Capítulo 18

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“Às vezes, o mundo dos vivos se mistura com o mundo dos mortos” – Os Outros


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Ao entrarem na delegacia os portoes foram fechado imadiatamente apenas com ferrolhos que se prendiam à parede .

De alguma forma aquilo n parecia suficiente. Os zumbis estavam se aglomerando no portão. E se eles conseguissem abrilo?

- Gente, olha o que achei. - Falou Pablo levantando a mão com correntes, cadeados e chaves.

- Boa! Podemos trancar o segundo portão. - Disse Marcia.

Os dois caminharam ate o segundo portão que mais parecia grandes da prissão e envolveram-no com as correntes, e uniram as duas pontas com o cadeado.

Os zumbis permaneciam la fora no primeiro portão. Estendendo as mãos para dentro do recinto, como se fossem conseguir pega-los de alguma forma.

- Vamos entrar gente. Não é bom que fiquemos aqui. - Disse Lucio.

O grupo de jovens adentrou mais ainda a delegacia. O predio de fato não era grande. Tinha algumas poucas celas vazias - os criminosos da cidade não ficavam ali- e uma sala que era equipada como um escritorio. Sobre à mesa no canto da sala tinha uma cafeteira e copinhos descartaveis. E na mesa principal  varios papeis, um notbook, e um aparelho que pensou Lucio, parecia ser um radio comunicador.

O menino fechou a porta e ignorou o que encontrou.

Voltando para onde os outros. Encontrou todos sentados no chão no correndor que ficava para as selas. As costas encostadas na grande.

Ele analisou o rosto de Meyre, vendo a grande semelhança com a irmã. A menina parecia estar em frangalhos. O rosto ao redor dos olhos vermelhos estavam inchandos. Os ombros caidos numa postura cansada. Postura essa que todos tinham. A dias não sabiam o que era dormir em camas ou tomar banho.

Eles ainda estavam todos sujos de restos podre dos corpos dos zumbis, mas agora pareciam nem notar.

- Isso nunca vai ter fim? - Perguntou Mylla, mais para si mesma do que para os outros.

- Vai! Quando não restar mais ninguem para morrer. Será um mundo apenas de zumbis. Não mais de pessoas lutando com zumbis. - Respondeu Pablo.

Os demais olharam para o garoto de um jeito repreensivo.

- O que é, so estou sendo realista. - Ele se defendeu.

- Cada vez que saimos alguem morre. Perdemos muitos dessa vez. - Disse Maguim. - Pablo so disse a verdade.

- Ela ficou para nos salvar. - Disse Meyre.

- Nos sabemos Meyre. - Falou Rodrigo com a voz suave, pondo a mão no ombro da amiga.

Pe. Romildo estava do lado oposto. Ele estava mais abatido ainda que os jovens. O olhar carregado de tristeza. O sacerdote parecia carregar consigo mais do que uma tristeza afemera. Ele ja acreditara num juizo final. Ja ouvira falar no proprio fim do mundo. Mas nunca tinha sequer imagino aquilo que estava havendo.

Não muito longe dali, estavam Pedro, Vall e Marcos.

Marcos, um rapaz que Vall jamais vira antes, mas que tinha ajudado Pedro a salva-la. No entanto, ela não conseguia olhar para ele com olhos de gratidão. Quando o viu, algo no fundo do seu cerebro se acendou e soou como um alerta de  '''não confie nele'''. E isso, ela não poderia ignorar.

Os três estavam correndo pela Br, se esquivando dos carros parados. Alguns ainda com os motoristas, mortos ao
volante. A menina ja tinha matado muitos zumbis, os encarado de frente e ate se sujado com restos de seus corpos. Mas, ela ainda evitava olhar para aquilo quando podia. Não podia deixar de imaginar a vida como tinha sido outrora.
Como era cruel que todas aquelas pessoas tivessem morrido, e muitas virado aberrações, e que agora apodreciam ao leo. Como se não fossem e nem tivessem sido nada. E para ela, parecia loucura ainda desejar que um dia aquilo tudo acabasse. Nada mais seria como antes.

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