Catharina
— Você não pode simplesmente esperar que eu me atire na cova dos leões!
— Bem, eu posso. -ele me ignora e se levanta. — Com licença, tenho coisas a fazer . -Kiran lavanta-se e vai em direção à porta, desaparecendo e deixando-me em seu escritório.
Ele pediu, melhor, ordenou que eu executasse um plano suicida. Como se eu não passasse de uma mera isca em suas mãos. Kiran espera que eu o acompanhe em um evento público de Candace Sullivan, o que é ridículo, quando na verdade a mulher — e seu suposto falecido marido— , estão em busca de minha cabeça em uma bandeja de prata. Sabe-se lá o que Kiran espera com isso. — Não é como se conversassemos muito —, suspiro frustrada e me levando, o seguindo.
— Sr. Duran, por favor...
— Não é como se você fosse sozinha, não é? -Kiran ri levemente e sobe as escadas.
— Não é como se fosse fazer muita diferença. Você já viu aquela fortaleza?
— Você já viu os meus seguranças? -ele cruza o corredor e para na porta de seu quarto, me encarando.
— Se fosse tão eficiente quanto diz, não precisaria deles. -dou de ombros e ele ri, aproximando-se o suficiente para que eu consiga sentir seu cheiro incrível. Realmente incrível, penso. Talvez seja coisa da minha cabeça, mas vejo os seus olhos encararem os meus lábios por milésimos de segundos. Minha respiração acelera.
— Posso te mostrar o quão eficiente eu posso ser. -ele fecha a distância entre nós e toca o meu quadril. Sua mão sobe lentamente, em um carícia. Meu peito sobe e desce com rapidez, atraindo a sua atenção.
— Pensei que já tivesse atingido a sua cota diária de babaquice, Senhor Duran. -um passo mais próximo.
— Eu posso ser imprevisivel.
— Muito pelo contrário. -levanto a cabeça para fitar seu rosto cada vez mais próximo ao meu.
— Você não previa isso. -ele fecha a distância entre nós, colocando o meu corpo ao seu. Seus lábios pressionando os meus são tudo o que posso registrar antes de entrar em estado de combistao. Meu corpo torna-se apenas uma chama flamejante. Sinto suas mãos serpentearem pelo meu corpo. Sua língua ávida e faminta invade a minha boca. Um gemido sôfrego escapa pelos meus lábios e eu o arranho com força, pressionando minhas unhas em sua nica, logo escutando seu gemido rouco.
O corredor é preenchido pelo som de nossos beijos. Sinto o ar me faltar. Separo os nossos lábios e levo os meus beijos molhados para o seu pescoço. Meu coração bate rapidamente, deixando-me com uma sensação de êxtase inexplicável. Suas mãos agarram a minha cintura — se possível — puxando-me mais contra si.
— Se você não for agora, não irá mais. -o sussurro rouco em meu ouvido soa como uma ameaça profunda. Eu encaro os seus olhos azuis com as pupilas dilatadas.
— E quem disse que eu quero ir? -eu sussurro de volta.
Antes que possamos tomar qualquer atitude, uma voz séria nos interrompe. — O que vocês estão fazendo aí? -o rosto de Carter está contorcido em uma careta e seu nariz franzido com nojo. Atrapalhadamente me afasto de Kiran.
— Nós... Uh... Nós estávamos...
— Se beijando? -ele cruza os braços e encara Kiran que ri.
— Não, carinha, estávamos tentando tirar um cisco que caiu nos olhos de sua irmã. Sabe como essas coisas machucam. -ele dá de ombros e Carter concorda me olhando.
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medusa | woman
RomanceTalvez não seja bem como você ouviu falar. O certo e errado é apenas uma questão de pontos de vista e qual é o seu? Catharina tem sua vida virada de cabeça para baixo depois de um terrível acontecimento. Foi obrigada à assistir sua liberdade esvair...