Kiran Duran
Eu encaro Carter distraído com um livro em suas mãos enquanto a pequena Cassandra está destraida com um urso de pelúcia. Nenhum dos dois parecem ter notado a minha presença no cômodo. Seus rostos infantis estão concentrados e relaxados.
Passaram-se uma, duas, então três semanas desde que os encontrei junto à sua irmã. Os dias passaram, cada um de nós criou suas próprias rotinas. Sigo os meus negócios, mal esbarrando em Catharina ou em seus lábios. O que é muito bom, realmente. Nas poucas vezes que a vi, mal nos falamos. Catharina ainda parece ter dificuldade em assimilar a sua nova realidade. Não é como se o contrato fosse a pior das opções., eu imagino. Coisas muito piores poderiam acontecer à ela. Se os Sullivan colocasse as mãos nelas, não poderia imaginar qual seria o seu final.
Observo as crianças à minha frente e capturo o olhar interrogativo de Carter. o garoto é inteligente, astuto. Seus olhos castanhos esverdeados parecem capturar as mínimas pistas à sua volta. Seguro o seu olhar e mesmo assim o garoto não vacilo. Seu queixo sobe em um comprimento mudo e eu devolvo, logo me aproximando com calma. Sento-me no sofá confortável da silenciosa biblioteca, logo recebendo a atenção de Cassandra que se encolhe, aproximando-se do irmão em passos curtos e lentos.
—Ei, cara. -Carter segura a mão de sua irmã mais nova e se aproxima de mim em passos hesitantes.
—Você fala engraçado. -ele responde. Sorrio.
—Por que diz isso? -eu me encosto confortavelmente no sofá e ele da de ombros.
—Sua voz. Não parece como eu falo ou Cath. -ele parece pensar por alguns segundos. —É mais parecido com o jeito que aquele cara fala.
—Que cara? -franzo o cenho e questiono, sem entender.
—O cara alto que deu o papel à minha irmã. -ele da de ombros e logo parece arrependido do que disse quando leva a mão sobre a boca e me encara assustado. Eu rio fracamente.
—Você escutou nossa conversa? -eu pergunto interessado. A sua postura muda e o garoto já não parece mais tão arrependido enquanto me encara.
—Não podia deixar que machucassem minha irmã. Sou o homem da família, preciso protegê-la. -o garoto é inteligente, não disse?
—Certo. -concordo.
—Você não está com raiva? -ele inclina a cabeça, com dúvida.
—Não. -dou de ombros.
—Você não é tão ruim quanto Cath acha que é. -ele me observa atentamente, buscando qualquer resquício de sabe-se lá o que. Eu sorrio.
—Catharina disse que sou ruim? -levanto as sobrancelhas, questionando.
—Não, mas ela não é tão boa em esconder o que acha. -ele segura o livro com mais força contra o peito e olha a irmã ao seu lado e volta seu olhar para mim. Cassandra ainda me observa com genuína curiosidade. —Você disse que nos protegeria.
—E vou. -eu o encaro seriamente.
—Cath disse que não confia em você, por quê?
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medusa | woman
RomanceTalvez não seja bem como você ouviu falar. O certo e errado é apenas uma questão de pontos de vista e qual é o seu? Catharina tem sua vida virada de cabeça para baixo depois de um terrível acontecimento. Foi obrigada à assistir sua liberdade esvair...