Então Corram

1.7K 151 24
                                    

– Ah... Será que não podemos sair daqui? Quer dizer, antes que essa coisa esmague a gente? - perguntou James.

– Ache uma maneira gênio. - rebati. - Ou você quer que eu te jogue pra ele e depois disso todos saem andando?

– Será queas senhoritas podem parar? - retrucou Diego.

Encurralados em um beco com um gigante na nossa frente. Se isso pode ficar pior não sei, mas tínhamos que dar um jeito de vazar dali. E bem rápido. Isa tinha começado a correr na direção do lestrigão, girando a lança como um bastão, fazendo com que a mesma soltasse raios pelas pontas.

– Agora Di! - ela gritou.

Diego entrou nas sombras, reaparecendo atrás do lestrigão, enquanto empunhava a espada, encravando a mesma na panturrilha do monstro. Isa agora atacara o lestrigão diretamente, com sua lança envolvida em raios. Diego parecia um monstro enquanto atacava e eu? Eu fiquei assistindo oras.

Já tinham se passado 10 minutos, mas os monstros saiam de algum buraco, já que parecia não acabar nunca. Isa parecia que tinha machucado a perna, o que fez Diego se meter na frente dela, para que a mesma não tentasse fazer mais nada. Eu e Fernando tivemos que ficar na dianteira, enquanto James segurava Isa.

– Eu já estou ficando cansado disso! - falou Fernando.

Assenti. Eu também já estava cansada de matar um gigante e mais começarem a surgir. Na boa, se eu mato alguém eu espero que continue morto!

E então alguma coisa aconteceu. Os últimos três lestrigões caíram, se transformando em pó quando três garotos, que supus serem meio-sangues, apareceram empunhando suas armas. O garoto eu reconheci instantaneamente, pois era Christopher, mas as duas meninas eu já não conhecia.

– Argh, que droga você faz aqui infeliz?! - perguntou Diego, quase espancando o garoto.

– Um obrigado já serve babaca. E eu quis seguir vocês, algum problema?

Diego andou em direção a Christopher com o punho erguido, mas foi segurado por Fernando na ultima hora.

– Então queridos, só acho que é melhor a gente sair daqui né? - falou uma das meninas que estava junto com Christopher.

– Ok Sueny, vamos logo. - rebateu Fernando que não tirava os olhos do filho de Ares.

Ficamos em um jipe que Christopher supostamente tinha "pego emprestado", enquanto James cuidava da Isa. Finalmente eu tinha conhecido as meninas. Sueny era a única filha de Poseidon do acampamento e a outra era Mariana, uma das filhas de Atena. As duas eram gente boa, mas andavam com o cara que mais me tirava do sério então... Quando eu fui comprar alguns suprimentos para a missão as duas vieram junto comigo.

– Então você é a filha de Hades que o pessoal tava falando. - falou Sueny, acho que pra puxar conversa.

Su não parecia muito intimidadora, pois era relativamente baixinha (suja falando da mal lavada), mas nunca se sabe não é?

– Acho que sim... - falei. - Mas o que vocês vieram fazer aqui?

– Digamos que Christopher nos forçou a entrarmos nessa brincadeira. - Mariana começou, outra que também não parecia ser ameaçadora. - Mas nós duas nunca fizemos uma missão, então topamos.

– Mas vocês sabem a profecia não incluiu vocês. - falei, enquanto pegava ums suprimentos de primeiros socorros.

– Dane-se Nath. - retrucou Sueny. - A profecia não impede outros ajudantes pelo caminho.

Assenti. Quando voltamos era quase cinco da tarde. Christopher dirigiu até um hotel e alugou um quarto para passarmos a noite. Alguns pegaram as camas, mas optei por ficar no chão. Tinha medo de dormir por causa dos pesadelos, mas não aguentei por muito tempo. Acabei dormindo...

–------------------------------------------------------------------------------------

– Ei Nath. Acorda logo!

Era Diego que estava me acordando. Percebi que todos os outros já tinham suas mochilas nos ombros e olhavam para as janelas freneticamente.

– O que foi? - perguntei.

– Polícia irmãzinha. Parece que graças à névoa alguns mortais supostamente nos viram "assassinando" um grupo de garotos.

Era só o que faltava. Peguei minha mochila com rapidez, a colocando no ombro. Todos saíram prestando muita atenção a quem passava, até chegarmos ao saguão, onde alguns policiais falavam com o balconista.

– Seguinte. - começou Christopher. - Todos saiam como quem não quer nada.

Fizemos o que tinha sido dito, mas quando estávamos quase saindo James inventou de tropeçar na porcaria das bagagens de um cliente, o que chamou a atenção do balconista e dos policiais.

– São eles! - apontou o balconista diretamente para a gente.

– Corre negada! - gritei quando os policiais começaram a correr atrás da gente.

Christopher tentou pegar o jipe, mas os pneus estavam furados.

– Mas que merda cara! - ele falou. - Corram caramba!

Diário de Uma Filha de HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora