Kiran Duran
É como ela mesma disse, eu poderia simplesmente pegá-la, levá-la para Candace Sullivan e receber a outra parte das ações. Então o que eu ainda estou fazendo aqui?
—Droga.
Bato na porta. Em questões de segundos Catarina a abre, mas permanece parada, impedindo a minha passagem.
—O que você quer?
—Sabe o que quero. -olho sobre o seu ombro e observo as crianças, agora adormecidas sobre a cama. Catharina da dois passos para frente, fazendo com que eu vá para trás e fecha a porta.
—Não, você está em seu próprio dilema, ainda não decidiu seu próximos passo. -ela me observa atentamente.
—Vamos, Catharina. -ela se assusta e volta para trás, segurando com força a maçaneta da porta.
—Não vou a lugar algum com você.
—Você vai, a não ser que queria que, assim como eu, a polícia e matadores de aluguel de todo o país te encontrem. Não é como se fosse difícil. -olho o hotel à nossa volta e ela acompanha o meu olhar. —Pegue as crianças, suas coisas e vamos. -seus olhos se alargam em surpresa.
—Por que nos ajudar agora? -sua voz embargada questiona.
—Porque posso te entender muito mais do que gostaria de imaginar.
...
—Você está me levando para Candace, não é? -a viagem de carro teria feito em completo silêncio se não fosse pelo seu questionamento.
—Eu disse que não faria isso.
—Eu não te conheço, não sei o seu nome, de onde você é. -não preciso tirar os olhos da estrada para saber que ela me observa.
—Você sabe meu nome. -olho brevemente para ela no banco do carona, sentada tensa.
—Isso não faz com que eu conheça você.
—Eu estar te ajudando basta, não acha?
—E por quê?
—Eu já disse. -dou de ombros.
—Isso não explica muita coisa. -ela retruca.
—Explicaria melhor se eu levasse a sua cabeça em uma bandeja para Candace Sullivan, seus irmãos iriam para qualquer lugar do planeta, literalmente, conhece o tráfico de humanos, certo? Órgãos infantis dão dinheiro o bastante para alimentar um pequeno país. Onde estaria você para salvá-los? Bom, sabe-se lá os planos de Candace para você, mas enfim, não vamos contar com isso, não é? -paro o carro completamente e puxo o freio de mão. Observo o seu rosto aterrorizado. Seus lindos olhos castanhos dançam em uma piscina de lágrimas. Ela olha para as crianças adormecidas no banco de trás e de volta para mim.
—O que vai fazer com a gente? -seu sussurro é quase inaudível.
—Isso eu ainda não decidi.
—Para onde vamos?
—Na verdade, onde estamos.
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medusa | woman
RomanceTalvez não seja bem como você ouviu falar. O certo e errado é apenas uma questão de pontos de vista e qual é o seu? Catharina tem sua vida virada de cabeça para baixo depois de um terrível acontecimento. Foi obrigada à assistir sua liberdade esvair...