Capítulo 10

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- Nossa gente, tomara que eles consigam voltar mesmo. - Disse Gisele um pouco depois dos quatro saírem em busca da comida.

- Também espero. -Lucio disse desanimado. O garoto estava assim desde que os quatro tiveram que sair. Ficou num canto, pensativo. E até então não tinha dito nada.

Um barulho estrondoso assustou a todos, vindo da sala ao lado em que estavam.
Todos ficaram de pé em alerta pegando as facas que estavam sempre em algum lugar próximo.

Lúcio, tomou à frente e se aproximou da porta que levava à cômodo de onde vinha o barulho.

O rapaz foi surpreendido por um zumbi alto e desengonçado que levou as mãos para agarra-lo. Mas o menino era ágil e pensou mais rápido. Desviando das mãos da criatura.

Pegou a faca na cintura a fincou no zumbi, fazendo-o cair por terra mostrando que ele não era o único alí.

O pânico tomou Lucio. E agora? Seu cérebro funcionou tentando achar uma resposta rápida para a pergunta.

- Abram a porta. Os zumbis invadiram. - Ele gritou para os outros que observavam a cena sem entender como aquele zumbi havia entrado alí.

Em situações estranhas, coisas estranhas acontecem, sem explicação.

Os outros se aglomeraram na porta para abri-la enquanto Lucio matava mais um zumbi lá atrás, com a ajuda de Gabriel e Rodrigo.

Esse último estava diferente. Rodrigo havia mudado muito. Nem parecia mais aquele jovem que até alguns dias tinha que se preocupar com as coisas da igreja e ajudar o padre no altar. Ele agora tinha que se preocupar em matar zumbis, para não morrer. E sua personalidade e forma de agir, tinham mudado de forma relevante.

Ao conseguirem abrir a porta, todos saíram. Já se deparando com zumbis lá fora também. Porém, em um lugar aberto, era mais fácil se defender e fugir.

Os meninos vieram mais atrás. Ajudando a abrir caminho. Os zumbis estavam agitados e se aproximando cada vez mais.

Ao descer a rampa eles encontraram um carro preto chegar e entrar na garagem da casa paroquial.

Sem pensar duas vezes, todos correram para lá. Entraram rápidamente e trataram de fechar os portões.

Quem saiu primeiro do carro foi padre Romildo, em seguida Maria e Ruth. Ambos levavam consigo uma expressão triste. Por último, uma Val com rosto molhado por lágrimas, saiu do carro.

Tinha algo errado alí.

Zumbis em NOMA Onde histórias criam vida. Descubra agora