se você for um atendente de loja de conveniência e se deparar com uma criança que não te olha nos olhos e não larga a mão do adulto com ela, pode anotar que tem algo estranho rolando ali.

Na verdade, Noah não é um cara recluso com um gosto bizarro, que se entretém com esse tipo de coisa. Só estava tentando distrair sua mente da noite anterior.

Como as fortes emoções que sentia ao ver aquelas atrocidades estimulavam seu medo de psicopatas e sua empatia pelas vítimas, era uma boa maneira de distanciar seus pensamentos descontrolados.

Não parava de pensar em Sadie!

A garota parecia ser o foco principal de seu cérebro desde que dançaram juntos no bendito estacionamento.

Precisava acordar cedo no dia seguinte, uma segunda-feira extremamente entediante no colégio. Mas, independentemente do quão forte fechava suas pálpebras, o sono não vinha.

E isso era frustrante demais.

Nem sabia onde seu coração queria chegar com isso, só que ele apertava quando lembrava do episódio desagradável com Finn e se aquecia ao pensar no que aconteceu debaixo daquele poste.

A série não ajudou tanto, agora estava com o coração pesado pelo que via e não adiantou merda nenhuma, porque adormeceu pensando no sorriso dela.

X-X-X-X-X


Aula do Sr. Harrington, o primeiro tempo.

Schnapp se sentiu culpado que, da última vez, foi embora o ignorando, mas eles se falaram na quarta passada e o homem só queria acertar o pagamento do box que ele comprou.

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐞 𝐓𝐚𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 | 𝐒𝐨𝐚𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora